sidde, assistente técnico da FURIA, durante o PGL CS2 Major Copenhagen

sidde explica escolhas de mapas e diz que críticas não afetam trabalho

Assistente da FURIA falou sobre derrotas do primeiro dia e revelou motivo do time jogar Inferno e Ancient

A FURIA está, mais uma vez, no olho do furacão. Depois de uma grande recuperação no Opening Stage do PGL CS2 Major Copenhagen, a equipe começou o Elimination Stage perdendo as duas primeiras partidas. Para Sidnei "sidde" Macedo, assistente técnico, o time tem uma coisa de positiva para tirar do primeiro dia.

"Se tem algo positivo que podemos tirar dessa situação é que já estivemos nela e tivemos muita força e resiliência para voltar. Acredito que vamos conversar com os mesmos princípios que usamos no Opening Stage. Acho que temos tudo para trazer de volta o 3-2", disse o treinador em entrevista à Dust2 Brasil.

"Sabemos que é um campeonato complicado. As equipes dessa fase são de nível mais alto ainda, mas já estivemos nessa posição antes e acredito que, com conversa e trabalho, vamos reverter essa situação de novo", completou.

Ainda de acordo com o assistente, os adversários enfrentados pela FURIA nesta quinta - G2 e FaZe -, não permitem os mesmos erros cometidos pela equipe anterior.

"O nível de adversário que enfrentamos da primeira fase para esta mudou bastante, ficou bem mais alto e fomos punidos por erros que não estávamos sendo (punidos) na outra fase do campeonato. Quando você enfrenta uma G2 e uma FaZe, você não pode cometer alguns erros que, talvez contra outros times que jogamos, acabam passando despercebidos e, mesmo errando, você consegue vencer", explicou.

"Hoje foi um exemplo de que, contra esses times, se você não fizer um jogo perfeito, muito provavelmente você vai ser punido. Contra a G2 não conseguimos jogar praticamente e contra a FaZe tivemos o jogo, de certa forma, nas mãos, porém por alguns vacilos, ele acabou escapando. Mas fica bem claro que a qualidade técnica desses adversários que enfrentamos foi bem maior do que no Opening Stage", continuou.

sidde também explicou a insistência da equipe na Ancient - jogada contra a FaZe -, e a Inferno, jogada contra a G2. O treinador disse que o primeiro mapa foi o principal foco do time nos últimos tempos.

"Esse mapa foi o mapa que mais trabalhamos durante o nosso bootcamp e nos últimos meses temos investido bastante tempo nele. Sendo bem honesto, tem dado resultado. Jogamos duas Ancients no Opening Stage e vencemos as duas, mas hoje eu acredito que o situacional pegou mais do que a parte estrutural do CT, se eu puder categorizar como foram os erros nesse mapa", disse.

"Estávamos fazendo um sólido CT até que tomamos alguns 'marotes'. Nesse mapa foram duas situações de 'marote' e também perdemos um clutch bem tenso. Então, de oito rounds que perdemos, provavelmente quatro armados foram nessas situações de round. Trabalhamos muito na Ancient, temos confiança para jogar ela contra qualquer adversário, mas hoje, em específico, essas situações de 'marote', que fogem um pouco da parte estrutural que trabalhamos, acabaram nos pegando e atrapalhando o nosso CT para que não pudéssemos fechar o jogo", completou.

A Inferno, de acordo com sidde, é um mapa em que a FURIA também preparou uma série de novidades, mas não encaixou no primeiro confronto.

"Essa decisão (de pegar Inferno e não Vertigo) foi tomada com base em alguns elementos, como por exemplo o fato de nós não termos mostrado o nosso jogo na Inferno ainda. E mudamos bastante coisa na Inferno durante o nosso período de treinamento pré-Major. Foi um dos mapas que mais evoluímos, assim como a Ancient, que foi um mapa que focamos bastante. A Inferno trouxe essa confiança de jogar contra a G2 porque trabalhamos muito e não mostramos nada. Então, tem o fator surpresa o qual quis contarmos, mas obviamente o resultado foi negativo", afirmou o assistente.

"Então parece que não fizemos todo esse trabalho por conta do olhar para o resultado, mas na verdade tínhamos e temos bastante confiança na Inferno. É um mapa que queríamos e ainda queremos jogar aqui no Major. Enfrentamos um adversário muito qualificado, que acabou trazendo um CT muito sólido. O nosso TR não conseguiu produzir nada de interessante em relação ao que tínhamos melhorado. Acredito que, realmente, o nível do adversário estava muito alto, mas poderíamos ter entrado mais ligados nesse jogo. Independente de qualquer, se entrássemos um pouco mais ligado e alinhado, poderia ter sido um mapa melhor. O resultado foi bem abaixo. Pareceu que tinha uma disparidade, mas tecnicamente não trouxemos tudo o que trabalhamos na Inferno", completou.

sidde ainda comentou sobre a constante pressão que ele e guerri sofrem nas redes sociais. O assistente reconhece a chuva de comentários que tem recebido, mas disse que elas não o abalam.

"Não me afeta e não conversamos muito sobre isso. Tenho uma crença muito grande de que o que fazemos aqui, só nós conseguimos saber no detalhe e as decisões que são tomadas, se são tomadas por nós ou algumas que não são, são questões bem internas. Não falamos sobre as críticas e nem prestamos muito atenção, embora a gente saiba que elas existem. Mas não é algo que afeta o nosso trabalho", finalizou.

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