FURIA e MIBR opinam sobre regra que limita times femininos
A equipe feminina da Imperial entrou no servidor nesta quinta-feira para enfrentar a NAVI pela BLAST Bounty, uma novidade para o CS, já que é incomum ter times femininos disputando os principais campeonatos internacionais.
Embora a Imperial tenha conseguido chegar ao torneio, a FURIA feminina ficou de fora - embora estivesse no corte para ser convidada -, porque o elenco masculino da FURIA também foi convidado.
No site da BLAST, a organizadora inclusive explica que enviou convite para os dois times, avisando que a organizadora somente poderia aceitar o convite para um, e o escolhido foi a equipe de Gabriel "FalleN" Toledo.
A situação também se estende para a IEM Katowice. Novamente, Bruna "bizinha" Márvila e companhia foram convidadas, mas por conta da regra que proíbe que duas lineups da mesma organização joguem o mesmo campeonato, a FURIA feminina foi preterida.
Assim, a Dust2 Brasil buscou as organizações brasileiras que estão no CS feminino e também contam com time masculino, MIBR, FURIA e Imperial, para falarem sobre a proibição.
À reportagem, o MIBR disse: "Somos uma organização que sempre teve como base a promoção da igualdade de oportunidades, seja por meio de nossas lines mistas, inclusivas ou femininas e até mesmo fora do servidor".
"A possibilidade de competir nessas condições garantiria espaço e suporte para que todos alcancem seu máximo potencial, mas entendemos que determinadas regras podem limitar essas oportunidades. É fundamental ressaltar que não só os campeonatos, mas todo o cenário necessita de mais diversidade – tanto dentro quanto fora do jogo. Acreditamos que esse caminho é essencial para o crescimento e a evolução de todo o ecossistema."
Já a FURIA optou por utilizar a publicação de Jaime Pádua, CEO da organização, como seu pronunciamento. Durante o jogo da Imperial nesta quinta-feira, Pádua publicou no X (antigo Twitter).
"Seria incrível se a Valve fizesse uma exceção para o time feminino da FURIA e outros times femininos, dando a eles a chance de jogar no circuito internacional de CS, nquanto fazem parte de uma organização que já têm outro time. É uma situação muito específica, mas que iria encorajar significantemente mais times para investir no formato."
A Imperial também foi procurada, mas não respondeu até o momento da publicação. Caso faça, a reportagem será atualizada.
Na estreia pela BLAST Bounty diante da NAVI, a Imperial perdeu na Anubis por 13-7 e na Mirage por 13-8. A equipe volta a jogar um grande campeonato internacional em 29 de janeiro, quando estreará pela IEM Katowice. Ainda não tem adversário definido.