"Apesar da derrota, não vou sair daqui triste", diz NEKIZ
O PGL CS2 Major Copenhagen terminou para a Legacy, mas Gabriel "NEKIZ" Schenato não vai deixar a Dinamarca triste. Depois da derrota diante da TheMongolz no jogo classificatório do Opening Stage, o jogador se disse feliz com a evolução.
"É bola para frente. Agradecer a todos que torceram pela gente, conseguimos uma trajetória legal. Ano passado estava difícil, não estávamos numa fase boa, conseguimos crescer durante esse tempo até agora e, apesar dessa derrota, não vou sair daqui triste", disse NEKIZ em entrevista à Dust2 Brasil.
Para o capitão, o principal problema da equipe foi ter perdido os rounds situacionais, que, na opinião dele, foram "desmoralizantes".
"A gente teve um começo de jogo bem ruim na Ancient. Perdemos um eco, todo mundo sabe que esses caras de Eagle são chatos e eles acharam três balas insanas no começo do round, isso já dá uma desmoralizada no time, mas não que tenha afetado tanto. Depois disso perdemos um 4x2, 2x1, todos os rounds situacionais que o time precisa ganhar foram todos para eles", explicou.
"Isso dá uma abalada porque geralmente é o round que te dá o hype necessário para finalizar o jogo. A Ancient foi (perdida) muito por causa disso. Na Anubis eles jogaram muito melhor, também perdemos um eco que também é desmoralizante. Ganhamos o pistol, perdemos o forçado", completou.
Nos três primeiros dias de Major, a Legacy se destacou pela energia, com muitos gritos e provocações. Nesta quarta, o silêncio reinou na maior parte do tempo. Para NEKIZ, isso se deu por falta de chances.
"Nós nem tivemos a oportunidade de gritar. Geralmente a gente ganha o pistol, comemora bastante, ganha o segundo round, ok. No terceiro round, armado, ou quando você ganha um round situacional importante, que sabe que vai conseguir fazer uma sequência boa, é aí que começamos a gritar bastante porque sabemos que estamos numa crescente na partida", disse.
"Toda hora que chegamos nesses rounds situacionais que devíamos ganhar e perdíamos, dá uma broxada. Não foi a pressão de um jogo classificatório, basicamente estávamos sem energia porque não conseguimos ganhar os rounds que iam trazer a energia necessária que tivemos ontem", continuou NEKIZ.
Os mapas escolhidos para a série, inclusive, estavam dentro do plano de jogo da Legacy, revelou NEKIZ. Ancient, Anubis e Inferno costumam figurar entre as escolhas do time.
"Estávamos muito confortáveis com os mapas, sendo bem sincero. Os mapas que sobraram, falamos 'Pô, estamos com os mapas que queríamos na mesa, então é só fazer o que sabemos de melhor'. O que fez a gente perder esses jogos foram os rounds cruciais que deixam o time para baixo, mas na questão de plano de jogo, mapas que estavam na mesa, eram perfeitos para passarmos de fase. Porém também tem o mérito dos caras, que jogam muito bem", disse.
Sobre a baixa conversão de rounds como terrorista, NEKIZ acredita que o problema foi na preparação. O jogador também revelou que o time teve "problemas de logística" no intervalo entre o RMR e o Major.
"O único problema que vejo é que não conseguimos fazer uma preparação muito boa pro Major. Tudo que estamos usando agora são coisas que preparamos para o RMR, tivemos um problema de logística na preparação para o Major, que é algo que os nossos managers estão trabalhando para resolver. Não foi uma questão da nossa organização, e sim mais do campeonato, e eles estão preparando alguma coisa para se posicionar, porém não conseguimos fazer quase nada de preparação", afirmou o jogador.
"Tivemos um dia de treino antes do Major e isso dificulta um pouco. Na teoria, depois do RMR, era para criarmos coisas novas para conseguirmos não ter um playbook que os times olhassem uma demo e falassem 'tá, então eles fazem isso'. Tivemos que adaptar muita coisa e isso foi algo que nos atrapalhou, mas não sinto tanta falta do TR assim, não é algo absurdo que precisa ser arrumado", completou.
E o que a Legacy vai tirar da participação no Opening Stage? Para NEKIZ, a experiência será importante e os times vão passar a respeitar mais a Legacy.
"É a experiência que fica. É como os moleques falaram, eles nunca tinham ganhado uma partida no Major e conseguimos fazer uma trajetória de quase classificar para o Legends Stage, então isso traz mais experiência pro time, mais respeito para os times que enfrentaremos, eles com certeza vão vir (nos enfrentar) com um pouco mais de receio. É pegar de lição tudo o que fizemos de errado, consertar, e as coisas que foram boas manter e vamos para a próxima", finalizou.