Golden Hornets, os torcedores da Vitality, na Accor Arena

Quase 400 sócios e bandeirão proibido: quem são os Golden Hornets

Presidente da torcida organizada da Vitality falou sobre operação e festa na Accor Arena

Não é de hoje que a torcida organizada da Vitality rouba a cena nos eventos internacionais de CS:GO. Seja viajando de ônibus até a Alemanha para apoiar o time no StarLadder Berlin Major ou cantando na frente do hotel dos jogadores na Bélgica durante o PGL Major Antwerp, o grupo de fãs da organização francesa é visto como o coração pulsante das arquibancadas do velho continente. E, pela primeira vez, eles estão jogando em casa.

"Todos estão felizes por ver a Vitality jogar na nossa frente. Cinco anos atrás nós estávamos aqui, em Paris, para torcer para um jogador de Rainbow Six, e agora estamos em Paris para celebrar o Counter-Strike", disse Nicola Gronier, 24, o presidente dos Golden Hornets, como é chamado o grupo, em entrevista à Dust2 Brasil.

Localizados no Portão O da Accor Arena, o grupo é o responsável pela festa nas arquibancadas do BLAST.tv Paris Major. Gronier disse que as últimas semanas foram de muita preparação e de muitos novos torcedores interessados em fazer parte do grupo.

"Espero que todos participem na arena, é o mais importante para gente, queremos participação de todos da arena, pois assim todos vão lembrar do evento", comentou.

O número de membros ativos é de quase 400 pessoas, e a expectativa é que ele cresça após o mundial. Para se associar, os torcedores pagam uma taxa anual de € 35 (R$ 187) no primeiro ano e € 25 (R$ 134) a partir do segundo ano - esse dinheiro é usado na compra de instrumentos e na confecção de materiais.

"É uma associação oficial desde cinco anos atrás. Temos mais ou menos 400 pessoas que, anualmente, pagam a sociedade. E com esse dinheiro nós fazemos as bandeiras, os cachecóis. Nós definimos o preço que precisamos para fazer essas coisas, não temos lucro nenhum", disse.

O grupo diz não receber ajuda financeira direta da Vitality, apesar da comunicação constante, participação em eventos na V.Hive (sede da organização) e ajuda com contatos.

"Nós não recebemos muita ajuda deles (da Vitality). Nós pedimos bastante coisas, mas muitas vezes temos que fazer sozinhos. Mas pedimos, por exemplo, contatos da BLAST para nos ajudarem como, por exemplo, ter todo mundo junto no mesmo lugar (da arquibancada). Para todo o resto, fazemos sozinhos", explicou o presidente.

Torcedores da Vitality na arquibancada da Accor Arena no 1º dia de Champions Stage

Os Golden Hornets encontraram alguns problemas burocráticos para a festa na Accor Arena. O estádio, por exemplo, exige que os torcedores fiquem em lugares marcados na arquibancada, e eles tiveram de receber ajuda da BLAST para conseguir reunir o grupo no mesmo setor. Um bandeirão confeccionado pelo grupo foi barrado pela segurança.

"A BLAST disse que a dimensão estava ok, disseram que tudo estava ok, aí chegamos e a segurança não nos deixou entrar. Por enquanto vamos só com os cachecóis e as coisas básicas, mas quem sabe, para os próximos dias teremos algumas coisas mais interessantes para mostrar", disse.

Mais barulhentos

As comparações entre as torcidas, é claro, tomaram conta das redes sociais durante o primeiro dia, com os brasileiros se dizendo mais barulhentos. Gronier acredita que uma torcida não é melhor do que a outra, mas são diferentes.

"É diferente. Não vou dizer que somos melhores ou piores, porque pra mim é diferente", disse.

"Temos um estilo mais europeu, com cantos mais curtos e que repetimos muito, mas não no ritmo dos brasileiros, que têm tambores maiores. Nós também temos pessoas que fazem isso, mas não é o mesmo ritmo", explicou.

O presidente do Golden Hornets, é claro, prefere torcer da sua maneira.

"Eu prefiro da maneira que fazemos, porque eu cresci indo em estádios na França com esse tipo de torcida. Fiquei surpreso com os fãs brasileiros, mesmo na Antuérpia no ano passado, cantando, é muito legal", afirmou.

Gronier, porém, prometeu que a torcida francesa fará mais barulho que a brasileira.

"Eu acho que sim (risos). Se chegarmos à final, espero que façamos mais barulho", finalizou.

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