drop comenta derrota e avalia 1º semestre do MIBR: "Um desastre"
Um primeiro semestre abaixo do esperado sem atingir o principal objetivo e o desejo de fazer diferente na segunda metade do ano. Esse é o MIBR em 2024. Porém, a equipe brasileira retornou aos servidores com uma grande pedreira pela frente.
Depois do player break, o MIBR voltou a jogar uma partida oficial nesta quarta-feira. Os brasileiros tiveram pela estreia da Esports World Cup 2024 a Spirit, atual melhor time do mundo. Em dois mapas, os brasileiros só fizeram 7 pontos, e André "drop" Abreu avaliou o confronto.
"É muito complicado, principalmente quando estamos voltando das férias, a gente não vem de um período muito bom no primeiro semestre e logo de cara a gente pega o atual top 1 do mundo. Sabíamos que não seria um jogo fácil, não temos um retrospecto muito bom contra eles e acreditávamos que nos preparamos bem, estávamos confiantes para entrar no server e conseguir colocar o que a gente treinou. na Nuke perdemos alguns rounds que nem tivemos chances de jogar, guardando 4 ou 3 armas. Já na Vertigo foi mais um atropelo dos caras, não conseguimos nos adaptar", contou em entrevista à Dust2 Brasil.
Uma vitória da Spirit em cima do MIBR não é novidade. Nos últimos 5 jogos, os russos levaram a melhor em todos os confrontos e sempre por 2 a 0. E o que faz a Spirit ter tanta dominância sobre os brasileiros? Drop também queria saber a resposta.
"Se tivéssemos (a resposta), com certeza estaríamos trabalhando, focando exatamente nisso para que isso não ocorresse. A gente assiste, reassiste, analisa, e às vezes é uma questão individual, uma decisão de algum jogador nosso ou deles ou a estrutura do time. De fato eles são um time muito melhor que a gente e, quando nos enfrentamos, eles conseguem provar isso. Ainda estamos em busca dessa resposta para que no futuro a gente possa parar de perder para eles em específico."
No primeiro semestre de 2024, o MIBR viveu altos e baixos. O time já foi considerado como o melhor do Brasil e conquistou o título da ESL Challenger Melbourne, porém ficou fora do PGL CS2 Major Copenhagen e recentemente vem tendo resultados ruins.
"É muito difícil você encontrar constância no CS, de você sempre conseguir trazer coisas novas e surpreender seus adversários, que é o que aconteceu na maior parte do tempo. Nós conseguimos trazer coisas novas e surpreendemos os outros times. Ficamos bastante tempo no Brasil e lá o nosso individual estava se sobressaindo muito, por isso conseguimos bons resultados, algo que não acontece tanto aqui na Europa, e os resultados não são tão constantes e expressivos como são no Brasil."
"Por não termos nos classificado para o Major, o primeiro semestre foi um desastre. Conseguimos um título que deu uma certa confiança para a gente de que talvez estivéssemos no caminho certo, mas perdemos no campeonato que realmente importava. Foi muito ruim para a gente. Falando por mim pessoalmente, foi um semestre desastroso. A gente tem um longo caminho para percorrer ainda, porém sabemos o que a gente precisa fazer para pelo menos não viver o segundo semestre da mesma forma que o primeiro", continuou drop.
Para evitar que todo o ano seja um desastre, como drop classificou o primeiro semestre da equipe, o MIBR sabe o que precisa fazer. No entanto, mesmo com a lucidez dos erros que o time vem cometendo, evitar que eles apareçam nos jogos não têm sido uma tarefa fácil.
"Nós ainda erramos, erros que estão muito claros para a gente, que sabemos como trabalhar, mas às vezes você conversa (sobre os erros) e na hora do jogo sai diferente por X ou Y motivo. Isso é algo que não pode acontecer quando você almeja ser uma equipe do tier 1. A classificação para o Major de Xangai é nosso principal objetivo. Acredito que iremos direto para o RMR, então teremos mais tempo do que alguns outros times para criar coisas novas, inventar, buscar em outros times e nos mudarmos para chegarmos no RMR prontos para conseguirmos carimbar essa vaga", finalizou drop.
A Dust2 Brasil está cobrindo o evento em parceria com a BC.GAME