gabs comemora último título no CS:GO e "ainda não sabe" se gostou do CS2
Gabriela "gabs" Freindorfer adicionou mais um troféu para sua estante antes do fim do CS:GO. Na última competição presencial do jogo, a jogadora foi peça fundamental no triunfo da FURIA em cima da B4 na decisão da BGS Esports. Mesmo chegando ao quinto título em LAN, a jogadora ainda se mostrava nervosa.
"Levantar títulos não é algo diferente para mim, mas isso é graças ao meu time, que é muito esforçado. Sobre nervosismo, é o que eu falo para todo mundo. Independente do jogo que você jogue, o atleta sempre vai ficar nervoso, porque, quando ele entra em ação (o nervosismo bate). Ele aprende a lidar com o nervosismo, mas o nervosismo em si nunca passa", afirmou gabs em entrevista à Dust2 Brasil.
Para aumentar ainda mais o nível de tensão, a final teve um atraso de 1h20 e começou só às 15h20. gabs disse estar acostumada a viver esse tipo de situação e contou seus segredos para manter o foco.
"Quando você é jogador, você passa por várias situações relacionadas a campeonatos. Eu já cheguei a jogar duas md3 diretas em um campeonato, já cheguei às 17h e o jogo foi meia-noite. Você começa a aprender que o jogo está marcado para um horário mas não necessariamente vai acontecer nele", disse.
"Você tem que fazer tudo bem. Comer bem, não comer coisa pesada, não bater aquela feijoada, comer um franguinho, uma saladinha, beber bastante água. Quando é palco eu evito, porque me dá vontade de ir no banheiro toda hora e não pode. É manter a cabeça no jogo, focar, e pensar que a md3 é na verdade uma md1 e você precisa ganhar. Independente de perder ou ganhar, depois do primeiro mapa é outra md1 e você precisa ganhar", completou.
Quando os times finalmente entraram no servidor, a FURIA não teve dificuldades no primeiro mapa, vencendo por 16-4 na Inferno, mas sofreu no segundo, levando a melhor por 16-12 na Anubis. gabs explica.
"A Inferno é um mapa que consideramos o nosso pick mesmo. Historicamente falando, temos várias vitórias. E, dentro disso, usamos muito a ideia de estar em um campeonato em LAN a nosso favor. O som é muito prejudicial, você escuta muita gente gritando, muita falação, barulho, narração, e não se comunica direito. Usamos isso a nosso favor, sabíamos que se estivéssemos assim, elas também estariam", disse.
"Na Inferno usamos muito disso, e, se você reparar, na Anubis nós não usamos. Ficamos paradas, marcando, começamos a andar juntas. Independente de ter sido o mapa delas, começamos por cima, mas desandou e não ficou barato. As meninas são muito boas, então, se você erra um negocinho ali elas punem seu erro, vem pra cima. Paramos, respiramos, fingimos ser uma md1 em que precisávamos ganhar o mapa. E conseguimos fechar", continuou.
Talvez
gabs estava distante do cenário profissional quando, em março, recebeu um chamado da FURIA para retornar aos servidores. A jogadora relembra que retornou por livre e espontânea... pressão.
"Quando voltei não foi porque eu quis, foi por pura pressão. A zaaz, o Jaime, o Akkari, começaram a me mandar mensagem falando que as meninas tinham campeonato amanhã e precisavam de uma jogadora que não estava inscrita em nenhum time, que tinha que ser eu porque eu estava parada", contou.
"E eu fui pensando 'Meu Deus, o jogo é amanhã, vou fazer o que?'. Aí me internei no DM e comecei a ajudar elas a cumprir o calendário. Na época a bokor estava no time, e depois da saída dela eu fiquei na dúvida se saia ou continuava, não queria deixar as meninas na mão com menos duas jogadoras, fui aguentando e, querendo ou não, eu amo CS. Eu amo jogar. Eu amo competir. Até quando estou brincando nas ranqueadas eu estou competindo", explicou a jogadora.
Questionada sobre o futuro, gabs se mostrou inclinada a "desaposentar" de vez e seguir competindo no CS2.
"Quando eu sai do CS:GO, abri um pouco meu leque de opções, fui mais para uma parte de influencer, streamer. Fui para o Valorant, gostei, é um jogo de FPS e eu gostava bastante, só que vi que o cenário não era tão bom, que teria que me empenhar muito, pois eu não conhecia a ideia do jogo e eu gosto de entrar e sair pela porta da frente, então, se eu voltasse, eu gostaria de jogar bem, me empenharia. Eu saí do Valorant porque vi que o cenário estava dando uma decaída por situações da franquia. E agora lançou o CS2… não sei se vou gostar o suficiente para continuar, mas acho que sim.