Patsi vê Spirit mais forte que no último Major: "Temos chance de vencer"
Já não é de hoje que a Team Spirit figura nas cabeças de campeonatos importantes. Depois de surpreender e ser semifinalista no PGL Major Antwerp, a equipe chega às quartas de final do IEM Rio Major mais experiente e melhor do que no primeiro mundial - ao menos é o que garante Robert "Patsi" Isyanov.
"Sim (esse time é melhor que o da Antuérpia). Acho que podemos fazer tudo como esse time, que é muito jovem. Podemos fazer qualquer coisa nesse campeonato. Se fizermos tudo certo, temos chance de vencer o Major", afirmou o russo em entrevista à Dust2 Brasil.
Para Patsi, o time tem apresentado um bom jogo e as derrotas vieram de pequenos erros cometidos pelo time.
"Creio que são erros de jogo, mas também tem um pouco de pressão da torcida. Esses jogos (que perdemos) não são um grande problema porque foram md1 e acredito que é mais fácil jogar md3", afirmou.
"Todo torneio está sendo bom para a gente porque os dois jogos que perdemos foram muito próximos, somente com alguns erros pequenos e por conta disso perdemos. Vamos consertar isso para o Champions Stage e chegar mais fortes com certeza", completou o jogador.
Carinho na internet, xingamento na vida real
A Team Spirit vai para seu quarto jogo na frente do público nesta sexta-feira e, até agora, está longe de ser uma das favoritas da plateia. Nas quartas não será diferente, já que a adversária será a Heroic, time que já caiu na graça dos brasileiros há muito tempo. O russo diz não entender o porque a torcida não está com sua equipe na maior parte do tempo.
"Em todas as partidas que jogamos, a torcida estava contra nós. Não sei o porquê, mas aqui na Jeunesse pode ser um pouco diferente", afirmou o jogador.
"Nas minhas redes sociais, muitos brasileiros me mandaram mensagens positivas, mas estamos aqui e eles nos odeiam. Entendo que algumas pessoas vão torcer para nós, mas penso que a maioria vai estar contra nós. Talvez por conta do nosso psicólogo, porém acho que terão mais pessoas (torcendo pela gente do que na primeira fase)", completou.
Patsi não está de todo errado. Se a simpatia pela Spirit já não era grande, as coisas não melhoraram quando Aleksandr Kuznetsov, o psicólogo do time, provocou a torcida brasileira que torcia contra os russos em confronto contra a FURIA. Ao ge, Kuznetsov disse não se tratar de provocação, mas sim de tentar captar a energia da arquibancada para os jogadores. Desde então, ele tem aparecido com bandeira do Brasil e uniforme da Seleção, além de ter atendido fãs e brincado com os torcedores.
"Ele fez a mesma coisa na Antuérpia, mas era uma torcida diferente, eles não agiram desta forma. Quando ele fez isso (no Rio), as pessoas foram agressivas e não esperávamos isso, mas estamos preparados. Nós não nos importamos", afirmou.
O Major também significou uma experiência diferente para Patsi antes mesmo dele ter começado. O jogador foi um dos escolhidos para estampar o metrô do Rio em comemoração ao evento.
"É incrível porque antes a gente jogava por diversão e depois nos tornamos profissionais, e agora estamos no trem do Rio de Janeiro, é sensacional. Não sei se é verdade, mas ouvi que foi uma votação, o que deixa tudo ainda mais legal", finalizou.