CEO da FURIA detalha conversas com Valve para desbanimento de Guerri
A punição de Nicholas "Guerri" Nogueira finalmente chegou ao fim e o treinador está livre para acompanhar a FURIA nos campeonatos oficiais da Valve. CEO da organização, Jaime Pádua detalhou como foram as conversas que resultaram no desbanimento de Guerri.
Em entrevista à Game Arena, Jaime revelou que, ao lado de André Akkari, encontrou alguns representantes da Valve no Rio de Janeiro, durante o IEM Rio Major. Lá, começaram o diálogo que culminou no fim da punição sobre o treinador.
"Eu e o Akkari fizemos reuniões com eles e explicamos tudo. Foram muito educados, entenderam o nosso lado. Na época, eles estavam analisando o caso de uma forma mais objetiva. Porém, eu senti deles uma certa colaboração de querer cuidar da comunidade. Eles se importam e fizeram questão de escutar o nosso pedido", declarou Jaime Pádua.
Após as conversas presencialmente, FURIA e Valve passaram a trocar e-mails frequentemente. No entanto, o otimismo depois se tornou preocupação, já que a desenvolvedora diminuiu a frequência das respostas.
"Naquele momento (no Major), eles não falaram nada do que ia acontecer, mas falaram que dariam uma olhada. A gente ficou muito otimista naquele momento, só que as coisas foram esfriando. Essa troca de e-mail não foi mais ativa. Eis que a gente mandou um e-mail no começo e no fim de fevereiro, e aí veio a notícia super positiva".
Em setembro de 2020, guerri estava na lista de punidos por terem sido pegos no "bug do coach". Desde então, a FURIA utilizou Marcos "tacitus" Castilho e André Akkari na função de treinador, tanto nos RMRs quanto nos Majors. Se não fosse desbanido, ele só poderia voltar a estar com o time no primeiro Major de 2024.
Mesmo que não tivesse muita esperança acerca de um desfecho positivo, a FURIA nunca ponderou demitir o treinador. Jaime Pádua apontou a importância de guerri no crescimento da equipe.
"Ele ajudou a construir a FURIA que é hoje. Em nenhum momento a gente pensou em trocá-lo. A situação do Major é uma coisa temporária, em um ou dois torneios no ano em um ambiente com 10. Trocar o guerri nunca foi uma opção, a não ser que ele quisesse".
"A gente tem um time muito forte, várias organizações gostariam de ter a posição e a line que a gente tem. Porém, esse time não seria o mesmo sem o guerri. Se tivéssemos os mesmos jogadores, não teríamos alcançado as mesmas coisas sem ele. Em nenhum momento ele pensou em desistir, e sabe o impacto que tem nos meninos. Óbvio que o Guerri sofria, estava triste e queria estar perto, mas sempre passou muita segurança", finalizou Jaime Páuda.
Além de Guerri, Alessandro "Apoka" Marcucci é outro que recebeu com muita alegria a notícia de que seria desbanido. O ex-INTZ, que agora tem se dedicado às streams, também estava banido. Mesmo fora do competitivo, a punição surtia efeito, já que Apoka não podia participar das transmissões do RMR e do Major.