Outsiders comemora mais um título no Rio: "É nossa cidade"
A Outsiders, ou ao menos o elenco liderado por Dzhami "Jame" Ali, Aleksei "Qikert" Golubev e o treinador Dastan "dastan" Aqbaev parece gostar no Rio de Janeiro. Depois de parte do time ter vencido a DreamHack Open Rio em 2019, a taça da vez foi a maior possível, a do IEM Rio Major.
Em coletiva após o título do mundial, eles comemoram o fato de fazer sucesso no país e já estão preparados para retornar para a IEM Spring no ano que vem.
"Claro que estamos (prontos para voltar). Uma ótima cidade, ótimo país. Meus companheiros de equipe estavam aqui três anos atrás, também venceram e gostamos dessa cidade. É nossa cidade", afirmou Evgeniy "FL1T" Lebedev.
Além do domínio em solo carioca, os jogadores também comentaram a importância do título, uma possível era e muito mais. Confira:
Como você se sente, acha que pode vir a ser candidato de MVP ou escolheria algum dos seus companheiros de equipe?
FL1T: Estou me sentindo ótimo, mas por ora não caiu a ficha do que aconteceu. Preciso de um tempo, talvez uma semana, para que caia. Estou feliz, mas sem grandes emoções. Estou me sentindo muito bem.
Você acha que a Outsiders chegou no seu auge, ou a equipe ainda pode mostrar mais?
dastan: Tudo depende de como vamos lidar com essa vitória, são muitos torneios, dois Majors por ano. Entendemos que esse foi o campeonato mais precioso, porém tudo depende de como os jogadores mais jovens vão desempenhar no futuro. Agora temos mais oportunidades por conta desta vitória porque não precisamos mais jogar os qualifiers, vamos para a BLAST Finals, espero que para Katowice, Cologne. Teremos um tempo de descanso, mas precisamos trabalhar. Eu, como coach, preciso continuar sendo rígido com eles para que eles continuem sendo eles mesmos. Precisamos usar essa vitória de maneira positiva, para ter confiança no futuro, tudo depende de como vamos trabalhar. Essa vitória sempre estará no nosso coração e vai nos ajudar em partidas difíceis.
O que você acha que a Outsiders precisa fazer para formar uma dinastia como LG/SK e Astralis fizeram no passado?
Qikert: Precisamos usar essa vitória corretamente. Devemos continuar trabalhando como antes, talvez até mais pesado, porque as pessoas vão se preparar contra nós e não vai ser fácil, mas precisamos ir em frente e mostrarmos para todo mundo porque somos os melhores.
O que você acha do Brasil e está pronto para voltar aqui no próximo ano?
FL1T: Claro que estamos. Uma ótima cidade, ótimo país. Meus companheiros de equipe estavam aqui três anos atrás, também venceram e gostamos dessa cidade. É nossa cidade.
Há três anos, você esteve em uma final de Major, quando perderam para a Astralis. Como você vê a sua evolução pessoal desde então?
JAME: As pessoas não sabem mas temos um analista. Eu, qikert, dastan e nosso analista estávamos juntos, são quatro daquela line que esteve na final do Major, e as pessoas precisam saber que somos um grande time.
Diferença da final do StarLadder Berlin Major
JAME: Quando jogamos contra a Astralis éramos um time jovem, eles eram um time totalmente dominante.
dastan: A Astralis naquela época era muito forte. Em Berlim, o qikert tinha 17, 19 anos, era muito jovem. Só o AdreN tinha experiência. Eles já tinham vencido dois Majors, foi muito difícil. Eu sempre vi aquilo, o que poderíamos mudar antes daquela partida, e foi uma partida diferente, um oponente diferente. Agora foi a Heroic, um time diferente, com um estilo diferente. que não venceu Majors. Éramos meio que a mesma coisa. Foi uma final completamente diferente, mas foi importante vencer, vai nos ajudar no futuro. Vencer a última partida é muito importante.
Por que o primeiro título grande veio no IEM Rio Major
dastam: No Major os times tem muita pressão, eles vem com muitas expectativas e eles fazem do Major a coisa mais importante da carreira deles. Nós entendemos. Nós jogamos uma final em Katowice, quartas de final em Cologne, nós temos experiência, não é como se tivéssemos chego aqui e vencido. Estávamos preparados mentalmente. Quando começamos com esse time, era importante pensar que poderíamos vencer, que não era impossível. Estava sempre na minha mente. Nós estávamos treinando com times bons, sabíamos o que poderíamos fazer. O CS é um jogo muito mental. De não ficar com medo, jogar seu jogo, ficar pronto, é isso.
A final contra a FURIA seria diferente?
dastan: Contra a FURIA seria um jogo diferente. FURIA é como a gente, o título estaria próximo e a pressão seria extremamente alta, poderia ir para qualquer lado. Nós jogamos muito contra eles, conhecemos eles demais, a Heroic nos venceu mais do que nós vencemos eles. A última vez que enfrentamos a FURIA nós vencemos, mas as outras três vezes, a FURIA nos venceu. Não sei como seria, mas vamos jogar mais contra a FURIA no futuro. A FURIA é um time jovem, vão ser nosso oponente durante toda a carreira.
O título silenciou os críticos do estilo da Outsiders? Acha que isso pode ser um novo meta?
dastan: Nós sempre jogamos do mesmo jeito, mas depende de como as pessoas vão jogar. Somos um time sem convites para a ESL e BLAST, precisamos jogar mais focados. Os outros times podem jogar vários campeonatos, e nós não temos essa opção, temos que nos classificar para tudo, brigamos por uma vaga para oito times e coisas do tipo. Você precisa jogar focado. Talvez, no futuro, quando tivermos mais opções para jogar grandes campeonatos, vai ser diferente. Os estilos são diferentes, o da FaZe é diferente, o da NAVI é diferente. O CS é bonito porque há diferentes estilos. Até a Heroic é diferente, eles sempre jogam bem contra a gente, mas foi uma final, é um jogo diferente.
Colaborou Victor Hugo Porto