ODDIK nega "choke" e espera próximo CBCS sem problemas
Apesar do show proporcionado pela torcida presente no São Paulo Expo, a decisão do 1° CBCS Elite League foi, de parte, ofuscada por problemas técnicos que ocorreramm durante quase toda grande final. Na opinião do gerente competitivo da ODDIK, Vicenzzo Mandetta, são situações que não podem "acontecer na final do principal torneio de CS do Brasil".
Derrotada na decisão pela INTZ ARCTIC, ODDIK foi a equipe que mais sofreu com os problemas técnicos: desde monitor, passando pelo white noite (ruído) até a falta de abafadores, o que permitia escutar não só a própria torcida como parte da narração.
Mostrando espírito esportivo, o gerente deu mérito para ARCTIC na vitória: "Eles foram superiores e não acredito que venceram por causa disso (problemas). Seria muito pequeno da nossa parte creditar uma derrota aos problemas técnicos. Mas a gente não pode deixar de falar deles".
Vicenzzo continuou dizendo que "é inadmissível o campeonato brasileiro de CS ter um atraso do jeito que teve, jogar em monitor 144, jogar com white noise e a torcida vazando, ter um abafador que é um fone. Eu não sei o que a organização do evento pretende, mas eu espero que melhore nas próximas porque só afeta o espetáculo que, com certeza, poderia ter tido um nível bem melhor".
O gerente não vê que a ODDIK foi prejudicada já que os problemas "tinham para os dois lados. Mas, os jogadores ouviram em alguns momentos (o som da torcida) vazar. Não dando call, mas pela reação da torcida você consegue sentir algumas coisas. Além disso, vazava também áudio do caster pra gente. Óbvio que pra eles tbm. De novo, deixando claro, não tirando nenhum mérito deles".
Questionado se acredita que a equipe tenha sentido a pressão e sofrido "choke", Vicenzzo gerente que não. O manager ressaltou o falto dos integrantes da ODDIK terem "experiência de sobra. O 'choke' não faz o menor sentido até porque a gente tem um psicólogo que acompanha a gente de perto. O que acontece é que nos quatro primeiros rounda a gente pausou quatro vezes. O resto eu deixo para o pessoal entender. Às vezes as coisas não encaixam e aí junta com ambiente, com os problemas que estão acontecendo e acaba tendo uma bola de neve. A gente chegou a engatar uma melhora, mas, quando viramos o mapa, a gente perdeu o pistol e complicou para o nosso lado".
O gerente garantiu que buscará dar um feedback aos responsáveis pelo CBCS em relação aos problemas vistos durante a grande final do Elite League. Contudo, afirmou que "o mais importante é os times se reunirem. Eu eu acho que não é correto com quem investe passar por esse tipo de situação. Eu já conversei com o Dom, dono da ARCTIC, para nos movimentamos e irmos com uma voz forte para que essas coisas não voltem a acontecer porque só prejudica o espetáculo e passa uma imagem que não era pra passar. Primeiro ponto é nos organizarmos entre os times e aí conversar com a organização do campeonato com uma voz mais forte e todo mundo junto".
O futuro da ODDIK
Já olhando o pós-CBCS, o gerente competitivo revelou que a ODDIK proporcionará toda uma estrutura para o elenco em São Paulo. Inclusive, a organização trará para cidade "naitte", atualmente em Recife, Pernambuco.
"A gente contratou os meninos tem um mês, eles estava juntos na UNO MILLE. Só que agora vão poder desfrutar da estrutura que oferecemos, da gaming house, bootcamp. A gente vai trazer o naitte para morar aqui por causa do ping porque ele mora no Nordeste e é complicado", afirmou.
O manager completou que "o foco é dar estrutura que eles não tinham. A gente sabe que tudo o que eles fizeram foi sem salário e isso pesa. Todo mundo tem conta pra pagar e, a partir do momento que eles têm essa tranquilidade, têm estrutura, uma organização forte por trás, a intenção nossa é continuar dando todo o suporte pra eles pra continuarem fazendo o bom trabalho que estão fazendo".