Elevate volta ao Brasil com plano de formar e vender jogadores
A Elevate vai ter sua terceira experiência com um time brasileiro a partir de 2025, e agora com uma visão diferente das experiências anteriores. A organização estadunidense volta ao país com a mentalidade de formar jogadores.
"Olhando as finanças, vimos a possibilidade de ser uma espécie de Academy, para assinar com jovens talentos, formar o time, dar uma chance deles performarem e depois vendê-los para outras equipes que almejam chegar ao Major", contou Justin "justintime" Tan, CEO da organização, em entrevista à Dust2 Brasil.
"Se tivermos sucesso com isso e conseguirmos fazer dinheiro, talvez possamos expandir e mudar o modelo de negócio. Em vez de ser essa espécie de Academy, podemos passar a brigar por vagas no Major", adicionou.
No momento da entrevista, a Elevate já tinha acertado a contratação de Diogo "diozera" Nunes, Gabriel "lash" Sampaio e Sandro "skr" Kakeru, conforme publicou a Dust2 Brasil. Ainda sem os próximos nomes definidos, justintime explicou que o treinador Lucas "zander" Carvalho está sendo o responsável pela escolha dos nomes.
O português, inclusive, foi quem entrou em contato com a Elevate em busca de uma oportunidade de emprego. O ex-Intense se ofereceu para trabalhar na organização mesmo com um time norte-americano, porém justintime decidiu voltar a expandir os horizontes.
"Eu dei a ideia e falei 'Que tal irmos para a América do Sul?'. O Zander concordou, ele tem muita experiência no Brasil, treinou diversos jogadores que estão agora no tier 1. Se ele já fez isso antes, deixamos fazer de novo, agora dando total liberdade dele implementar seu sistema na Elevate."
Além da mudança de expectativas com o projeto, a Elevate acredita que está no caminho certo para fazer diferente das últimas duas experiências no Brasil. Em 2021 e 2022, a organização contou com lineups brasileiras que foram liberadas em três e dois meses depois de serem contratadas, respectivamente.
"Vamos ser pacientes e dar, pelo menos, um ano e depois avaliar o projeto. Fizemos alguma venda, estamos no caminho certo? Acho que dessa vez não teremos problemas porque eu acredito no zander e esses são os jogadores que ele acredita que pode fazer com que evoluam."
"E os comentários sobre esses jogadores que assinamos são 'esses são jovens e bons jogadores', pessoas me mandando DM falando que fiz um bom trabalho com diozera, lash e skr. Ter esses três é um bom começo."
"Mas eu não quero que esse projeto se sinta pressionado por sucesso. O nosso sucesso é o crescimento. Se estivermos vencendo pequenos torneios, está ótimo. Não estou esperando que essa equipe chegue no Major, mas se conseguirmos, estaremos passos à frente da nossa expectativa", explicou justintime.
Por que sair da América do Norte?
"Se tivéssemos seguido no NA, tentaríamos um time para se classificar ao Major. Mas olhamos para os custos financeiros, precisaríamos despejar muito dinheiro, e as chances de não passarmos ao Major não justificavam os custos. Então decidimos ir com uma rota mais segura."
Vagas em aberto
"Nós temos uma direção que queremos seguir, então precisamos ver se os jogadores vão encaixar juntos e combinarão com o que queremos. O treinador precisa implementar a estrutura, então os jogadores devem confiar na filosofia do treinador."
"Eu vejo uns nomes, sugiro, analisamos, pensamos se isso poderia funcionar. Temos a preocupação se as peças vão encaixar e, no momento, temos uma lista curta de nomes de jogadores que queremos ou que pensamos que podem combinar. Estamos analisando constantemente."
Bootcamp no NA
"Não temos nenhum plano de trazê-los para a América do Norte no momento."