drop no último campeonato com o MIBR

drop comenta ida para RED e saída do MIBR: Não queria mais jogar CS"

Capitão da Matilha também falou da preparação para o MRQ e briga pela vaga no Major

Jogador da RED Canids há um mês, André "drop" Abreu vai ter o seu maior desafio com a equipe a partir desta terça-feira, quando a Matilha começará a campanha no Major Regional Qualifier (MRQ) - seletiva que vai classificar ao BLAST.tv Austin Major. Novo capitão da RED, o jogador que considerou sair do CS fala das expectativas para a qualificatória.

"Não diria que somos favoritos. Estamos em um grupo bem equilibrado com Legacy, Fluxo e BESTIA. Talvez a gente tenha algumas desvantagens como time por termos menos tempo de lineup. A BESTIA também fez uma mudanças, então acredito que estes sejam os dois times mais desfavorecidos no quesito de ter pouco tempo para passar as coisas, combinar e se entender dentro de jogo. Vai ser um grupo bem equilibrado e estamos bem na medida do possível", disse em entrevista à Dust2 Brasil.

A estreia da RED será diante da Legacy. drop falou sobre o que espera do primeiro jogo, que está programado para 19h30 desta terça-feira. Além disso, o capitão disse se o W.O que a Matilha precisou dar na PGL Bucharest que aconteceu por conta da Legacy, segundo a RED, também dá uma apimentada no jogo.

"Vamos encontrar um adversário bom que teve bons resultados nos campeonatos que jogaram na Europa. No Brasil, levaram duas vagas também. Eles mudaram recentemente, então eles podem estar vivendo aquela lua de mel onde tudo dá certo e todo mundo está muito feliz jogando junto. Esse fator pode dificultar mais a partida. Fora isso, é só mais um jogo."

"Acredito que não (seja um fator a mais para o jogo). São coisas que acontecem. Infelizmente foi a decisão que quiseram tomar naquele momento por diversos motivos que, se eles julgam corretos, não posso fazer nada. O importante é meu time estar bem, vamos entrar nesse jogo como se fosse mais um de MRQ, nada especial por ser a Legacy. Tem a lei do ex pelo cold ter jogado lá, então pode ter um gostinho a mais de enfrentá-los, mas estamos focados em apresentar um bom CS e vencer", seguiu drop.

Embora focado em ter um bom resultado no MRQ, o time da RED enfrentou problemas durante a preparação para a seletiva.

"Logo que entrei, nós tínhamos alguns campeonatos para jogar, uns dois qualifiers, então começamos a jogar sem treino basicamente. No pouco tempo que tivemos de treino, focamos em otimizar isso ao máximo. Depois tive dengue, fiquei uma semana sem treinar e isso atrapalhou bastante. Viemos para São Paulo para ficarmos juntos nesse MRQ, então estamos tentando otimizar ao máximo para nos adaptarmos e entendermos a maneira que gosto de passar as coisas, o que eles tinham que era bom que podemos manter e o que vou acabar trazendo."

"Tem muita coisa que eles gostavam de fazer e me sinto mais confortável fazendo de outro jeito. Tive muitas conversas com o Beto (treinador) sobre como vamos abordar o jogo e coisas do tipo por termos visões diferentes, porque o pessoal da RED estava jogando no Brasil e é um CS completamente diferente do que estava acostumado no MIBR quando jogávamos campeonatos do tier 1. Preciso adaptar muita coisa de como penso porque às vezes simplesmente não funciona aqui. Tem sido difícil, porém estamos bem", adicionou.

Saída do MIBR

A RED entrou no caminho de drop depois que o jogador foi para o banco de reserva do MIBR. Na entrevista, o capitão da Matilha também contou os motivos que levaram à sua saída de uma das principais equipes do Brasil.

"Nós começamos o ano muito mal depois de uma performance boa no Major. Isso é algo que se repetiu na minha carreira, porque na FURIA saí nesse mesmo ciclo, quando mandamos bem no Major e começamos o ano mal, com as coisas simplesmente não encaixando. Em um certo ponto (no MIBR), não estava me sentindo tão confortável como tudo estava acontecendo e como estávamos jogando."

"Eu já não tinha mais a vontade que você precisa ter para jogar CS, de querer buscar algo, de trazer novidades, de querer melhorar, de apontar o erro e aceitar crítica também. Minha relação com os jogadores se desgastou mais rápido do que devia. Pedi para ir para o banco antes de um campeonato na Romênia (PGL Cluj-Napoca). Assim que chegamos lá, liguei para o Ramon (manager) e falei que queria um tempo, precisava ir para o banco porque queria repensar."

"Nem queria mais jogar CS naquele momento. Falei com os moleques (do MIBR) e o Ramon que era uma opção parar de jogar, porque não estava mais sentindo vontade de viajar e precisava de um tempo para pensar, ficar com família, amigos, conversar com a minha mãe e o psicólogo também para entender o que tava acontecendo. O MIBR perguntou se eu podia ficar até a Pro League e disse que não. Voltei depois (da PGL Cluj-Napoca) e tirei meu tempo."

"Enquanto eu ia para o Brasil, saiu o anúncio e o felps perguntou como estava, começamos a conversar, a RED entrou em contato com o MIBR e as negociações foram muito rápidas. Foi uma oportunidade bacana porque posso ficar mais tempo no Brasil, precisava de um lugar novo para voltar a sentir essa vontade de jogar CS. Foi uma decisão que ficou boa para ambos os lados, já que o MIBR trouxe o exit de volta para ser capitão e, eu vindo para cá, posso ficar mais com família, amigos e em um lugar onde posso montar o projeto da maneira que eu bem entender", finalizou drop.

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