bsd sobre Case no RMR: "Sorte não fez parte da equação"
A Case foi a grande surpresa do closed qualify sul-americano do Perfect World Shanghai Major, se classificando para o RMR vencendo todas as três séries que disputou. Em entrevista à Dust2 Brasil, Lucas "bsd" Luan elencou os fatores determinantes para a conquista da vaga, garantindo que sorte não foi um deles.
Para bsd, a classificação da Case é consequência da junção de um tempo inédito para a equipe treinar, com o apoio psicológico de Mateus Valle e o pensamento de que a equipe tinha em mãos o poder de criar os próprios melhores dias durante o classificatório fechado.
"Desde que entrei na Case, jogamos quase 40 mapas sem termos tempo para treinarmos. Fomos para a LAN no Rio, para a qual também não treinamos. Jogamos na raça e só na semana que antecedeu ao qualify conseguimos treinar de fato", afirmou.
Nesse período de treinos, segundo bsd, os problemas que a Case carregava no servidor, basicamente, foram corrigidos na base da conversa: "Foi na base da parceria mesmo, todo mundo estando junto o tempo todo. Sem dúvida foi um diferencial para a nossa classificação".
Valle foi a incógnita incorporada na equação da classificação durante o bootcamp que a Case fez pré-closed em São Paulo. Com o psicólogo, a equipe entendeu que tinha o poder de criar os próprios melhores dias para a disputa das vagas no RMR.
E foi com esse pensamento, de acordo com bsd, que a equipe entrou no duelo contra RED Canids. "Entramos querendo ganhar, e não com medo de perder. Foi o diferencial que deu certo. Estava todo mundo confiante e CS é muito o jogo do dia, de criarmos o nosso melhor dia. E foi o que criamos", afirmou.
"Na véspera do closed dormimos cedo, enquanto no dia dos jogos acordamos cedo, tomamos café juntos e fizemos tudo o que tínhamos que fazer para ser o nosso melhor dia. Então, todo mundo entrou muito confiante e não lembro de ouvir ninguém falando que poderíamos perder aquele jogo. Entramos realmente pensando 100% que daria certo e, no fim, deu", explicou.
Sorte com a tabela?
Largando no closed vencendo uma das favoritas as vagas, a Case não enfrentou outras equipes no decorrer da seletiva. Sorte com a tabela? Não, na opinião de bsd.
"Sorte não fez parte da equação, até porque qualquer outra equipe que pegasse a RED no primeiro jogo, e tivesse um resultado diferente do nosso, não teria falado sorte. Teria falado justamente o oposto, que teve azar. Nós construímos tudo para dar certo", opinou.
Ficando em evidência
O RMR Americas para o Perfect World Shanghai Major não será o primeiro campeonato do tipo para bsd, que, em 2021 e pelo Santos, disputou o classificatório online por conta da pandemia.
Olhando para trás e analisando tudo o que passou até a classificação com a Case, bsd disse que mudou tanto como jogador, como pessoa. "Aprendi muito em todos os lugares que passei, com as pessoas que trabalhei. E eu só precisava de uma chance mesmo, como a Case me deu. Eu sabia do meu potencial há muito tempo, só precisava de uma chance para mostrá-lo", afirmou.
bsd realmente está mostrando o próprio potencial a ponto de ser elogiado por grandes figuras do cenário, como Jean "mch" Michel D'Oliveira e Alexandre "Gaules" Borba. Na opinião do jogador, ter sentido a pressão de LAN no Circuito da Federação do Estado do Rio de Janeiro de Esportes Eletrônicos (FERJEE) ajudou a jogar mais leve no closed.
"Foi determinante para não sentir o nervosismo do closed. A bagagem que adquiri com aquela LAN foi crucial para mim", destacou.
Em busca da vaga no Major
O awper pensa grande quando o assunto é a participação no RMR Americas. bsd garantiu o resultado satisfatório para a equipe e terminar a seletiva final com uma das sete vagas no Major.
"Se continuarmos jogando que jogamos, conseguiremos. Claramente não temos a mesma pressão que uma FURIA, ou que uma paiN, mas nós não importamos com isso. Pensamos em ir lá e dar o nosso melhor, pouco importante se somos favoritos ou se somos underdog", apontou.
"Só queremos jogar o nosso jogo e fazer o melhor que conseguimos. Com isso, o resultado satisfatório, não só para mim, é estar entre os sete classificados. É conseguir chegar lá e vermos que conseguimos, que conseguimos jogar de igual para igual, que conseguimos trocar tiro com todo mundo que está lá, mostrando que não existe essa discrepância toda", completou.