SWS processa B4 por venda de w1

A Liberty não é a única organização que está processando a B4 para cobrar dívida de uma transferência no Counter-Strike. A SWS está buscando na Justiça o restante do pagamento dos R$ 55 mil pela venda de William "w1" Almasan. A Dust2 Brasil teve acesso ao processo, que corre em segredo de justiça no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR).

A ação foi iniciada em dezembro de 2022 após a SWS buscar o pagamento via notificação extrajudicial em outubro do mesmo ano. A organização sediada em Cascavel, Paraná, alega no processo que a B4 só efetuou o pagamento de R$ 25 mil, a entrada, ficando em aberto quatro parcelas de R$ 7,5 mil, totalizando R$ 30 mil.

O acordo entre SWS e B4 não foi por 100% dos direitos econômicos de w1, mas 60%. Assim os 40% restantes seguiram com a SWS, que deveria ser notificada caso o jogador fosse vendido para outra organização. O jogador chegou a ser emprestado à INTZ e, atualmente, defende a Filhos de D10S.

Os pagamentos das parcerias deveriam ser feitos todo o dia 2, de setembro a dezembro do ano passado. Em caso de atraso, acréscimo de juros de 1% ao mês e correção monetária pelo índice IPCA do vencimento ao pagamento. Atualmente, a dívida se encontra em R$ 30.612,55.

Há uma similaridade entre os processos de Liberty e SWS: a dificuldade de encontrar a B4. Isso porque a primeira notificação do "caso w1" enviada em julho para um endereço em Porangatu, Goiás, foi devolvida. Trata-se do primeiro endereço que a B4 se registrou. Atualmente a organização está registrada em Sorocaba, interior de São Paulo, e outra notificação foi enviada ao local.

Em junho deste ano, a juíza Fernanda Monteiro Sanches determinou que a B4 pagasse o valor em aberto no prazo de três dias sob a pena de ter bens penhorados após o período determinado. A B4 teve o direito de contestar a decisão e também o de um novo parcelamento, com as parcelas podendo chegar a seis vezes.

Procurada, SWS não respondeu até a publicação desta matéria. Já a B4 "confirma a existência de uma dívida que, infelizmente, gerou um procedimento de cobrança contra esta organização."

A organização explicou que "o caso originou-se de um desacordo comercial que ocorreu entre as empresas, tendo em vista o atual cenário econômico mundial de eSports e seu impacto dentro das organizações", e garantiu que procurou e tentou de "todas as formas solucionar o referido problema, porém sem abertura de diálogos da parte contrária."

"Desde que a equipe tomou ciência do referido processo, sempre se dispôs a uma composição (amigável) a SWS. Tanto de forma extrajudicial quanto em processos judiciais, sempre nos pautamos pela busca de uma solução consensual que seja ideal para as partes. O que ocorre é que, até o momento, não houve aceitação das formas propostas pela B4 para o fim da celeuma com a Requerente. Ressaltamos que mesmo diante das recusas reiteradas, a B4 está sempre aberta ao diálogo e sua conduta sempre será nesta linha", finalizou.