BALERO: "Fizeram a minha caveira, mas eu não sou uma pessoa ruim"

Jogador acredita que hate gratuito o prejudicou na busca pela carreira profissional

Junto a amigos e matando a saudade da cidade-natal, Kevyn "BALERO" Guedes voltou a jogar uma LAN durante as finais da 2ª etapa do Circuito de Esports do Rio de Janeiro. Em entrevista à Dust2 Brasil, BALERO revelou que está deixando de lado a vontade de se tornar jogador profissional e desabafou sobre o hate que considera injusto e que foi determinante para as poucas oportunidades recebidas.

"O meu sonho, realmente, é estar entre os melhores do Brasil. Acredito que eu tenha muito potencial para isso, mas, particularmente, por esse tempo todo esperando por essa oportunidade como profissional acabei aceitando que ela não virá. É um choque de realidade e botei na minha cabeça que, talvez por mais que seja o meu desejo, por mais que eu saiba que conseguiria trazer muita alegria para o nosso brasileirinho, consegui entender que realmente não vão me chamar", afirmou.

O hate, as críticas apontadas por BALERO foram as que recebeu no início da FPL no Brasil, quando na mesma época começou a streamar e ainda não era tão conhecido. Segundo o streamer, a marra que foi alvo de críticas é uma característica por ser carioca: "Por mais que a galera ache que estou sendo marrento ou não, é meu jeito de falar. Quem é carioca sabe. Eu não estou sendo prepotente. Se eu falar que sou bom, nunca vou falar que sou melhor que fulano. Eu sou bom, confio em mim. É a minha autoconfiança."

"Acredito que as streams da época fizera muito a minha caveira e pra mim, hoje, é muito difícil conseguir contornar a minha imagem. Muita gente tem uma visão errada sobre mim e acabaram não me convidando para time por conta dessa visão, mas não quer dizer que eu sou uma pessoa ruim como tentam colocar."

Quanto aos streamers que o criticaram na época, na opinião de BALERO esses criadores de conteúdo não entenderam a forma como jogava. "Não quer dizer que eu só rushava como falam. Era sempre algo pensado e eu rushava e matava. Então vários streamers começaram a me xingar, falar mal de mim. Então, querendo ou não você faz com que seu público pense algo errado de mim, mas não quer dizer que eu estou errado. Pensa comigo: eu que não treino, faço a mesma jogada e mato você que treina 8h por dia, quem está errado sou eu ou você que treina e não consegue counterar uma jogada simples?", indagou.

"É por isso que o nosso cenário está essa decadência porque as pessoas sempre preferem culpar o adversário, falar alguma coisa que deveria ter feito e não fez. Mas o CS é igual o futebol, o CS é jogado. Você treina isso, mas no jogo acontecem coisas diferentes e você tem que estar preparado para aceitar isso", concluiu.

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