"Vamos usar o player break para resolver o que fazer", diz VINI
A Imperial chegou por último e saiu primeiro da IEM Rio. Convidada de última hora para substituir a Virtus.pro, a equipe brasileira foi a primeira a deixar a competição após derrotas para NIP e TheMongolz logo no dia de abertura. Para Vinicius "VINI" Figueiredo, a eliminação não será fácil de processar.
"O sentimento é meio complexo, porque não esperávamos jogar esse campeonato, mas ao mesmo tempo que fomos convidados, esperávamos, no mínimo, fazer o nosso melhor, tentar chegar nos playoffs ou algo do tipo, mas infelizmente não deu", disse o jogador em entrevista à Dust2 Brasil.
"Nos preparamos o que deu, foram três dias com bastante mudanças no nosso CT, que está uma bagunça no momento. Mas, teoricamente, não dá para ficar triste. Não era nem para estarmos jogando isso aqui. Pós IEM Rio nós teremos um campeonato na Europa para jogar, pegar um pouco de ritmo nele, aproveitar o que dá e se preparar para a BLAST", completou o jogador.
VINI afirmou que as derrotas de hoje passam muito pelo fraco desempenho do time no lado defensivo.
"Obviamente a NIP é superior aos mongóis, mas eu diria que é mais o fato do nosso CT estar fraco nesses mapas. Eu acho que, logicamente, na Inferno não conseguimos nem fazer seis rounds, na Mirage fizemos seis também, é mais uma falta técnica nossa do que mérito dos caras".
E, mesmo que o convite tenha sido inesperado, não tem como evitar a frustração - e os "porres".
"Sendo eliminado em último, mesmo nem esperando jogar o campeonato, não tem como sair com um sentimento bom. Vão ser três dias de vários porres, ainda mais que temos que jogar o showmatch no último dia, então ficaremos no evento até o final. Acho que vai ter sessão de autógrafos e coisas para fazer. Vamos ter que descansar, aproveitar, resetar, e ir melhor para a Europa", disse.
Futuro em aberto
A cada torneio, o futuro da Imperial é colocado em cheque, especialmente pelo desejo iminente de Gabriel "FalleN" Toledo de deixar a competição. A expectativa é que o Professor atue até o final do ano, mas, com o calendário incerto pela chegada do CS 2, as especulações de uma saída antecipada ganham força nos bastidores. VINI diz que nada está definido.
"Obviamente temos uma ideia de prazo na nossa cabeça, mas como vai lançar um jogo novo agora no segundo semestre, é meio complexo (decidir) o que queremos fazer, se vamos continuar operando desse jeito no ranking brasileiro, indo fazer bootcamp e voltando para cá", contou.
"Diria que estamos mais focados em jogar a BLAST, que é o único torneio tier 1 que teremos um semestre, e, após ele, Vamos usar o player break para resolvermos o que fazer", disse.
Na segunda metade do ano, porém, o time já tem um compromisso encaminhado: a IEM Cologne. Isolada na liderança do ranking regional da ESL, a equipe dificilmente não receberá o convite para o primeiro grande evento da segunda metade da temporada - que, inclusive, pode ser disputado no CS 2.
"É muito difícil perdermos a vaga agora, o Fluxo tem que ir muito bem no Major. Nossa programação já meio que conta com isso, então estamos esperando saber como vai ser. Nem a ESL sabe se vai ser no jogo antigo ou no novo, mas, com o lançamento, vai mudar muita coisa. Vai ter um reset no cenário. Talvez os times comecem a mexer por não termos Major no segundo semestre. É uma caixinha de surpresas", finalizou.