A FURIA de sidde: treinador defende torcida corneta, elogia FalleN e vê evolução no map pool
Desde que foi promovido ao cargo de treinador principal da FURIA, Sidnei "sidde" Macedo convive com a corneta da torcida, uma das mais exigentes do Counter-Strike. O treinador, porém, vê uma certa beleza e não condena as atitudes dos mais fanáticos.
"É difícil julgar o sentimento do torcedor, porque só quem torce, ama muito a organização, o time e os jogadores sabe o que é passar pelos momentos que passam. Eu não gosto de julgar como a torcida se comporta, acho que o torcedor tem todo o direito de se manifestar e eles são livres para se sentir como acham que tem que se sentir", disse sidde em entrevista à Dust2 Brasil.
"O sentimento que causamos neles não controlamos, e a forma que eles percebem o time, obviamente, depende do momento. O torcedor é livre e, no fim das contas, é o que faz torcer ser tão interessante. O torcedor apoia incondicionalmente mas, quando percebe que tem que puxar, puxa", completou.
sidde, inclusive, concorda com algumas das críticas que ele e seus comandados recebem.
"Embora você receba as críticas, você não deixa ela te diminuir, tem que usá-la como combustível, mas eu não acho que a torcida cometa uma injustiça, porque o Brasil já conseguiu produzir excelentes times, muitos títulos, e a esperança existe porque sabemos que é possível. A torcida conhece os jogadores que temos, sabe do nível, espera muito porque sabe que podemos entregar muito", afirmou.
"Vemos os títulos concentrados em 4 ou 5 times o ano inteiro e todos que estão por fora estão longe desses times no quesito ganhar títulos, e a torcida já está esperando há bastante tempo", completou.
Para sidde, o time tem de saber receber as críticas, mas não encará-las num sentido de diminuição do trabalho individual e coletivo.
"As duas coisas tem que acontecer ao mesmo tempo. Precisamos entender as críticas da torcida, ao mesmo tempo que trabalhamos para conseguir entregar os resultados que ela espera e merece. A torcida merece muito mais, merece uma FURIA que vá brigar por títulos", disse.
"As críticas são justas, o CS brasileiro não alcança um título tier S há bastante tempo e, como disse, a torcida sabe que podemos pela qualidade dos jogadores que temos, pelo tamanho da organização, pelos quase que a FURIA já teve", completou.
Nem mesmo as falas que são direcionadas ao treinador o afetam. Segundo sidde, a pressão que vem de dentro de si mesmo é o seu maior desafio.
"Não vejo muito e as que eu vejo não me afetam. Eu penso que quem está julgando não sabe como eu trabalho, não sabe meu impacto no time, o impacto que eu tive na derrota, assim como não sabe na vitória. Sou bem tranquilo em relação a isso, se eu falar que me afeta muito estaria mentindo. Me afeta muito mais a pressão que tenho no meu trabalho do que o que falam de mim", explicou.
"(A pressão) interna, que eu coloco sobre mim mesmo, eu sinto. A pressão que uma crítica coloca ou qualquer outra coisa eu não sinto. Tenho a responsabilidade de estar num cargo muito importante, numa organização muito importante e com um time muito forte. O que falam, as críticas que eu vejo, não deixo me afetar. Por conta de eu me cobrar muito, já faço esse trabalho de me apertar bastante e querer que eu renda mais", continuou.
"Mas, o que falam, não deixo diminuir minha confiança ou o empenho, porque sei que preciso estar sempre positivo, pois se eu afetar o time negativamente não fica muito interessante. Os jogadores já precisam lidar com coisas negativas, então vejo mais por esse caminho, não deixo me afetar ao ponto de prejudicar o meu trabalho", completou.
Em quase uma hora de conversa com a reportagem, sidde falou sobre estes e outros assuntos, numa entrevista que já está no ar, na íntegra, no YouTube, e será dividida em ao menos dois textos principais no site. Esta é a primeira parte, sobre o trabalho com Gabriel "FalleN" Toledo e demais jogadores, a comissão técnica, a relação com Nicholas "guerri" Nogueira e o map pool do time. A segunda, sobre a campanha do RMR e o Major, estará disponível em breve.
Cara de sidde
Com só quatro meses de trabalho, a FURIA já tem a cara de sidde? Dá para dizer que sim, mas ele quer mesmo é um time com a cara de todo mundo.
"Eu tenho feito um trabalho, junto com os analistas, de colocar a nossa cara no time e entender onde vamos mesclar com a opinião do FalleN e de todos os outros", disse sidde.
"Olhando para o elenco, não queremos ter essa liderança técnica concentrada só no FalleN. Queremos o KSCERATO impactando bastante nisso também, que ele tenha as ideias dele e que essas ideias sejam ouvidas para conseguirmos colocar tudo isso em prática. O yuurih tem uma posição de responsabilidade muito grande. O skullz chega como jogador experiente. Eu imagino que seja um trabalho colaborativo de todos, mas eu e a comissão já temos um impacto muito grande no time", continuou.
"Ao mesmo tempo que tem o trabalho dos meninos terem mais voz, tem o trabalho de comandar tudo isso, organizar e escolher o que vai ser colocado em prática. Tem mais ainda a ser feito de minha parte, de ter a minha cara, mas muito do que eu acredito já é colocado em prática", completou o treinador.
sidde aproveitou para explicar que os jogadores têm sido cada vez mais vocais. Ao contrário do que se acredita, o time não está só seguindo determinações de FalleN durante o jogo.
"Dentro do jogo não tem como a responsabilidade inteira de decisões e calls ser concentrada no FalleN, porque ele vai perder kills por ter que organizar o round sozinho, fazer todo o suporte, as leituras, pensando em coisas do jogo, até porque estaremos em momentos difíceis da partida e que alguém tenha uma call que seja diferente do que ele pensa e aí vamos trazer um jogo com uma outra cara e conseguimos virar o round. Dentro de jogo é importante sim que tenhamos outras pessoas entendendo da partida e podendo chamar a responsabilidade, até para liberar o FalleN como awper", disse.
"Estamos num momento que os awpers tem muito impacto e ele precisa conseguir jogar pra ele e não para os outros. Ele tem esse costume de jogar para os outros o tempo todo, mas isso é injusto com ele como awper, porque ele já tem a responsabilidade de ser um bom suporte, ser o capitão, e tudo isso tira um pouco da individualidade dele como awper. Precisamos recuperar essa individualidade dele e, ao mesmo tempo, (precisamos) que os jogadores consigam tomar decisões coletivas ou individuais que façam sentido para o time. Precisamos sim de vozes ativas", continuou.
"E fora de jogo também, para eles terem a personalidade deles. Eu acredito muito que o jogador, quando entende muito do jogo no momento da revisão e que tem um bom julgamento, vai, na hora do jogo, tomar boas decisões. A revisão, as análises, não podem ser eu e o FalleN falando, ou os treinadores falando, e os jogadores só concordando e não tendo opinião própria. Faz parte do desenvolvimento do entendimento do jogo e da participação, do momento que estamos ali fazendo um tático, uma análise, uma revisão de algo que jogamos, precisamos da participação de todos. Essa concentração de tudo no FalleN não fica interessante, porque aí limita os próprios jogadores de pensar", completou.
Ao mesmo tempo, sidde destaca que ainda precisa de mais tempo para moldar, de fato, a personalidade na nova equipe.
"Tem um momento aí que depende do tempo de casa para eu conseguir, realmente ter tempo de colocar tudo em prática, é natural, são quatro meses de trabalho. A partir do ano que vem acho que essa resposta é mais garantida como um sim, já terá a minha cara, mas, parcialmente, já tem bastante do que eu acredito", disse.
"E cada vez mais vou ter o entrosamento de trabalhar com os analistas, o que é uma novidade para mim também, porque nunca tinha trabalhado com dois e ainda mais os dois sendo gringos. Estamos no processo de colocar tudo isso em prática", completou.
Mais vozes
Além das vozes dos jogadores, sidde também tem outras várias auxiliares. As mais comentadas dos últimos meses, é claro, são as de Hunter "Lucid" Tucker e Viacheslav "innersh1ne" Britvin, os dois analistas da equipe. De acordo com o treinador, a chegada da dupla melhorou a carga de trabalho e a quantidade de dados.
"A divisão de tarefas melhorou bastante. Quando era só eu e o guerri, por exemplo, um dia que treinamos cinco mapas, 24 rounds por mapa, teríamos 120 rounds para olhar, então precisávamos manter a atenção nesses 120. Dividindo aí em dois, nós conseguimos colocar muito mais foco, recebemos mais informações e fazemos um trabalho de filtrá-las, porque elas vêm, às vezes, até a mais, mas é melhor vir mais do que menos. Agora conseguimos ter alguém olhando só para um lado e o trabalho é dividido", disse.
"Eu, como assistant coach, precisava olhar para tudo, e algumas coisas passavam, outras não conseguimos focar, e com os dois melhorou muito no dia a dia na questão de observação dos nossos erros, e sinto que conseguimos ter um olhar mais direcionado para as coisas", completou.
Como já é sabido, Lucid cuida do lado CT e innersh1ne do lado TR. Essa divisão, para sidde, facilita tanto para a análise dos próprios erros quanto para a possibilidade de novas jogadas.
"Às vezes ficamos tentando resolver tudo, com todos com muita coisa na cabeça e agora temos o Lucid que está bem preocupado com o CT, então algumas coisas que ele vê (não víamos), ele vai deixar passar menos coisas por estar focado em menos rounds em uma análise. E é a mesma coisa com o Slava (innersh1ne), com o lado TR que ele cuida, e consegue trazer mais ideias novas, ele tem esse perfil de trazer coisas diferentes", disse.
"Vamos dizer que ele gastaria cinco horas por dia buscando ideias novas, ele dividiria duas horas e meia para cada lado, mas agora consegue colocar cinco para o TR e trazer coisas com mais qualidade, um volume maior, e vamos fazendo esse trabalho de filtrar depois", continuou.
"Ganhamos muito no volume de coisa que conseguimos fazer, claro que algumas coisas precisam ter filtro, mas eu diria que a principal diferença é com a qualidade do olhar que temos para os nossos treinos e para os reviews de campeonato, por termos especialistas, temos essa visão de que, realmente, você foca nisso e me trará um volume bom de informação. Acaba que tiramos mais coisas do que olhando para tudo e deixando passar", seguiu o treinador.
Mas não é só a parte técnica que importa. Há também o trabalho com a psicóloga Marta Minopoli. Figura presente e muito querida pelos jogadores, Marta se entrosou rapidamente com o grupo, conta sidde.
"A Marta somou muito nas nossas ideias de conseguir colocar um olhar mais de performance e de atleta para os jogadores, até pela experiência que ela tem com esportes tradicionais, além de colocar mais seriedade no que imaginamos, como cuidar da rotina melhor e algumas outras coisas no dia a dia. Ao mesmo tempo, ela chegou criando um vínculo muito legal com todo mundo, então ela faz muito da parte de ajudar com o olhar de performance", explicou.
"(Ela ajuda na) parte de entendimento, de conhecer os jogadores, de entender o que o time precisa para cada momento, o que o jogador sente na hora do jogo. Desde que ela chegou, ela não saiu de perto do time, então ela já conseguiu criar uma capacidade de observar como cada jogador está no dia do jogo, por exemplo", continuou.
"Eu, como treinador, muitas vezes estou focado na parte tática, em outras coisas que dizem respeito a parte técnica do jogo, e ela consegue ter o olhar de quem já conhece os meninos, porque ela chegou e criou um vínculo muito grande com todos, passou bastante tempo com a gente e ela atua muito nisso", disse.
sidde deu exemplos práticos da ajuda que a psicóloga trouxe ao time.
"Ela participa muito da montagem das rotinas, de entender o momento do time, (diz) 'pô, precisamos tirar um pouco do pé porque estou vendo que eles estão cansados'. No dia de jogo ela tem um impacto muito grande na ativação pré-jogo, que era algo que não fazíamos muito antes, então ela faz uma atividade para ter certeza que todo mundo está acordado e esperto para o jogo. Ela também atua na parte de percepção, de como os meninos estão, da forma como que eles se manifestam no dia do jogo, ela consegue captar bem e tem conversas bem boas com os meninos que ajudam muito eles a performarem e lidarem com a rotina no dia a dia", disse.
Ex-companheiro de comissão de sidde e hoje diretor da FURIA, guerri também está presente em Xangai. O treinador explica que o veterano não interfere técnica e taticamente no time, mas tem sua presença muito valorizada por todos.
"O guerri está aqui muito mais como observador e representante da organização, cuidando de como a line funciona, porque ele tem esse trabalho de olhar para todos os times. Ele não atua diretamente com o time, obviamente, mas é muito bom tê-lo aqui pela segurança que ele, como pessoa, nos passa, pela amizade e por todos os momentos que ele já viveu comigo, com os meninos", disse.
"É uma pessoa que traz segurança para nós como amigo, com quem podemos conversar independente do momento. Então, depois de uma derrota difícil, se alguém está se sentindo meio mal, além da Marta, temos o guerri que pode ter um olhar de quem já passou pela performance", continuou.
Segundo sidde, guerri também auxilia na percepção do ambiente e dos jogadores, mas com uma visão diferente de Marta.
"Ele auxilia de diversas maneiras fora do jogo, sendo alguém que vai nos ajudar a organizar um momento que estamos juntos, participar de um jantar, um passeio, no dia a dia ele me dá feedbacks de como ele percebe os jogadores individualmente", disse.
"Aí já num aspecto diferente do da Marta, que faz muito isso olhando para o aspecto mental e psicológico dos jogadores, e ele, por conhecer o time, me fala 'ó, eu já vi o yuurih atuando dessa forma e talvez ele esteja precisando disso, o KSCERATO idem'. O FalleN ele teve menos tempo, mas com o chelo ele tem uma proximidade muito grande. Ele auxilia em percepções, coisas de fora do jogo, mas obviamente sem atuar na parte técnica, e é bom tê-lo aqui por esses fatores que eu disse. É uma pessoa que soma bastante no nosso dia a dia", completou.
Tem boneco para todo mundo?
Todo o suporte externo, porém, some do imaginário do torcedor quando a FURIA entra no servidor. Ali, o que importa para o brasileiro médio é o desempenho. E, quando os números não satisfazem, as cobranças em cima dos jogadores e do próprio sidde voltam com tudo. O jogo, para o treinador, tem de ir além do que o tab mostra.
"Por mais que você tenha cinco bons jogadores, você nunca vai ter jogadores com números muito fortes, porque você vai ganhar só de 13-0 e vai ser sempre muito fácil. Dificilmente você terá um time onde os cinco conseguem impactar falando de números. Obviamente todos vão impactar dentro de suas funções, mas isso não é representado em números", explicou.
"Para quem assiste, até por não ter conhecimento técnico de como o jogador pode fazer a diferença e trazer um impacto além do número, é difícil julgar com qualidade o que cada um faz dentro do time. Ao criticar, a galera está se baseando em número, e não tem número para todo mundo, é impossível", continuou o treinador.
Questionado se há injustiças nas críticas individuais, o treinador tenta ver pelo lado do torcedor.
"A FURIA, como time, poderia estar performando mais, e as críticas são justas nesse sentido. Mas, quando olhamos individualmente para os jogadores, tomando paulada um dia porque não matou... tem críticas que vem quando a gente vence, e, por não estar com números que normalmente tem, o jogador é criticado. Um dia que o KSCERATO não matou é 'por que o KSCERATO não matou hoje?' ou 'quase perdeu porque o KSCERATO não matou', mas ninguém vê o que o KSCERATO comunicou, o que ele fez de utilitárias. O torcedor não tem como ter acesso a isso, é justo, não tem como saber a comunicação. O dia que o jogador estiver abaixo de número, ele vai receber críticas", disse.
"Quem está de dentro tem a sensação de injustiça para os jogadores individualmente. Tem dias que o chelo, por exemplo, ajuda muito o nosso time. Morre para todo mundo matar, ele comunica mais que todos, traz energia, traz vibe, pega posição difícil e garante. Só que ele ficou 9/20 no mapa que ganhamos, e aí fica 'pô, o chelo...' mas na real, não. A gente, que está dentro, vê", completou.
A Pantera concorda com o tigre
A crítica não vem só do público. Recentemente, Jean "mch" D'Oliveira, um dos principais streamers do país, disse durante uma edição dos Donos da Bala que o problema da FURIA é, em toda sua história, nunca ter tido um map pool forte o suficiente para ser campeã de grande torneios. sidde concorda.
"Desde que eu entrei no time sinto que, dos seis mapas que nos propomos a jogar, acaba faltando 1 ou 2 para ter a segurança de você poder variar mais o pick ou de não ser punido nos vetos. Quando você entra nos vetos o time adversário tem a opção de te punir ou jogar no conforto dele, e o melhor dos mundos seria que o conforto dele também fosse o nosso. É muito complicado, poucos times do mundo (tem esse map pool). Isso não se restringe a FURIA, vários times que estão nessa subida passam por essa dificuldade e tem essa questão. Ele tem razão na fala dele, nunca conseguimos consolidar seis mapas, pouquíssimos times conseguem", disse.
"Recentemente passamos por uma mudança de map pool. Paramos de vetar Anubis para colocá-la no pool e o veto tem ido mais para a Ancient. Muito nessa busca de melhorar. A fala dele tem fundamento e sinto que estamos sim no caminho de colocar mais opções de pick e mapas para que consigamos ter mais confiança. No mundo ideal, teremos 6 ou 7 mapas muito bem trabalhados. Acaba que, naturalmente, pela característica do time, alguns mapas encaixam mais do que outros. Dá para dizer que, o momento atual da temporada é onde estamos mais próximos de um map pool ideal", completou.
sidde destacou que a FURIA, na China, mostrou apenas quatro dos seis mapas que trabalha atualmente. O time não jogou em nenhum dos extremos quando se fala em estatísticas - a Nuke, seu melhor mapa, e a Mirage, o pior.
"Jogamos Inferno, que vinha numa crescente muito boa, e tivemos duas derrotas. Jogamos uma Dust2 muito boa, que já vinha sendo um mapa bom, mostramos uma Vertigo e alguns times não conheciam a nossa força por termos tido alguns resultados negativos no passado, mas aqui trouxemos bastante força. A própria Anubis, que foi para esse lado dos times tentando nos punir, mas na verdade estamos muito fortes. E não jogamos Nuke, nosso principal mapa, nem deixaram a gente jogar. E tem a Mirage, que estamos trabalhando bastante", afirmou.
O treinador, porém, vê o time no caminho certo para fortalecer o leque de mapas.
"Estamos próximos de conseguir uma estabilidade nos seis mapas. O nosso trabalho para o Major está sendo focado nisso, na nossa preparação e no conforto do map pool. Não queremos ser um time que depende só da Dust2 e da Nuke para ter impacto nas séries, acredito que o que entregaremos nesse Major vai ser uma versão da FURIA que consegue navegar melhor entre os mapas, variar mais os picks, jogar mais mapas surpresas em md1 por ter conforto em mais do que 2 ou 3 mapas", disse.
"Faz sentido a fala dele, mas estamos indo no caminho de quebrar isso. Quando você tem um map pool muito forte você consegue brigar por títulos, é o que estamos buscando e a preparação está sendo focada nisso, então imagino que vamos entregar uma FURIA mais robusta em termos de map pool", finalizou.