felps confirma procura da FURIA, mas avisa: "Prefiro ficar na Imperial"
A eliminação da Imperial na FiReLEAGUE Global Final marcou o inicio das férias para os jogadores, mas, para João "felps" Vasconcellos, o período também será movimentado. Em entrevista à Dust2 Brasil, o jogador confirmou que foi procurado pela FURIA, mas afirmou que pretende seguir na Imperial.
"Chegou (um contato da FURIA), mas eu não pensei em nada. Eu estava totalmente focado agora até esse campeonato, e agora é férias, mas não estou pensando nisso ainda", afirmou felps.
"Se for colocar na porcentagem, sim, eu prefiro ficar na Imperial", completou.
O desejo da FURIA em contar com felps foi revelado pelo site Game Arena. Com Kayke "kye" Bertolucci fora, a equipe tem no veterano e em Felipe "skullz" Medeiros, da Liquid, seus alvos principais.
Além do interesse da FURIA, felps também falou sobre a eliminação no campeonato e o que falta para a Imperial ao encontrar times europeus.
Faltou calma
Para felps, a principal razão da eliminação da Imperial foi a falta de calma do time.
"Desde ontem estamos vacilando muito em situações de vantagem, perdendo ecos, é o mal de time brasileiro. Vacilamos muito em situações que, talvez, não vacilássemos, conseguíramos estar um pouco mais perto do nível de fora. São situações, faltou calma, o time é muito jovem, mas não é desculpa. O que faltou para ganharmos ontem e hoje foi calma".
De acordo com felps, a nacionalidade do adversário não é o mais importante. Para o jogador, é difícil jogar tanto contra times europeus tanto quanto os sul-americanos, mas que as equipes da Europa se saem melhor em jogos decisivos.
"Eu acho que todos são difíceis, depende muito do momento, se é online, se é na LAN, se vale vaga ou não vale, se um time encaixa com o seu ou não. Todos os times são difíceis, depende como vamos entrar no jogo, se vamos estar mais calmos ou não, mais confiantes ou não. Não tem muita disparidade. O que pesa mais é o momento difícil contra os europeus, quando é decisão eles são melhores."
A Imperial vem jogando bem no Brasil, conquistando alguns títulos e garantindo vagas para torneios na Europa, mas quando vai disputar esses grandes campeonatos, acaba não conseguindo jogar tão bem. felps já falou sobre isso em março, dizendo que o time precisava manter a constância, mas hoje disse que ainda não sabe o motivo dessa inconstância da equipe.
"Sendo bem sincero, eu não sei o que dizer. Nós conseguimos jogar bem alguns jogos, que dá uma esperança que estamos evoluindo, e do nada jogamos mal, precisamos entender melhor o que vamos fazer em relação a situações, posições, porque nos perdemos um pouquinho e aí que está criando essa diferença que não conseguimos ultrapassar, que chegamos a um nível de estar jogando os campeonatos, mas precisamos começar a ganhar desses caras, e enquanto tivermos vacilando desse jeito, vai ser muito difícil."
E os resultados no Brasil são "muito pouco" para felps, e que o time vai precisar recuperar sua confiança.
"Agora é descansar, aproveitar um pouco das férias, porque é um ano bem corrido para nós. E depois vamos ver porque estamos empacando quando somos realmente testados. Não acho que decaímos tanto porque ainda conseguimos as vagas do Brasil, mas ainda está muito pouco. Era isso que eu temia quando fomos muito bem no Major, que cria uma expectativa, relaxamos um pouco, acabamos cometendo erros e, para recuperar a confiança, não é fácil. Acho que agora é só descansar, não tem muito o que fazer."
E no segundo semestre a Imperial planeja fazer mais bootcamps na Europa, porque de acordo com felps a equipe precisa treinar contra os europeus para poder subir o nível.
"Com certeza teremos bootcamp, precisamos jogar e treinar contra os europeus para melhorar. Vai ser um pouquinho mais de tempo na Europa. Escolhemos jogar no Brasil, tem campeonatos que valem a pena jogar, mas precisamos passar um pouco mais de tempo na Europa e é o que faremos no segundo semestre."
A Imperial foi uma das poucas equipes que mantiveram a mesma lineup desde o ano passado, e de acordo com felps isso é muito importante para o time criar resiliência e evoluir.
"É bom que vai criando uma sinergia, como cada um joga, quem joga o bomb junto e coisas do tipo. Isso é sempre bom, principalmente para ter resiliência em momentos que você é eliminado ou perde. Você cria uma casca com o time. Depois que conseguimos manter uma line por muito tempo, é evoluir dentro do jogo", finalizou.