Brasileiros em times norte-americanos projetam seletiva do Major
O qualifier norte-americano vai ter equipes majoritariamente brasileiras na disputa, como é o caso da LOS e da E-Xolos Lazers. Porém, os brasileiros Israel "LEARSI" Vargas e João "horvy" Horvath vão estar presente nas seletivas representando times estadunidenses.
LEARSI começará sua campanha rumo ao PGL CS2 Major Copenhagen ainda no open, na próxima segunda-feira, com a FLUFFY AIMERS. Já horvy, treinador da Wildcard, está confirmado para o closed qualifier na sexta-feira.
"Estamos bem confiantes que vamos passar para o RMR. Todo mundo que confia um no outro, confiamos no nosso processo. Para o RMR são 8 vagas, então confiamos que o nosso time está no top 4. Nosso grande objetivo é o Major, mas também vamos com a cabeça de que o nosso primeiro objetivo era passar do open, porém acabamos tendo a sorte de sermos convidados e agora o nosso objetivo é passar do closed. É um passo de cada vez, mas tendo em mente que é um passo de cada vez sabendo que temos um objetivo na frente", disse horvy em entrevista à Dust2 Brasil.
Nascido em Nova Jersey, nos Estados Unidos, LEARSI veio ao Brasil onde ficou até seus nove anos em Minas Gerais, antes de voltar aos EUA novamente. Desde então, vive no país norte-americano e defende times da região.
Com passagens por times como Villainous, Take Flyte e mais, LEARSI está acostumado a defender equipes norte-americanas. Agora na FLUFFY AIMERS, ele está confiante na classificação para o closed.
"Acredito que meu time pode passar para a seletiva fechada entre os primeiros colocados e devemos poder passar confortavelmente para o closed", disse.
Dentro do cenário norte-americano nos últimos anos, LEARSI tem respaldo para falar da região. Para o jogador de 21 anos, as críticas são exageradas, mas ele enxerga pontos de melhora possíveis.
"(As críticas) são definitivamente exageradas, mas as pessoas não estão erradas. O cenário está bom no momento, mas se houver mais eventos e eliminatórias, isso pode tornar o NA mais competitivo já que está vazio no momento. O NA é uma região mais fraca, porém talvez um dia fique mais forte."
Ao contrário de LEARSI, horvy tem experiência como jogador na América do Sul e como treinador na Europa e na América do Norte. O ex-Team oNe fala da diferença de oportunidade no Velho Continente e no NA.
"Na Europa, obviamente, os treinos são melhores. Lá acabamos tendo um pouco mais de oportunidade porque são muitos times e é difícil às vezes ter uma oportunidade maior de conseguir chegar lá e desenvolver. Sempre quando você está indo bem tem outras equipes vindo atrás dos nossos jogadores, coisas do tipo. São muitos fatores na Europa."
"Já na América do Norte, que está se desenvolvendo novamente agora, acaba que para mim, de certa forma, seria um bom começo porque como eu acabei me desenvolvendo mais como treinador depois da primeira experiência que não deu muito certo. Então, eu ter uma experiência de crescimento junto com o cenário, com os jogadores estão aprendendo acabou sendo muito bom para mim", continuou.
A Wildcard pegou a vaga da Evil Geniuses no closed qualifier e pulou de etapa. Agora o time está mais próximo do RMR, porém ainda tem um grande desafio pela frente. Horvy, no entanto, esbanja confiança sobre a lineup que comanda.
"Chances sabemos que temos muitas e se jogarmos os nosso jogo podemos vencer, mas é uma questão dos outros times, como Nouns, Complexity, M80, são times que fizeram muitos bootcamps. O core deles. Então junta muito tempo e a gente ainda não tem nenhum bootcamp na Europa. Estamos fazendo esse mini bootcamp, de nos juntarmos, conhecermos melhor cada um e "colar" melhor um com outro."
"Vamos trabalhar com o que temos no momento e, com o tempo que tivemos, estamos super confiante de que podemos vencer todo mundo. É só fazermos o nosso trabalho bem feito já que a nossa comunicação está funcionando bem e seguir confiante, pensando em um passo de cada vez e indo com calma", finalizou horvy.