peacemaker opina sobre migração brasileira para Europa
Com o desempenho aquém do esperado do Brasil no BLAST.tv Paris Major até o momento, a discussão que impera na comunidade gira em torno do que as equipes do país precisam fazer para retornar ao topo mundial. Assim como Gabriel "FalleN" Toledo, o coach Luis "peacemaker" Tadeu acredita que um dos caminhos é a migração dos times para a Europa.
O ex-comandante da Los + oNe opinou sobre o assunto, no sábado, ao reagir aos comentários feitos por FalleN em participação na stream de Alexandre "Gaules" Borba após a segunda derrota da FURIA no mundial. Existem duas "saídas" para os times brasileiros, na opinião de peacemaker: voltar ao Brasil, mas realizar bootcamps regularmente ou então migrar 100% para o continente europeu.
"É o que eu já venho falando. Existem duas opções, ao meu ver. Uma delas, que é bem difícil na questão financeira, seria as equipes brasileiras tentarem mesclar em ficar no Brasil, mas realizando muitos bootcamps na Europa, ou é realmente você migrar para lá e fazer um pouco do que a Case fez, mas não colheu os frutos", opinou peacemaker.
peacemaker afirmou ainda que pode opinar sobre o assunto com propriedade diante a experiência anterior junto ao cenário europeu, obtida com as passagens por TYLOO, Heroic, MAD Lions e Complexity:"Minha experiência lá foi onde mais aprendi sobre CS e onde mais consegui ter resultados".
"Estive no dia a dia, vivendo as experiências do cenário, trabalhando com os jogadores de lá e entendendo como eles pensam, além da oportunidade de ter treinos de qualidade e sempre disputando campeonatos contra esses times. Você aprende muito. E posso falar que não fui de um FaZe, uma G2, esses times grandes que já tem vaga em tudo. Sempre comecei lá de baixo, disputando a selva dos opens qualifiers", completou.
Essa não é a primeira vez que peacemaker aponta a necessidade de times brasileiros passarem mais tempo na Europa. Em entrevista à Dust2 Brasil, em fevereiro, quando negociava para ser o coach da Los + oNe, revelou que uma das exigências que fez foi a realização de bootcamps na Europa por ver que ficar na América do Norte atualmente tem mais desvantagens do que vantagens, principalmente pela dificuldade de arranjar treinos.
"Vivi tanto a época boa quanto a época ruim, observo e todo mundo fala a mesma coisa pra mim que não consegue treinar lá. Não quero pegar um time onde não consiga evoluir a equipe, então se for pra fazer isso eu prefiro não ser coach. Essa é sim uma das exigências, reavaliar essa questão porque não acredito em evolução nos Estados Unidos nesse momento. Acredito em conseguir pegar umas vagas lá já que estão permitindo, mas caso contrário não", afirmou.