drop cita erros "que não podem acontecer" em derrota para BIG
O primeiro dia de IEM Katowice não terminou como a FURIA esperava. Depois de fazer o dever de casa e atropelar a Permitta na estreia, os brasileiros sofreram a virada para a BIG no jogo classificatório. André "drop" Abreu conversou com a Dust2 Brasil e avaliou os jogos.
"Não esperava que seria fácil (contra a Permitta). O fato deles serem poloneses deixava a gente com um pé atrás porque eles gostam do mesmo estilo de jogo que a gente, correndo e trocando tiro. Começamos de TR e com um individual melhor do que o dos caras naquele momento fez o jogo ser rápido e ter um placar tão elástico".
No duelo diante da BIG, a FURIA jogou sua primeira Anubis no competitivo. O mapa assumiu o lugar da Dust2 no Grupo Ativo - o que foi visto como positivo pelo time brasileiro, já que a D2 era o ban fixo. Drop explicou como a FURIA tem lidado com o mapa novo.
"A gente esperava que pudesse rolar uma Anubis no primeiro dia do play-in, só não sabíamos contra quem. É um mapa que, por ser novo e por termos histórico positivo em mapas novos, tal qual a Vertigo, que é um dos nossos melhores mapas, a gente está dando a oportunidade de estudá-lo e ver como vamos nos adaptar. Se for um mapa bom vamos jogar, caso contrário vamos acabar vetando como era com a Dust2", disse
A Anubis animou a FURIA, que venceu por 16-11 após um ótimo lado CT. Porém, de TR na Mirage, a história foi outra. A equipe capitaneada por Andrei "arT" Piovezan saiu atrás por 10-5 e até tentou voltar no mapa, porém derrotas em rounds forçados e rushes por parte dos alemães frustraram os brasileiros.
"Na Mirage perdemos muita situação de mid round, em igualdade ou em desvantagem. A gente estava bem posicionado, sabendo o que estava acontecendo, mas tomamos as decisões erradas. Não sei porque porém vamos conversar para tentar entender. Foi isso que fez a diferença".
"Quando começamos a voltar tomamos um rush B, que quebrou nossa economia e nos abalou, já que era um round tão importante e perdemos de uma maneira trágica. Ainda conseguimos nos recuperar, porém perdemos um forçado na A, novamente de forma trágica, muito rápida. Esses dois pontos no CT nos impediu de ter um mapa melhor contra os caras", seguiu.
Um ponto muito citado por drop foram as decisões individuais, principalmente em situações de rounds como 2v2 e 3v3. Para o jogador, é essencial que a FURIA revise estes erros individuais e consiga ter uma comunicação mais clara para conquistar esses pontos importantes.
Rumo à Ancient, mapa decisivo, a FURIA sofreu um apagão e perdeu o half por 12-3. Drop acredita que a derrota na Mirage não afetou o time e apontou erros que "não podem acontecer".
"A gente entrou perdido na Ancient, novamente com decisões erradas. Muita comunicação, acabamos não nos complementando e ajudando o amigo no que devia ser feito, sem fazer o princípio básico de não tomar antirush. Erramos em pontos que são coisas que não podem acontecer. Tentamos correr atrás, tivemos rounds bons de TR, porém não deu para voltar atrás porque o prejuízo já era muito grande".
"Acredito que resetamos bem, usamos o tempo que tivemos para esquecer as decisões erradas que tínhamos tomado e esquecer o mapa que perdemos e focamos na Ancient. Mas começamos de forma negativa e eles abriram uma grande vantagem, com muita confiança, fazendo plays individuais, seja marotando ou abrindo a mira e nos surpreendendo. Quando isso acontece muito é bem difícil de voltar", continuou.
Até esta quarta-feira, a última partida da FURIA havia sido pelo IEM Rio Major, ainda em novembro, quando os brasileiros perderam para a Heroic. O mapa decisivo também foi a Ancient e naquela oportunidade a equipe também saiu atrás no começo. Drop falou sobre como a FURIA vê o mapa atualmente.
"A Ancient era um mapa de muito conforto nosso, chegamos a pickar contra a NAVI no Major, jogamos contra a Heroic também embora não tenhamos ido bem de TR naquela situação. Não jogamos campeonatos então ainda não tínhamos jogado Anubis, nem a Ancient depois das novas atualizações que muda a forma que você deve jogar o mapa"
"Apesar de termos treinado bastante e tentando viver situações, a gente não vive realmente a situação real do camp porque no treino os jogadores são mais soltos com menos pressão, portanto não tínhamos a base real de como jogar o mapa. A partida contra a BIG vai nos ajudar a melhorar nas próximas e entender como os times estão jogando", continuou.
A FURIA vai ter a última chance de se classificar para a fase de grupos da IEM Katowice na sexta-feira, contra o vencedor de paiN e IHC. Drop lamentou a virada para a BIG e disse que evita pensar em um futuro revés, que causaria a eliminação da equipe.
"Eu fico um pouco triste, mas isso é comum, ninguém fica feliz quando perde. Acredito que é mais uma oportunidade pra gente rever, era um mapa que ainda não tínhamos jogado como falei, vamos aprender muito sobre isso e não quero pensar em uma derrota antecipada. Independente de pegarmos a paiN ou a IHC vamos entrar 100% focados e com um plano de jogo bom para conseguirmos a vaga no main event", finalizou.