Gaules comenta relação de queda da audiência da BLAST com falta de brasileiros
A queda de audiência apresentada pela BLAST Premier Spring em comparação a edição de 2022 foi assunto na live de Alexandre "Gaules" Borba, nesta quarta-feira. O maior influenciador de CS:GO do mundo criticou a não presença de equipes brasileiras, o que tirou o próprio interesse em transmitir o campeonato.
A primeira BLAST do ano vem sendo bastante discutida pelo formado nada atrativo. A discussão ganhou maiores proporções após um artigo do site Dexerto, que tratou da queda da audiência e listou pontos que podem explicar a fuga dos espectadores. Um desses, a falta de times brasileiros no campeonato.
"Um dos pontos do artigo é que, aparentemente, a audiência caiu bastante porque vaga brasileira não existe mais. Quer tirar os times brasileiros, tira. O polo do CS não é a Europa, então faz lá os campeonatos só com europeu", afirmou Gaules.
Gaules falou também sobre a própria falta de interesse em transmitir o primeiro presencial de 2023: "Eu não acordei para transmitir a BLAST, mas eu acordo para transmitir e assistir open qualify da América do Sul com Seleção do BT a hora que for".
Também participando da live, Jean "mch" Michel D'Oliveira ironizou a BLAST sem brasileiros. "É um 'combinho' legal, sem brasileiros e campeonato de grupo. É o primeiro grupo".
Números do Esports Charts mostram que a audiência do Spring Groups desse ano foi 42% menor que a da edição passada. Em 2023, a média de espectadores foi de 152.139. Uma perda de 110 mil viewers. Também foi vista uma queda em relação a Fall Groups 2022, disputada em setembro passado, mas, menor, de 14,7%, ou diferença de 26 mil espectadores.
A queda de audiência é ainda maior quando se analisa a transmissão em português. Neste ano, o pico de espectadores foi de 37.067 espectadores, 69% a menos que em 2022, que superou a marca de 121 mil. O Brasil chegou a ter uma equipe parceira da BLAST, MIBR, que vendeu a vaga para a Heroic em abril de 2022.
O que também pode explicar parte da perda dos espectadores é que, ainda no ano passado, a BLAST lançou a própria plataforma de transmissão, a BLAST.tv, que não tem números revelados pela empresa.
Contatada pela Dexerto, a organizadora afirmou que grande parte do levantamento feito pelo Esports Charts não considera o alcance da transmissão e exclui a China, região considerada pela própria BLAST como uma das mais fortes por conta com milhões de espectadores.