sidde comenta pressão por mudança na FURIA

A FURIA está 1-2 na PGL Bucharest e está a uma derrota de ser eliminada na primeira fase do campeonato. Caso isso aconteça, a equipe vai seguir sem se classificar aos playoffs de um grande torneio em 2025. Depois do revés diante da Virtus.pro, Sidnei "sidde" Macedo falou sobre a pressão por mudança.

"Quando você não alcança os resultados e objetivos que esperam que você alcance, sempre haverá conversas sobre mudanças no time. Enquanto estamos aqui, estamos no meio do processo de tentar melhorar como equipe, então não podemos nos concentrar nisso. Precisamos trabalhar com o que temos agora e tentar conseguir o melhor do time e tentar ter boas colocações nos torneios. Sabemos que essas conversas existem, mas não é o momento para pensarmos sobre elas enquanto estamos jogando, em meio ao torneio. Precisamos vir aqui e jogar juntos, independente das conversas externas", falou o treinador à Dust2 Brasil*

Além da pressão de um jogo eliminatório, a FURIA também terá a pressão de precisar vencer para manter o sonho vivo de ir aos playoffs. sidde falou dessa busca por uma boa campanha e o sonho do título, já que a PGL Bucharest não conta com os quatro melhores times do mundo.

"Estar na FURIA já é uma grande pressão porque nós representamos a maior organização, nós representamos uma toda nação e sabemos o quão importante é estar no top 4, top 8, para nós, fãs, famílias e todos os envolvidos no processo. Queremos estar entre os melhores times do mundo e é para isso que trabalhamos. A pressão existe porque precisamos performar, dar resultados, não só para nós mesmos, mas para os torcedores em casa que merecem melhores desempenhos".

"Ainda sentimos (que podemos vencer o campeonato). É uma oportunidade para outros times virem e mostrarem o melhor de si. Não ter times do top 4 pode significar um caminho mais fácil para os playoffs e para o título e, quando não vemos os melhores times aqui, entendemos que podemos ter mais chances de ir aos playoffs e talvez levar o troféu. Então, sem eles aqui, ainda acreditamos que temos boas chances de irmos aos playoffs", seguiu.

No momento, a FURIA ainda não conheceu sua adversária para o jogo eliminatório, que acontecerá na quarta-feira. O oponente, no entanto, não é o foco de sidde.

"Precisamos vencer o jogo e acho que temos aprendizados suficientes, não só desse campeonato, mas como time. É hora de aparecer e fazer um jogo decente, o que não estamos fazendo. É hora de vir aqui e jogar nosso CS, porque falhamos nisso até agora. Precisamos achar uma maneira de vir aqui e mostrar o nosso melhor jogo, independente do oponente, para pegarmos a vitória e continuarmos lutando por essa vaga nos playoffs", disse sidde.

Nas últimas semanas, os integrantes da FURIA não se fizeram muito presentes nas redes sociais. Em relação à si, sidde falou sobre o foco no trabalho.

"Não posso falar por todo mundo, mas eu não venho tendo boas vibes das redes sociais, então estou evitando isso. É mais uma coisa pessoal, estou focando no meu trabalho e nos resultados e vou fazer tudo que posso para levar o time a um nível melhor. Então, se as redes sociais estão tirando meu tempo ou minha energia, eu evito isso para poder focar na equipe."

"Preciso de resultados melhores, então evito as redes sociais para otimizar meu tempo e fazer o melhor que posso nele, já que as campanhas não foram as que eu queria. Sinto que todos estão lidando muito bem com isso, não sei como eles estão usando as redes sociais recentemente, então não posso falar por eles, mas pessoalmente preciso me concentrar no trabalho e em dar melhores desempenhos."

Trabalho pré-PGL Bucharest

Antes de estrear na PGL Bucharest, o último campeonato da FURIA foi a BLAST Open Lisbon. sidde contou qual foi a prioridade da equipe brasileira no período de treino.

"Nós focamos muito no CT e como poderíamos ter todos na mesma página em relação aos protocolos, entendimento do jogo e o que almejamos alcançar como um time no CT. Esse foi o principal foco do nosso bootcamp para esse torneio."

"Acho que (o CT melhorou) sim. Tivemos muitas conversas sobre como iríamos construir os mapas coletivamente, quais nossos objetivos dentro dos mapas e creio que isso ajudou. As conversas simplificaram muitos mapas que vínhamos tendo problemas e foi um bom trabalho em termos de entender o jogo", finalizou sidde.

*A entrevista foi conduzida por um jornalista da Dust2.dk presente na PGL Bucharest