CEO da KCorp diz que teria que dispensar 6 times para entrar no CS
As altas cifras para ter um time competitivo no Counter-Strike é o motivo pela qual a Karmine Corp não investe no FPS, conforme explicou o CEO da organização no X (antigo Twitter) na última terça-feira. De acordo com o CEO, o clube francês precisaria dispensar 6 times para entrar no CS.
O streamer Sebastian "KRL" Perez disse que, em novembro, toda a escalação da 3DMAX estava livre de contrato - portanto podia assinar com uma nova organização sem custos -, e o pedido era de € 5 mil (R$ 31 mil na cotação atual) por jogador. "Isso é muito caro para M8 ou KC?", questionou KRL.
Arthur Perticoz, CEO da Karmine Corp, respondeu o streamer com uma extensa publicação na qual fala sobre valores no CS e o planejamento da organização atualmente, o que afasta a equipe de entrar no FPS da Valve no momento.
"Com todo respeito, você acha que temos um orçamento anual de € 600/700 mil (R$ 3,7/4,3 milhões) disponível assim? Ir para o CS significa ter jogadores, dirigentes, treinador de desempenho, infraestrutura de treinamento, bootcamps, criar conteúdos (funcionários adicionais) e co-caster para pagar no nosso caso. Estamos mais perto de um custo de € 1 milhão (R$ 6,2 milhões) na realidade."
"Temos que nos comprometer contratualmente com isso, então se não encontrarmos patrocinador dentro de um ano (sabendo que temos bloqueios na maioria dos patrocínios ligados ao jogo), simplesmente fechamos o clube. Claro que pode haver uma performance lucrativa mas é um risco numa empresa que já assumiu uma responsabilidade (gigantesca) na LEC."
"É difícil para nós termos times que perdem (do ponto de vista da comunidade). Não sabemos gerir isso, o que nos obriga a aumentar o investimento em cada jogo que participamos, todos os anos. Devemos investir em ligas ou jogos em que já estamos envolvidos (LEC, VCT, RL) para sermos competitivos a nível global."
"Então é estratégico: se eu lançar o CS com o elenco do 3D Max em 2024/2025, devo fechar o VGC, o TFT, a Rocket League, a SF e os dois Academys Blue Star para não correr um grande risco para a empresa. Essa é a nossa realidade hoje na KC e decidimos não fazer isso. Isso evoluirá gradualmente nos próximos anos", concluiu Perticoz.
No texto, o CEO diz que precisaria dispensar o time do Valorant Game Changers, de TeamFight Tactics, Rocket League, Street Fighter e os dois Academys (de LoL e Valorant).
Atualmente, a Vitality é a organização francesa com mais destaque no Counter-Strike. O clube foi eleito o quarto melhor do mundo em 2024, com uma premiação total de US$ 949 mil (R$ 5,7 milhões) no ano. Organização francesa, a 3DMAX é o 15° melhor time atualmente.