arT avalia primeiros meses no Fluxo e novo momento na carreira
Andrei "arT" Piovezan embarcou em uma nova fase na carreira em maio, quando foi para o Fluxo depois de um mês no banco da FURIA. Depois de cair na semifinal do CBCS Invitational, o capitão conversou com a Dust2 Brasil sobre as novas responsabilidades e os primeiros meses no time.
"Voltar para o Brasil deu um ar diferente. Bastante trabalho, uma equipe nova, troca de jogadores também bem constante desde que a gente chegou. Então é um processo que a gente está passando bem diferente do que eu passei na FURIA. Claro que a minha saída da FURIA teve os momentos altos e baixos, tem pontos positivos e negativos, e já deixei eles um pouco explícitos."
"Desde que entrei no Fluxo, estamos buscando essa evolução individual e como um time. E aí é um processo. A gente troca o jogador, troca posição, não acha o conforto e vai trocando. Estamos buscando ainda encontrar um ponto onde conseguimos ficar mais confortáveis e encontrar nossos pontos fortes e fracos para trabalhar em cima deles", adicionou arT.
Em entrevista recente à HLTV, arT disse que uma grande diferença que sente é que o Fluxo tem um projeto a longo prazo, enquanto na FURIA a preocupação é em vencer logo o próximo campeonato. O capitão falou desse processo dentro do time atual.
"Sabemos que são pequenos detalhes. Quando comecei na FURIA, lá era longo prazo também, trabalhávamos para buscar umas vagas, porém o tempo foi passando e não queríamos mais buscar só isso, então passamos a querer buscar troféu, playoff em Major. Essa visão vai mudando aos poucos".
"No Fluxo estamos naqueles primeiros 'baby steps'. Estamos com o intuito de conseguir vagas lá fora e, com elas, conseguirmos evoluir o time, criar essa casca que não temos. Tivemos uma grande oportunidade contra a Aurora de ir aos playoffs no RES, e isso tudo conta ponto, então ajuda a possíveis convites no futuro. O foco é esse: conseguir deixar o time mais consolidado".
As diferenças na carreira de arT não se dão somente pelos contrastes nos objetivos entre Fluxo e FURIA, mas também pelo novo momento na vida do jogador. Entre 2018 e 2024, esteve ao lado de um time jovem que crescia no cenário nacional e depois internacional. Agora, ele o mais experiente e responsável por guiar jovens em um dos principais times sul-americanos.
"A dinâmica na FURIA foi diferente porque ali em 2019 começamos a sair do Brasil, e eu tinha muito mais independência, jogava do meu jeito, fazia a minha função apenas. Como IGL, ficava em uma parte que conseguia ajudar os moleques a jogar ao mesmo tempo. No Fluxo, eu transicionei para ajudar mais os moleques e encontrar posições para eles."
"Não só como IGL, porém individualmente também, me coloquei em uma posição onde consigo controlar mais os moleques, para colocá-los em funções onde eles vão evoluir. Se os meninos jogarem só como âncora, é difícil que evoluam, e isso é algo que buscamos ainda."
"Ainda não encontramos essa métrica certinha, como tínhamos na FURIA. Lá, cada um sabia muito bem o que fazer com os âncoras, o KSCERATO fazendo o que gosta, eu também, o yuurih na contenção. Encontramos um sistema que funcionava para todos, desenvolvemos ele por anos, conseguimos aplicar e tivemos resultados em cima disso. No Fluxo estamos nesse processo, porém ainda não nos encontramos", seguiu arT.
Um fator que é essencial para que o time consiga encaixar as funções ingame é a manutenção da lineup. Visando a possível dança das cadeiras depois do RMR e do Major, no final do ano, arT falou sobre o desejo de seguir com o quinteto inalterado.
"Sempre fica em aberto, queremos realmente manter o time unido. Claro que pode acontecer igual com a saída do Lucaozy, que trouxemos o kye, mas não é algo que buscamos ativamente. Estamos realmente tentando desenvolver os moleques. Acredito que grande parte do potencial que eles deixam de mostrar se dá por confiança, então é algo que precisamos desenvolver. É sempre incerto (sobre mudanças), mas vamos buscar manter o time unido", finalizou.