yepz: "Enquanto a Case confiar em mim e eu sentir que não atrapalho, vou continuar jogando"
Em quatro anos de Case, Yan "yepz" Pedretti é o único que esteve presente em todas as lines. O fato de nunca ter saído do time já tornou o veterano alvo de críticas, sendo chamado de intocável. À Dust2 Brasil, o rifler deixou claro que os comentários não o afetam e rebateu quem o crítica: "Muita gente fala coisas na internet sem saber"
"Sobre os comentários, muita gente não entende o que está falando, não entende das funções e como elas funcionam dentro do CS. Não entende que, de fato, a função que exerço, de solo bomb, é complicada. Eu sei que faço ela muito bem e, enquanto a Case confiar em mim e eu sentir que não estou atrapalhando, vou continuar jogando, dando o meu melhor, fazendo minha função da maneira que tenho que fazer. E é isso", afirmou.
E se um dia a Case decidir que é a hora de sair, deixará o time? yepz garantiu que sim: "Eu entenderia de boa. Claro que existem muitas vezes jogadores que fazem panelinha para kickar um ou outro, mas isso está na mão da comissão técnica e se ela decidir que eu devo passar ao banco, ou quem sabe passar para outra função dentro do time, eu entenderia numa boa. Acho que meu rendimento é bom e eu desempenho bem em todos os jogos".
yepz está com a Case no Rio de Janeiro disputando o Circuito da Federação do Estado do Rio de Janeiro de Esportes Eletrônicos (FERJEE). Isso significa o retorno do veterano a uma LAN após quase dois anos só jogando campeonatos online.
O rifler afirmou que a experiência de retornar a um presencial está sendo incrível, até porque não jogou muitas LANs na carreira. "Essa aqui está sendo, disparado, a melhor por vários fatores. Atmosfera, estrutura que o campeonato está proporcionando para os playoffs. Então, não tinha como ter voltado de uma maneira melhor. Está sendo realmente incrível".
A Case estreou perdendo para a Sharks, na quarta-feira, mas se manteve na disputa pelo título vencendo a Bounty Hunters nesta quinta-feira por 2 a 1 em uma série que começou levando o mapa inicial.
yepz se disse surpreso com que a adversária apresentou, principalmente na Dust2, mapa que era pick da Case. "Não esperava que eles fossem jogar a Dust2 tão bem. Realmente esperávamos um mapa mais tranquilo, até porque ganhamos o pick deles. Mas também é mérito deles, que é uma equipe boa e jogaram bem o mapa. Eles trouxeram um mapa diferente do que esperávamos e nos surpreenderam".
Nas duas séries, em desfavor da Case, ficou claro a dificuldade do time manter em controle os jogos que começa ganhando. Para yepz, esse problema é consequência da dificuldade do time se adaptar durante as partidas. "O CS é um jogo de adaptação e quem adapta melhor acaba vencendo. Esse jogo contra a Bounty Hunters foi diferente do contra a Sharks e é como falei, temos que nos adaptar melhor e ter mais calma para fechar os jogos. A verdade é essa. Quando você está com o match point ou quando está em vantagem, tem que correr atrás do prejuízo é o adversário".
Um dos problemas apresentados por diversas lines da Case e que também está evidente nesse Circuito da FERJEE são as derrotas em rounds cruciais. yepz garantiu que não se trata do famoso choque, mas sim afobação. "É a nossa vontade de querer resolver demais quando não devemos. É jogar os rounds mais de forma padrão em vez de fazer muita play para tentar resolver o jogo sozinho. Temos que jogar mais em grupo", opinou.
A Case começará a sexta-feira com outra decisão pela frente, reencontrando a Sharks no confronto que levará o vencedor para a final.Q Quando questionado sobre o que a Case não deverá repetir contra os Tubarões, yepz respondeu brincando que é não entregar.
"Na Inferno, que era o nosso pick, jogamos de uma maneira ruim e não costumamos fazer Infernos tão ruins assim. E na Mirage foi o que eu falei, estávamos em uma boa situação, tínhamos um round de eco seco dos caras e acabamos perdendo. É fazermos uma partida séria, jogando o CS2 correto e não querendo ser heróis, sem querer resolver porque acho que temos totais condições de sairmos vencedores".
