horvy na IEM Chengdu ainda pela Wildcard

Falta de reconhecimento levou horvy voltar ao Brasil para treinar W7M

Novo treinador também avaliou o nível do time e falou sobre objetivos

João "horvy" Horvath está de volta ao cenário brasileiro mas agora como coach. Ele foi anunciado nesta sexta-feira como o novo treinador da W7M. Em entrevista à Dust2 Brasil, o veterano disse que um dos motivos para o retorno é a busca de reconhecimento na função que desempenha nos últimos dois anos.

"Eu não vinha tendo o reconhecimento dentro do Brasil que gostaria para o futuro e vi que uma das únicas formas de conseguir mais desse prestígio, de conseguir mais nome seria assumir um projeto no país que eu acreditasse", destacou.

horvy também admitiu a saudade do calor de trabalhar com brasileiros: "Aquela vontade extra de buscar as coisas, vontade de ganhar. Não é que eu não tinha lá, mas nosso espírito de brasileiro é diferente".

E o que convenceu horvy a aceitar ser o novo treinador da W7M? "Além de toda a estrutura que possuem, também teve a questão de acreditarem muito no meu trabalho e quererem muito que eu trabalhasse com eles. Isso ajudará que eu tenha controle do projeto. Então esses foram pontos chaves para eu aceitar", explicou.

"Mas também tem a questão dos jogadores, em eu acreditar que o time tem peças boas, apesar da equipe não viver a melhor situação neste momento. Mas são peças que já chegaram em um patamar mais alto. Foi uma mistura de eu gostar da organização, de gostar das pessoas que estão nela e também acreditar que é um projeto muito bom para os players", completou.

Trabalhará do Brasil?

A W7M é a terceira equipe que horvy comandará. As duas anteriores foram estrangeiras: Entropiq Praque, na Europa, e a Wildcard, da América do Norte, mas em grande parte remotamente já que mora em Portugal.

O início do trabalho na W7M começa no Brasil. horvy está em São Paulo para o bootcamp que visa a participação no closed qualify sul-americano para o RMR Americas da Perfect World Shangai Major.

Na visão de horvy, a experiência internacional que carrega ajudará o time na questão de jogar com estilos diferentes. "Trabalhei com bons capitães, então posso trazer ideias novas e um estilo um pouco diferente na questão de métodos de trabalho. Usar todas as coisas que aprendi com o stanislaw, um cara vencedor.

Avaliação e objetivos

Antes mesmo de fechar de fato com a W7M, horvy começou a analisar os jogos dos Bulls e, na avaliação do novo coach, o time precisa recomeçar do zero. "Focar nos fundamentos de novo, treinar eles de uma forma mais correta, melhorar a comunicação e desenvolver uma base de jogo. Esses são os primeiros passos", opinou.

horvy disse ainda sentir que alguns passos foram pulados pela equipe no passado, o que fez com que a equipe ficasse mais exposta nas partidas: "Jogar o CS simples é algo que leva tempo e é difícil porque tudo está na base da comunicação, do entendimento e da tomada decisão, que é a parte mais difícil."

Por mais que disputar o RMR Americas esteja na mira da W7M, horvy pontuou que o objetivo principal neste início de trabalho é colocar o time para performar da melhor maneira possível. Para isso, a estratégia não será "spammar" campeonatos já que o desempenho está ligado muito ao período de descanso.

"O meu objetivo é tentar trazer esse time para o mais próximo da performance que pode oferecer e o mais rápido possível. Mas, obviamente, o nosso trabalho é de longo prazo. O que me deixaria feliz agora é começarmos a competir de igual para igual com os times do tier 1 brasileiro, como Fluxo, Imperial e paiN, por exemplo", afirmou.

"Também quero recuperar o nível que mostraram ano passado, e depois começar a evoluir. Mas são coisas que levam tempos já tem vícios existentes em mais de um ano de time. Então, não será uma coisa que vou resolver de uma hora para outra e não existe milagre", finalizou.

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