paiN teve "preparação muito forte e um pouco de raiva" para vencer ENCE, diz lux
Dois elementos foram determinantes para a paiN sair do segundo dia de PGL CS2 Major Copenhagen com mais uma vitória: muita preparação e um pouco de ódio. Quem garante é Lucas "lux" Meneghini, que falou à Dust2 Brasil em entrevista após bater a ENCE por 13-3.
"Com certeza foi a preparação, porque assim como todos os outros esportes a preparação faz parte. Óbvio que os times tem o mesmo tempo que a gente mas a competição é assim, isso faz parte do campeonato", afirmou o jogador, em referência às reclamações da paiN no último duelo
"Viemos com uma preparação muito forte e um pouco de raiva deles por conta de uma risada na hora dos vetos, eles acharam que seria outro mapa, nós acabamos vetando e eles deram uma risada e aí viemos com a garra, vontade e raiva, e deu tudo certo", explicou lux.
Para o jogador, a postura dos adversários foi desrespeitosa.
"Eles deram uma risada na hora que vetamos a Mirage, deram uma risadinha também quando contaram que seria Nuke, todos esbanjaram uma felicidade na nossa frente, o que acho que seja um pouco de falta de respeito. Pode ser uma tática deles, mas não funcionou e agora estamos 2-1 com uma chance muito boa de se classificar para o Legends", garantiu o jogador.
De acordo com lux, a paiN queria jogar a Nuke pelo fato do time ter a preferência pelo lado CT por conta das regras da competição.
"Tinha a possibilidade de uma Vertigo e talvez uma Overpass, mas com menos possibilidade. Estávamos querendo muito a Nuke pelo fato da nossa seed ter crescido bastante durante o campeonato depois da vitória contra a Apeks e a deles ter descido depois da derrota para Imperial. Então como iríamos começar de CT optamos por um mapa que tenha o CT mais forte", disse.
Pai, mas com filhos aplicados
Em entrevista à HLTV no primeiro dia, lux disse que Rodrigo "biguzera" Bittencourt é como um pai para os jogadores - meme que vem sendo utilizado pela torcida da paiN. lux explicou o tamanho da influência do capitão no jogo da equipe.
"O maior controle do biguzera é na preparação que temos antes do jogo, então ele que olha mais o jogo do adversário e vai mais a fundo, e já prepara a forma que vamos jogar", disse.
"As decisões in game não tem como ser todas dele então vem também da nossa parte individual, mas já vamos com uma tendência de fazer algo por causa da preparação que ele fez. A questão da posição nós equilibramos bastante, deixamos, por exemplo, o n1ssim fazendo as funções que eram do skullz, que é um cara mais âncora, mais lurker, e o outro âncora a gente varia entre eu, bigu e kauez", continuou.
"Então variamos para deixar a gente mais livre em outros mapas, mais confiante. É dessa forma que está funcionando e eu estou curtindo bastante. Diferente do Fluxo, também agora sou entry, antes eu era lurker e é uma disparidade de função bem grande, mas estou bem feliz com isso", afirmou.
Aquele abraço
Aos 21 anos, lux passou por um período de baixa até metade do ano passado, ao deixar a reserva do Fluxo e ir para a paiN. Nos momentos finais da antiga equipe, o jogador não teve nem o desempenho que vem tendo ultimamente. Para lux, o principal fator nessa virada de chave é o ambiente.
"Eu me sinto mais abraçado nem só por questão de posição, é mais pela galera mesmo, pelo time. Eu bato bastante na tecla de família, temos uma interação muito boa dentro e fora do jogo. Sei que posso confiar em cada um, temos um clima muito bom, então não tem tilt nem nada", disse.
"Isso acaba pegando bastante na confiança, além das posições que funciona para cada um, mas tenho a opinião de que se eu que sou um cara mais agressivo ficar muito de âncora, vou ficar às vezes cinco rounds sem ver um boneco e depois quando vejo já estou mais frio. Essa mescla acho que fica bom para todo mundo", finalizou.