FalleN avalia estreia na IEM Katowice e quer FURIA "mais quente"
A FURIA estreou na IEM Katowice com derrota e, para Gabriel "FalleN" Toledo, o problema foi de temperatura. O astro brasileiro acredita que o time não esteve "quente" no início da partida e isso acabou custando a derrota na rodada inicial.
"Foi um jogo pegado, tivemos nossas chances. Foi uma partida que não estávamos muito quentes em situações iniciais, então tivemos condições de começar fazendo um CT muito forte, mas perdemos um 3x2 e um 4x2, que são vantagens númericas que seriam muito importantes de serem vencidas", explicou o jogador em entrevista à Dust2 Brasil.
"Mais pra frente conseguimos retornar na partida, eles retomam o controle, nós tomamos de novo, vai para a prorrogação, vamos para o match point, quase fecha no 3x3, e na prorrogação estava para os dois lados e eles acabam levando a melhor", continuou.
A partida foi a primeira da FURIA em quase 60 dias. E FalleN acredita que a falta de ritmo atrapalha, mas não é foi fator determinante para a temperatura ideal.
"Não é um negócio que o fato de não ter jogado torna impossível que você vença. Mas acho que quanto mais você está jogando, mais em forma você está, mais acostumado com as situações, com a parte emocional, porque sempre tem uma ansiedade rolando. Isso ajuda, mas não é determinante, poderíamos ter vencido mesmo com essas condições", explicou.
O termômetro também subiria em outro mapa? Para o bicampeão mundial, o jogo dos adversários na Mirage não surpreendeu, faltaram mesmo os rounds chaves.
"Do jeito que foi a partida, eu acredito que faltaram performances nas horas importantes, nas situações de vantagem. Fizemos uma boa partida, faltou fechar nos rounds que escaparam", disse.
"E mapa e veto é sempre assim, sempre dá para questionar. Nossa Ancient é muito forte. Mas a verdade é que, depois de 60 dias, você tem que jogar muitos games para sentir novamente como está o seu map pool. Estávamos confiantes para a Mirage, tínhamos uma boa ideia do que eles jogariam, não foi muito diferente do que ele pensou, do que iríamos encontrar, mas mérito dos caras. No CS, no fim das contas, você tem que eliminar os oponentes, garantir os rounds, e eles conseguiram fazer isso um pouco melhor hoje. Pouca coisa, mas conseguiram", completou o jogador.
A temperatura do awper, porém, esteve lá em cima - FalleN teve o maior rating da FURIA na partida, com 1.17, e somou para 22 abates e 20 mortes. O jogador, porém, trocaria o bom jogo individual pela vitória.
"Espero que eu consiga continuar mantendo uma boa performance, foi tecnicamente um jogo bom da minha parte, mas por ter perdido, não vale muito. Eu prefiro muito mais ter um jogo ruim e ter ajudado de outras maneiras e alguém ter feito um a mais e vencer do que ser assim", disse.
FalleN quer uma mudança de postura da equipe para o duelo decisivo, nesta quinta-feira, diante da Apeks, às 15h30 (horário de Brasília).
"Nós, para continuarmos, precisamos entender que o CS está muito difícil, temos de olhar para os nossos erros e tentar melhorar. É um discurso meio clichê, mas não tem outra opção, temos que voltar, entender o que poderia ter sido feito melhor, e voltar mais quentes amanhã", afirmou.
"De hoje praticamente não tem muito o que tirar. É entrar mais firme nessas situações, com mais calma na hora de tomar decisões nos momentos cruciais, e para amanhã será um jogo difícil. Perdemos para Apeks inicialmente na Elisa, depois vencemos eles na final, é um time que joga um CS muito moderno, de muita briga de espaço, são bons jogadores, foram muito mal no primeiro jogo e perderam de 13-0, e vão tentar recuperar. Amanhã é a briga de quem está de recuperação, os dois com boletim vermelho indo pra cima", cravou.