Reconciliação com TACO foi o maior desafio para formar O PLANO, diz boltz
Dois anos após o surgimento do Last Dance, outra reunião de jogadores consagrados do Counter-Strike brasileiro atiçou a comunidade no início de 2024. A comunidade parou para assistir O PLANO nos qualifiers para o 1º Major de CS2. Passado as seletivas, Ricardo "boltz" Prass falou com a Dust2 Brasil sobre a frustração de não ter se classificado e as chances do time jogar mais vezes.
No O PLANO reencontrou velhos companheiros, em especial Epitacio "TACO" de Melo, com o qual acabou brigando publicamente em 2021. E, de acordo com o veterano, a reconciliação com o bicampeão mundial foi o maior desafio para a formação do time.
"A questão com o TACO foi a mais grave. Tivemos uma briga bem feia, principalmente porque foi pública e nas redes sociais. Foi totalmente desagradável. Não foi algo planejado, mas aconteceu, e desde aquela treta nunca tínhamos conversado. Tivemos que conversar, expor o que tinha acontecido e nos acertarmos. Então foi a questão mais difícil (na formação do time), mas também foi tranquilo. Não foi desgastante", afirmou.
Por ter participado tanto do Last Dance, como também d'O PLANO, boltz tem propriedade para comparar os projetos. O veterano garantiu que os times tinham propósitos diferentes: "A questão d'O PLANO é que vimos uma oportunidade na qual todos estavam livres, sem jogar, e resolvemos no juntar para jogar a oportunidade que era o qualify para o RMR. Treinamos bem pouco, não as horas necessárias e nem de perto seriedade. O negócio d'O PLANO era mais entretenimento".
O PLANO disputou os dois opens qualifiers para o Major, não conseguindo avançar de fase. boltz garantiu que todo o time ficou frustrado porque, na opinião de geral, a equipe tinha, sim, capacidade de chegar no closed.
"Eu acreditava que passaríamos pelo menos do open. Tínhamos total capacidade para isso, só que obviamente faltou tudo o que um time precisa e todas as equipes que enfrentamos se esforçaram muito. Todos que foram para o closed jogaram Natal, Ano Novo, o pessoal dando a vida, treinando o dia inteiro e nós estávamos em outra pegada. Mas, mesmo assim, tínhamos capacidade (de avançar). Perdemos vários rounds que nós, jogadores experientes, não podíamos perder", analisou.
Por que não jogaram as outras seletivas?
Como janeiro foi repleto de qualifiers, não só os para o Major, a comunidade ficou na expectativa d'O PLANO também disputar as seletivas para IEM Chengdu, ESL Pro League Season 19 e BLAST Premier Spring Showdown. Mas isso não aconteceu.
boltz desconversou sobre o motivo do time não ter jogado os outros classificatórios, afirmando que existe uma conversa para o time disputar os qualifiers que ainda acontecerão. "Uma ideia que temos é fazer uma pegada no estilo da FUNDAÇÃO, jogar em live para o pessoal ver como é um time mais competitivo, apesar de não treinarmos e seguirmos a rotina de pro player e tudo mais", revelou.
E quais são as chances da ideia sair do papel? Segundo boltz, conversas estão acontecendo desde a última semana: "Ainda estamos vendo se todo mundo tem interesse e, basicamente, não é muito difícil já que é só se inscrever no qualify, abrirmos as lives e jogarmos juntos. É só questão de ver quem vai poder e quem não vai".
Seleça do boltz
Ainda nessa pegada boltz não descarta ter um time próprio para poder jogar os campeonatos em live, parecido com o que fez Fillipe "bt0" Moreno com a Seleção do BT e atualmente A FUNDAÇÃO. Mas com a equipe o jogador também tem como objetivo auxiliar os jovens a não cair em armadilhas montadas por algumas organizações.
"Acho que falta isso bastante nos jogadores, hoje em dia, no CS brasileiro porque as organizações montam em cima dos jogadores novos, que estão atrás de um sonho, e as organizações fazem contratos exorbitantes, pagando pouco e com multas altíssimas. Então quero 'combar' isso do entretenimento e chamar os jogadores novos para dar um suporte, ensinando não só do jogo, mas botando para disputar os campeonatos e talvez fazer conexões com outros times, dando os conselhos certos", afirmou.