Retrospectiva 2023: relembre o ano do MIBR
Se tem uma equipe brasileira que pode se orgulhar do ano que fez, esta é o MIBR. Por mais que não tenha conseguido disputar o último Major de CS:GO, o time conquistou títulos, acabando inclusive com jejum na LAN, voltou ao top 15 mundial e, sobretudo, foi responsável pelo surgimento de uma nova estrela: Felipe "insani" Yuji.
A Dust2 Brasil separou cinco momentos que marcaram o ano da equipe para relembrar como foi o 2023 do MIBR no Counter-Strike.
Surge uma nova estrela
O ano do MIBR começou com novidade na line. Remanescente do elenco que disputou o PGL Major Antwerp 2022, Jhonatan "JOTA" Willian deixou o time rumo a Imperial. Para o lugar do veterano a solução caseira de promover insani, que vinha se destacando no Academy.
Aposta certeira tendo em vista o que foi apresentado pelo jovem de 19 anos, que fechou a temporada sendo o integrante do MIBR com o maior rating, de 1.19. Mas este não foi o único bom número obtido por insani. Em 224 mapas jogados conseguiu ainda 0.65 de DPR, 73,2% de KAST, 1.24 de impact rating, 83 de ADR e 0.76 de KPR.
Com insani, Com insani o MIBR venceu duas edições da ESL Challenger League, o CCT North Americas Series #4 e o presencial XL Games.
O bom filho à casa torna
Até então competindo na América do Norte desde que retornou da inatividade, o MIBR voltou ao cenário natal na metade do ano. Mas esta não foi a única novidade. Ao anunciar que voltaria a competir na América do Sul, a organização também informou que estava mudando de base para a Europa, continente no qual fez diversos bootcamps durante o ano.
O coach Bruno "bit! Lima justificou a decisão afirmando que, na Europa, o MIBR iria conseguir ficar mais tempo disputando campeonatos online e presenciais na região.
"Visando alcançar objetivos maiores, melhorar a qualidade de vida, psicológica e aumentar o nível de competitividade do time, decidimos que iremos ficar na Europa durante a maior parte do tempo e jogaremos alguns classificatórios no Brasil quando for possível", completou.
Reforços de peso
A promoção de insani não foi a única mudança na line que impulsionou o MIBR neste ano. Após não conseguir se classificar para o Major de Paris a organização voltou a mexer na line dispensando Henrique "HEN1" Teles e Matheus "Tuurtle" Anhaia.
Para o lugar da dupla a organização se reforçou com dois nomes que não seguiriam na rival FURIA, o rifler André "drop" Abreu e o awper Rafael "saffee" Costa.
Mesclando o próprio estilo com o da melhor equipe do país, o MIBR engrenou no segundo semestre, com título, vice e o melhor aproveitamento entre os times brasileiros que fizeram tour na Europa ao vencer 61,53% dos jogos.
Fim do jejum na LAN
Um jejum que incomodava o MIBR chegou ao fim deste ano, que era o de vencer uma LAN. Desde 2018, quando venceu a Zotac Cup, ainda com a line liderada por Gabriel "FalleN" Toledo, a organização não sabia o que era levantar um troféu presencialmente.
E foi justamente com drop, insani e saffee que o Made in Brazil voltou a vencer uma LAN. O título foi o da XL Games, presencial que aconteceu em Portugal, após vitória sobre a Alliance por 3 a 1 na grande final.
Retornando ao top 15
O bom desempenho no último "tour" que fez pela Europa no ano foi determinante para a ascensão do MIBR no ranking mundial da HLTV.org, no qual voltou a figurar entre as 15 melhores equipes do cenário internacional.
A subida do MIBR no ranking começou no fim de novembro, quando alcançou a 18ª colocação após três anos sem passar do top 20. Mas não foi só. Um mês depois a equipe alcançou a 15ª posição, o que não acontecia desde agosto de 2020.