Equipe da Bounty Hunters com a CEO Nathalia Emiliano (Foto: Vitoria Von Bentzeen/Dust2 Brasil)

CEO da Bounty Hunters reforça desejo de fortalecer esports em Minas: "Orgulho e paixão"

Nathália Emiliano falou sobre sua relação com CS, expansão para outras modalidades e vontade de representar Minas Gerais

A Bounty Hunters tem um time 100% belorizontino, mas a organização quer ir além e "amineirar" ainda mais os esports. A CEO, Nathália Emiliano, afirmou que o desejo é fazer com que os talentos de Minas Gerais não precisem deixar o estado para se desenvolver.

"Somos um berço de atletas e eles acabam saindo daqui e fazendo a carreira em São Paulo, Rio ou até fora do país e não tínhamos nada que fosse genuíno nascido e criado aqui de fato. A ideia da Bounty é tudo que envolve a organização com mão de obra mineira. Hoje toda a nossa equipe, desde o marketing, aos jogadores, todos são mineiros", disse em entrevista à Dust2 Brasil.

"O nosso posicionamento de marca é trazer a paixão do futebol, da torcida mineira para os esports. Sabemos que Minas Gerais tem uma demanda gigantesca e somos o berço de muitos nomes, então às vezes essa paixão vai para fora, e queremos que ela fique aqui. Esse é só o nosso começo, temos um caminho longo pela frente mas acredito muito nos meninos, vejo que essa paixão já está dentro de cada um aqui e o que queremos agora é externalizar e de fato trazer o Mineiro para nos abraçar também", completou.

A ideia já vem sendo colocada em prática com o time de CS:GO, que até agora é a única escalação da organização.

"A Bounty Hunters e todos os meninos são de BH então eles tem essa identidade mineira, minha família toda é daqui então sempre tinha essa vontade de ser algo genuíno aqui de Minas. Quando o Dan trouxe isso tudo casou. Os meninos tinham esse sonho em comum que era jogar juntos. O projeto andou e fomos passo a passo do que era ter uma organização de esports, que para mim era um mundo desconhecido", afirmou.

"Então eu conheci os meninos e vi que eles iriam agregar dentro do projeto e assim nasceu a Bounty Hunters com o propósito de fomentar o cenário mineiro e estampar no peito a questão do orgulho e paixão mineira", completou.

Nathália, que não tinha tanto contato com o CS:GO e os esports antes da organização, já vinha há um tempo desejando ingressar no mercado, e encontrou , Daniel Fagundes, que hoje é o manager da equipe, que levou para ela a ideia de formar o time.

"O Daniel foi quem trouxe a ideia. Ele conheceu os meninos, eu não os conhecia. Eu tenho outro negócio envolvendo gamers e ele me trouxe a ideia porque já era uma vontade minha ter uma organização de esporte eletrônico. Eu ainda não tinha estudado nenhuma modalidade, e quando o Dan trouxe a ideia eu achei que tinha muita coerência dentro daquilo que eu buscava", explicou.

Muitos jogadores conhecidos de CS são de Minas, como os irmãos Lucas "LUCAS1" e Henrique "HEN1" Teles, Lucas "nqz" Soares, Vinicius "PKL" Coelho e Victor "Gafolo" Andrade. Nathália contou que não tinha uma relação com o Counter-Strike antes de criar a organização, e que está aprendendo junto com a equipe.

"Eu nunca tive muita familiaridade com o CS, a Bounty Hunters está sendo uma novidade para mim, estou conhecendo o cenário com eles. Hoje eu tenho o Daniel que é minha referência, é que dentro da Bounty Hunters traz todo esse cenário para mim. É um cenário desconhecido para mim mas é apaixonante", afirmou.

Expandindo

O CS:GO é a primeira modalidade da Bounty Hunters, mas de acordo com Nathália a organização quer expandir para outras modalidades, além de criar uma equipe academy e uma equipe feminina de CS.

"Temos um planejamento de formar uma equipe academy e passar para o cenário feminino além de outras modalidades como o VALORANT e LoL. Esses são processos a longo prazo, hoje nosso foco é o time que temos de CS:GO porque sabemos do grande potencial que os meninos têm. O academy vai ser nosso próximo desafio", afirmou.

Nathália deixou claro que seu grande propósito com a organização é elevar o nome de Minas no cenário nacional, mas sabe que não será fácil.

"É algo muito novo e desafiador, é um cenário que eu não tinha muita experiência. Hoje eu vejo isso como uma oportunidade e virou um propósito. Passar para um outro patamar, de realmente fazer acontecer, elevar o nome de Minas Gerais nos esports a nível nacional e mundial. Sei que é muito desafiador, até hoje ainda não esbarrei em dificuldades por ser mulher, mas sei que temos muita essa dificuldade de ganhar espaço. Sabemos que na figura feminino enfrentamos muitos desafios diários", finalizou.

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