biguzera: "É o elenco mais forte que já passou pela paiN"
Atualmente uma das equipes brasileiras que competem no exterior, a paiN voltou a jogar no país e não decepcionou os torcedores acostumados com títulos nacionais ao conquistar o CBCS Invitational, neste sábado. Em entrevista à Dust2 Brasil, Rodrigo "biguzera" Bittencourt concordou que a conquista mostra que o atual elenco é o mais forte que já passou pela organização no CS:GO.
"Eu não tenho nem o que falar. O zevy e o skullz são peças muito importantes, os dois são muito bons tanto individualmente, como pessoas para o time e isso faz total diferença. Então, sem sombra de dúvidas, hoje é o elenco mais forte que já passou por aqui", afirmou.
E, na opinião de biguzera, o segundo título no semestre ajuda na "cura" da ausência da equipe no IEM Rio Major 2022: "Qualquer vitória, qualquer título que conquistamos vai nos fazendo esquecer da não classificação. Na verdade, nós, de fato, esquecemos. É virar a página, são águas passadas. É pensar na frente, pensar no Major da França, mas voltar a ganhar em solo brasileiro é muito bom. Estávamos com saudade".
Uma das cotadas a disputar o primeiro mundial de CS:GO a acontecer no Brasil, paiN ficou de fora do Major após perder para a Imperial na última md3 classificatória do RMR Americas. Questionado se o time arrumou os erros cometidos na seletiva, biguzera respondeu de forma positiva.
"Tivemos muitas conversas, muitas mudanças. Muitas coisas foram resolvidas na base da conversa, então conseguimos arrumar as coisas em pouco tempo. O nosso foco, agora, para esse fim de ano, assim como nos anteriores, foi arrumar as coisas para começarmos a próxima temporada renovados, com as posições certas, com as conversas certas e é isso o que temos feito", explicou.
Avaliando o desempenho da equipe na temporada, apesar de não ter disputado o Major no Brasil, biguzera afirmou que a paiN termina 2022 "bem satisfeita. Foram quatro meses de time e títulos bons, como o da ESL Challenger Melbourne e esse do CBCS. Então, terminamos o ano bem, do jeito que queríamos quando começamos o semestre. Nãotanto, mas o suficiente".
Inferno renovada
paiN e 00Nation protagonizaram uma decisão com mapas distintos já que, na Nuke, as duas equipes batalharam round a round pela vitória, com biguzera e os companheiros levando a melhor na prorrogação por 19-17, enquanto na Inferno o time campeão teve uma grande atuação e fechou a partida com o elástico 16-2.
Para biguzera, a apresentação da paiN na Inferno é resultado da revolução que a equipe pretendia mostrar quando jogasse o mapa, e, por isso, o time acabou surpreendendo o adversário naquele que era o pick da 00Nation.
"Nossa Inferno está totalmente diferente do que as pessoas estão acostumadas a ver. Fizemos muitas mudanças no mapa, estamos muito confiantes no mapa. Então, sabíamos que, quem pickasse o mapa, seria uma nova Inferno. Quem pickasse poderia perder e perder muito", afirmou.
Forçados a continuar na América do Norte
Neste fim de temporada, grandes nomes do cenário sul-americano no todo passaram a discutir sobre o ranking da ESL após uma alteração nos pontos dados por torneios de pequeno e médio norte-americanos, mas sem atualização para os campeonatos que acontecem na América do Sul. Mudanças estas que, para o futuro, podem forçar ainda mais as equipes brasileiras competindo na América do Norte ao invés da região natal.
biguzera vê injustiça na movimentação "porque no Brasil sabemos que a pontuação não é igual que na América do Norte e, às vezes, os times brasileiros são bem melhores do que os norte-americanos. Vimos isso no RMR. Então, eu acho injusto. Isso nos obriga a estar na América do Norte porque, se não formos para lá, não disputar lá, acabamos não ganhando vaga para nenhum campeonato. É difícil, mas é a vida. Não temos esse poder de mudar tudo o que queremos, então é seguir batalhando pelas vagas".