Jogadora de time norte-americano diz que ESL agiu de má fé com a ESL Impact em 2025
No começo de fevereiro a ESL mudou o processo de verificação de gênero na Impact League, mas de acordo com Samantha "Zazu" Blair, jogadora da Lotus, a organização agiu de má fé. De acordo com jogadoras da Lotus, o time acabou não podendo participar do qualifier da season 7 porque a ESL não explicou as mudanças.
Antes da mudança, a ESL vinha aceitando como documentos para comprovação de gênero carteira de motorista, atestado médico, prescrição de terapia hormonal e declaração da própria jogadora. Já agora, a organizadora exige que atestados médicos sejam enviados diretamente pelo profissional de saúde, removendo a aceitação de prescrições e restringindo a validação a documentos oficiais emitidos por especialistas.
Porém, de acordo com as jogadoras da Lotus, o novo regulamento da Impact League 2025 apresentado pela ESL não trouxe qualquer explicação sobre essas mudanças. O documento não especificou quais tipos de comprovação seriam aceitos. Dessa forma, equipes seguiram coletando documentos conforme os critérios das edições passadas, sem saber que as exigências haviam sido modificadas.
Perguntada em uma entrevista com a Dust2.us se a ESL agiu de boa fé com essa questão, Zazu negou e disse que a organizadora está tentando fazer ser mais difícil para jogadoras trans jogarem CS2.
"Absolutamente não (agiram de boa fé), acho que eles estão tentando tornar mais difícil para mulheres trans jogarem Counter-Strike devido a alguns maus atores em nossa comunidade que, em última análise, não refletem a comunidade de nós, jogadoras trans. Todos as jogadoras trans que conheço jogam de forma legítima, elas têm seus papéis, têm tudo em ordem, então tornar extremamente difícil ou quase impossível, no nosso caso, conseguir esses papéis é uma bagunça. Isso ferrou com a gente, ferrou com MEGA JUNERS. Não creio que eles tenham agido de boa fé."
A Lotus chegou a enviar os documentos de verificação gênero das integrantes do time para ESL, assim como fez em outras edições. Mas, quando mandaram os documentos, a equipe foi surpreendida com as novas exigências. Apesar do prazo apertado, o time reuniu o que precisava e enviou à ESL, mas a organizadora invalidou o registro de algumas integrantes.
"Sentimo-nos extremamente confusas. Nós nos esforçamos tanto, jogamos todas essas Cash Cups, durante quatro meses seguidos praticamos quase todos os dias durante cerca de quatro ou cinco horas por dia. Assim que recebemos a mensagem da ESL sobre a mudança na verificação, eu pensei: 'Ei, equipe, a verificação está mudando. Comecem a pegar esses documentos agora para que eu possa enviá-los para a ESL.' Não conseguir que isso se concretize é muito difícil para nós". afirmou Zazu.
