biguzera: "São erros que se estivéssemos jogando em casa, com uma coquinha, não cometeríamos"
A campanha da paiN no Perfect World Shanghai Major terminou em um jogo maluco diante da FURIA. Após a partida, Rodrigo "biguzera" Bittencourt, capitão do time, admitiu que o nervosismo tomou conta da equipe e os rivais, mais experientes, se aproveitaram.
"Faltou em alguns rounds um pouco de calma. Quisemos muito resolver no individual, tentamos ser heróis quando não tinha que ser e não tentava jogar quando tinha que jogar", disse biguzera em entrevista à Dust2 Brasil.
"Nós pecamos nesse tipo de situação, não tivemos muita calma nos rounds que tínhamos que ter e, nos rounds que não era pra ter calma, tivemos. É entender esse tipo de situação e melhorar para a próxima", continuou.
Para biguzera, a ineficiência da paiN em rounds de vantagem, que acabaram virando clutches do adversário, se deu por conta do nervosismo. O jogador sabe que essas situações são comuns em times jovens.
"Nesse tipo de round entra a experiência. Pesa a idade que a FURIA tem sobre nós e isso pesa nesse tipo de round, principalmente nesse tipo de situação. É melhorar, não tem muito o que fazer. É ter calma, sabemos que é o processo. Criamos um projeto com moleques novos e sabemos que vão ter erros, tem muito o que aprender, tem que ter paciência para ensinar. É continuar no mesmo caminho", completou.
Esses erros, segundo biguzera, vão ficar marcados, mas vão servir de lição para o futuro.
"Nós vamos nos punir muito por isso, não só pelos clutches, mas bombas demais quando não podíamos. São erros que sabemos que, se estivéssemos jogando em casa, com uma coquinha, não cometeríamos. São erros que não são consertáveis a não ser que você passe pela mesma experiência novamente", disse.
Gostinho
O ano de 2024 da paiN terminou com a equipe se consolidando no top 20 mundial, chegando ao Elimination Stage dos dois Majors e disputando grandes eventos como a IEM Cologne e a IEM Rio, além de garantir um troféu no GET Rio. O time, porém, não alcançou nenhum playoff nos principais campeonatos e ainda não deu aquele "passo" aguardado há meses. Para biguzera, esse momento se aproxima.
"Estamos cada vez mais próximos. É um trabalho que não é da noite para o dia, que é longo, e temos que ter paciência no projeto e a cabeça no lugar. Sabemos que erros como os de hoje vão acontecer mais vezes, não vai ser hoje que eles vão acabar, só que precisamos minimizá-los. É algo que temos que trabalhar e precisamos ter mais inteligência na hora de jogar", disse.
A temporada, para o capitão, se encerra com gosto de quero mais.
"Dava para chegar mais longe, especialmente nesse Major. Estávamos numa fase muito boa, treinamos muito bem, estávamos confiantes para chegar mais longe. Sentíamos que dava, então fica o gostinho de quero mais. Agora é só no próximo", finalizou.