sidde durante a IEM Rio

Presença de guerri, o novo estilo FURIA e metas já batidas: sidde avalia início como coach

Segundo o coach, Panteras já conseguiram, parcialmente, cumprir missão de evoluir a cada campeonato

Sid "sidde" Macedo completou três meses no comando da FURIA durante a IEM Rio. Em entrevista à Dust2 Brasil, o coach autoavaliou o início na função, explicou a continua presença de Nicholas "guerri" Nogueira nos campeonatos, falou sobre o impacto de Gabriel "FalleN" Toledo na construção do novo estilo da equipe e revelou o que desejava do time para a IEM Rio.

Na opinião de sidde, a FURIA vem evoluindo desde o primeiro campeonato após as mudanças de julho. O coach afirmou que o objetivo inicial traçado era que o time fizesse um campeonato melhor que o anterior. "Conseguimos cumprir parcialmente, mas de maneira bem satisfatória, essa missão de evoluir a cada campeonato", avaliou.

sidde não caiu do céu no posto de coach da FURIA. Ele está na organização desde o início de 2023, tendo começado como assistant coach. Essa experiência prévia, segundo o treinador, foi determinante para que ele conhecesse a line e que os jogadores o conhecessem. "Dependendo de como a transição é conduzida, uma pessoa de fora pode criar alguns conflitos de ideia e de personalidade", opinou.

Apesar de estar nas rédeas da equipe, em todos os grandes campeonatos o ex-coach acompanhou o time. Quanto a isso, sidde garantiu que não se trata de uma "supervisão": "Ele acompanha o time assim como nas outras modalidade, não estando ali para julgar meu trabalho. Não está para supervisionar e ele não tem impacto tático."

O novo estilo FURIA

A FURIA foi uma equipe que surgiu sendo conhecida por ter o próprio estilo de jogo. E é essa própria forma de jogar que o time está em busca após as recentes mudanças, mas sem mesclar o antigo com o que FalleN ficou conhecido no passado.

"Mesclamos, dentro das possibilidades táticas, tudo o que o CS tem para oferecer. Hoje sabemos fazer de tudo dentro do jogo. Quando precisamos jogar mais lento, conseguimos, e quando é necessário mudar o ritmo de jogo, acelerando, também fazemos, mas não por ser necessariamente o estilo antigo até porque as principais equipes não jogam de um jeito só", explicou.

E a busca pelo novo estilo FURIA passa pela referência técnica e tática de FalleN. Junto do capitão, sidde busca referência na forma de jogar de outros times para então refinar essas ideias junto com as do Verdadeiro.

"Ele não é um cara de ficar copiando porque tem muita confiança nas coisas que acredita. Refinamos bastante essas ideias, tanto as minhas, quanto as deles. Mas, depois de três meses, não dá para dizer que o trabalho foi finalizado, mas demos bons passos na direção de termos a nossa cara", afirmou.

Impacto dos analistas estrangeiros

Assim como auxiliou guerri quando este era o coach da FURIA, sidde tem a ajuda de dois analistas estrangeiros: Hunter "Lucid" Tucker e Viacheslav "innersh1ne" Britvin. Na prática, de acordo com o treinador, são dois nomes que trabalham em alto nível, até por conta das equipes com as quais já trabalharam.

"Eles trazem feedbacks, algumas novidades, correções para o nosso jogo que você percebe que foram dadas por profissionais que trabalham no alto nível", disse.

Escada evolutiva

A evolução a cada campeonato não é uma percepção somente dos integrantes da FURIA, mas também da comunidade. Mas não se trata de um sentimento novo para sidde até porque, conforme disse, sempre teve na cabeça que o time ia evoluir gradativamente quando participou das últimas mudanças.

"Me baseando no calendário eu queria que o time chegasse bem para a parte final do semestre porque é um período que temos campeonatos muito importantes. Obviamente colocamos metas de resultados, como passar pelo play-in da IEM Cologne, chegar nos playoffs da ESL Pro League. Porém, no fim das contas, o que mais valia era a evolução a cada torneio até porque a competição ensina muito mais do que só treinar", afirmou.

Sobre a IEM Rio, o maior objetivo traçado por sidde era que a equipe conseguisse colocar em prática as coisas que treinou após a ESL Pro League, LAN na qual, de acordo com o coach, os Panteras foram os que mais jogaram mapas: "Passando ela, eu tinha certeza de que, se conseguíssemos pegar o aprendizado que tivemos lá eu sabia que poderíamos trazer um jogo de alto nível".

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