device, da Astralis, em entrevista à Dust2 Brasil

device confia em retorno à boa fase e elogia cadiaN: "Grande líder"

Eliminado na IEM Rio, jogador disse que ainda precisa de adaptação em novo sistema

Nicolai "device" Reedtz ainda está em busca do seu "groove" na nova Astralis. Eliminado no último dia da fase de grupos da IEM Rio, o astro dinamarquês disse que ele e o time ainda precisam de tempo para se encontrar após a mudança na escalação.

"É (um sistema) muito novo para mim, alguns dos caras sabiam disso de antes, mas é diferente do que estou acostumado a jogar. É claro que não temos o nosso groove ainda, isso fica óbvio com o resultado", disse device em entrevista à Dust2 Brasil.

E não é só a mudança coletiva que preocupa device. O ritmo do próprio jogador também está distante do da última temporada e, mais ainda, daquele que encantou no CS:GO pela consistência.

"Não estou jogando tão bem quanto gostaria agora. É algo que estou trabalhando muito individualmente. Estou confiante que posso retornar, é sobre achar o groove nesse sistema para mim", explicou.

"Tento não falar muito sobre isso, porque você pode falar demais e fazer isso uma grande coisa. Estou certo que posso jogar da maneira que quero, fazendo o que eu quero dentro do jogo", completou.

device também falou do desempenho da Astralis no Rio, do período como capitão, trabalho com Casper "cadiaN" Møller e mais. Confira:

Por que você acha que a Astralis teve séries tão ruins, especialmente as melhores de três?

É triste, não é o que queríamos, são muitas coisas dentro do jogo que determinam o resultado. É difícil definir uma só razão, são várias, é assim que é algumas vezes.

A falta de tempo para treinar com a nova escalação atrapalhou vocês?

Sim. Tem parte, claro, mas você não recusa uma oportunidade de ir à IEM, especialmente no Brasil. É assim que é às vezes. Você consegue muita experiência jogando junto em jogos oficiais, é triste que não foi o que queríamos, queríamos ser melhores, assim como ontem, mas podemos aprender com isso, ir adiante, e ser melhor da próxima vez.

As polêmicas envolvendo o time nas últimas semanas atrapalharam a preparação ou o mental do time?

Honestamente, talvez. Tivemos muitas pessoas doentes, fatores externos, mas não são desculpas. Você tem que lidar com a pressão de ser um profissional e tirar de vista o que você não quer focar. Eu não acho que teve uma parte muito grande.

Você pode nos explicar um pouco como o sistema novo do time vai funcionar? Como será ser a segunda voz?

É (um sistema) muito novo para mim, alguns dos caras sabiam disso de antes, mas é diferente do que estou acostumado a jogar, e claro que não temos o nosso groove ainda, isso fica óbvio com o resultado. Pode ser muito bom, só precisamos de mais tempo.

E sobre ser a segunda voz é mais no lado CT, posicionando onde quero jogar, e no lado TR, se tiver algo que eu quero fazer. É mais visando o time. Eu acho que o sistema do cadiaN gosta é algo que precisa de tempo, não é tão definido e você precisa entender a filosofia, o pensamento, do que só jogar os rounds. É claro que, como disse, vai levar tempo, mas é difícil agora.

Você havia dito que gostaria de ser IGL por muito tempo. A mudança foi algo que veio de você, do time, ou da oportunidade de contratar o cadiaN?

Como você disse, minha ideia era jogar como IGL até que eu me aposentasse, mas acho que para nós foi mais sobre nossa trajetória com o br0, queríamos mudar algo no time e foi uma oportunidade boa para nós. Significou que eu só teria que ser o awper, é o que é, e quem sabe se foi a última vez que fui o IGL. Com esse time, com certeza vai ser ele (o cadiaN, capitão), ele é um grande líder e é assim que as coisas são às vezes. Ainda estou animado com essa equipe.

Por que acha que sua performance piorou este ano em comparação ao fim de 2022 e a 2023? Está confiante que pode voltar a jogar bem agora que não é mais o capitão?

Claro que não estou jogando tão bem quanto gostaria agora. É algo que estou trabalhando muito individualmente. Estou confiante que posso retornar, é sobre achar o groove nesse sistema para mim. Tento não falar muito sobre isso, porque você pode falar demais e fazer isso uma grande coisa. Estou certo que posso jogar da maneira que quero, fazendo o que eu quero dentro do jogo.

A AWP é um pouco diferente no CS2, você não tem tanto a fazer no começo do round no TR, e também é por isso que é mais fácil ser o in-game leader, porque você só segura suas bombas e ajuda o time. Você faz a mesma coisa como um awper. Não é uma desculpa, é sobre achar a confiança individualmente falando e desempenhar como quero.

O seu retorno à Astralis completou dois anos. Como tem sido esse período?

Foram muitas mudanças, sou praticamente o único cara que ficou na organização desde que voltei. Foi uma jornada divertida, eu tenho aproveitado, especialmente no último ano com o CS2, é um desafio novo, um jogo novo, estamos só tentando ficar no nível que queremos e competir pelos troféus como um time. Ainda não conseguimos fazer isso, mas com certeza iremos no futuro.

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