Polícia Civil intima presidente, chefe de esports e duas ex-gerentes da CBDEL a depor
A investigação da Polícia Civil sobre caso do suposto favorecimento ao time ligado a uma ex-funcionária da Confederação Brasileira de Desportos Eletrônicos (CBDEL) na seleção da representante brasileira no IESF World Esports Championship 2023 avançou. A Dust2 Brasil apurou que as autoridades intimaram para depor dois integrantes da confederação e duas ex-funcionárias.
O presidente da CBDEL Daniel Cayres Cossi, o chefe de esports Ulisses Witter, a ex-gerente de esportes digitais Danielle Torok e a ex-gerente de esports Jennifer Souza precisarão comparecer no 7º Distrito Policial de Jundiaí, São Paulo, em 14 de maio para prestar esclarecimentos as autoridades. O comparecimento é obrigatório.
A Polícia Civil começou a investigar a CBDEL em novembro passado a pedido do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que na época recebeu uma notícia crime solicitando a investigação da confederação e de quatro integrantes da entidades por corrupção privada no esporte, contra a incerteza do resultado esportivo, a ordem econômica esportiva - todas referentes a Lei Geral do Esporte -, além de estelionato, previsto no Código Penal.
A questão também já está nas mãos da Justiça, correndo na 3ª Vara Criminal de Jundiaí sob os cuidados da juíza Jane Rute Nalini Anderson, sendo tratado como um caso de estelionato.
Entenda o caso
Inicialmente, a God Genesis seria a equipe que representaria o Brasil no IESF World Esports Championship do ano passado por ter sido a única inscrita no primeiro chamamento da CBDEL. Contudo, ao saber que teria vaga direta no mundial, a entidade, em vez de repassar a vaga para a God Genesis, realizou outra convocação dando justificativas diferentes para as equipes interessadas.
Em setembro passado, quando questionada sobre o motivo da mudança, a CBDEL afirmou que tratava-se de uma ordem da federação internacional, o que foi desmentido pela própria IESF não só para a reportagem, como também para as jogadoras da God Genesis.
O Ministério do Esporte tomou conhecimento da situação envolvendo a CBDEL ainda no ano passado] e informou à reportagem que recebeu duas manifestações na Ouvidoria: uma denúncia e uma comunicação quanto a investigação policial. A pasta pediu esclarecimentos para a confederação. A entidade, contudo, não respondeu o Ministério, que está estudando ações a tomar.
Intimada a depor, Jennifer Souza se desligou da confederação em meados de março após o recebimento de uma denúncia quanto a um possível conflito de interesse envolvendo Souza e a equipe para qual trabalha nas seletivas do Panamerican Esports Games.