coldzera: "O time que temos, no papel, era para ser muito bom"
A Legacy não teve um bom final de 2023, e para Marcelo "coldzera" David, no papel sua equipe deveria ser melhor. O jogador também falou à Dust2 Brasil que também que o time sente a pressão e que deveria ter ganhado mais qualificatórios.
"Com certeza (sente a pressão), o time que a temos, no papel, era para ser muito bom. No papel, tínhamos que ter ganhado mais qualificatórios, se colocado em melhores posições no ranking. Então, querendo ou não, eles sentem também um pouco de pressão em relação a isso, da cobrança. Mas acho que a cobrança tem que vir da gente mesmo e não só do público de fora", disse coldzera.
"Estamos fazendo um bom trabalho, estamos nos esforçando bastante. Por mais que tivemos um jogo off contra a paiN, eu senti que eles vieram muito bem preparados, nossa escolha de mapa não foi tão boa, achei que Overpass foi um jogo muito 50/50", continuou.
"Por mais que tenhamos perdido o primeiro jogo estamos com a cabeça boa, acho que eles também estão começando se portar um pouco melhor em relação a pressão, hoje mesmo deu para ver que no primeiro mapa eles estavam bem nervosos, então é bom dar uma acalmada neles, então acalmamos e demos uma tranquilizada no jogo e conseguimos virar o resultado. Então é mais da pressão, eles são excelentes jogadores, molecada nova vem bem forte no Brasil, só que eles precisam ter um pouco mais de calma e é isso que tentamos buscar", completou.
Ainda falando sobre seu time, coldzera disse que grande parte da sua motivação vem dos mais jovens, e que se sente um "pai" no time.
"É muito legal jogar com os meninos, eu gosto muito de jogar com eles. É um sentimento diferente do que eu tinha no passado, eu tento mais acalmar eles durante os campeonatos, as vezes é normal eles sentirem um pouco mais de pressão, um pouco mais de nervosismo. Aqui no campeonato eu tento mais ajudar a galera, sendo um pai para eles mesmo, ajudar um pouco na vida também."
A Legacy está 1-1 no RMR, perdendo para a paiN no primeiro dia e vencendo a Nouns no segundo. E, para coldzera, a partida contra os norte-americanos foi tranquila.
"O jogo foi bem tranquilo, conseguimos colocar nosso jogo. Por mais que tenhamos perdido a Vertigo, sentimos que deixamos escapar na nossa mão, sentimos que poderia ter sido 2 a 0, mas estávamos bem confortáveis em jogar Overpass e Inferno com eles então foi um jogo bem tranquilo."
Major de CS2 e mudanças na AWP
Bicampeão de Major no CS:GO, coldzera espera se classificar para o primeiro mundial na nova versão do jogo, e disse que o confronto decisivo contra o MIBR dependerá muito do mental.
"É sempre importante se classificar para o primeiro Major de CS2, não só esse mas para Majors em geral. É um campeonato que tem bastante prestígio e bem legal de jogar. Também estamos bem tranquilos em relação a isso, estamos tentando colocar o menos possível de pressão nas costas, querendo ou não é difícil de classificar, cinco vagas para 16 times não é uma coisa fácil. Amanhã vai ser um jogo de bastante tensão, um jogo eliminatório. MIBR também não classificou na última vez assim como nós, então é um jogo que envolve muito o emocional então temos que estar com o emocional bem preparado para poder ter uma cabeça boa para classificar."
O jogador também voltou a jogar de AWP, e para ele, a arma mudou muito do CS:GO para o CS2.
"É bem estranho, no CS:GO você tinha um pouco mais de mobilidade, o scope está bem estranho também no CS2, se você pisa na molly o scope dá uma embaçada, se atira muito rápido as vezes o tiro não pega, se você toma um tiro no peito com a mira no cara não pega. Então querendo ou não eles fizeram meio que de tudo para nerfar a awp. Querendo ou não é bom, você deixa os riflers se sobressaírem um pouco mais, mas ainda está jogável, só é um pouco estranho", afirmou.
Europa ou Estados Unidos?
Em fevereiro o manager da Legacy disse que a equipe iria para os Estados Unidos depois do Major, mas coldzera já afirmou que sua vontade era de morar na Europa. Porém hoje, o jogador afirma que a equipe deve sim ir para o NA disputar campeonatos.
"No momento em que eu quis morar na Europa foi mais por causa da minha residência, hoje em dia já tenho minha residência bem tranquila, já está tudo certo com a minha documentação então se caso precisemos fazer uma temporada nos Estados Unidos é bem provável que a façamos, devemos ir para lá jogar uns quatro ou cinco meses para poder brigar pela vaga da ESEA nos Estados Unidos. Acho que vai ser bom também porque querendo ou não em Portugal a gente joga alguns campeonatos mas eles dão poucos pontos em relação ao NA, então vamos tentar passar uma temporada lá."