Valve é condenada a pagar R$ 70 mil a jogador que abriu caixas
Abrir caixas no Counter-Strike não costuma ser uma atividade lucrativa, mas um jogador austríaco faturou alto. A Valve foi condenada a pagar € 14 mil (R$ 74 mil) a um usuário depois do mesmo gastar "milhares de euros" tentando a sorte nos loot boxes do jogo.
A informação foi divulgada à imprensa pela Padronus, uma das empresas que auxiliou o jogador no processo. O caso aconteceu no estado de Estíria, na Áustria, país onde a Sony já foi condenada a reembolsar um jogador de FIFA que abriu pacotes no Ultimate Team.
O pedido, aceito pela corte, é que as caixas devem ser classificadas como apostas ilegais e que a Valve deveria reembolsar a quantidade gasta pelo jogador. O juiz entendeu que, como é possível vender as skins no mercado da Steam, pode-se obter lucro. Como a Valve não tem o direito de explorar o mercado de apostas no país, ela fere as leis locais em relação aos jogos de azar.
De acordo com Richard Eibl, diretor da empresa que entrou com o processo, o juiz já tinha experiência pessoal com o Counter-Strike e rapidamente compreendeu o caso.
"A Valve Corporation é a segunda empresa de videogames, depois dos operadores do FIFA, a serem culpados por oferecer apostas ilegais na Austria. De acordo com vários estudos, a Valve gera cerca de um bilhão em vendas de caixas de Counter-Strike. A parte austríaca desse mercado não é irrelevante, e os austríacos são bastante apaixonados por apostas em comparação a outros países", disse Eibl em comunicado.
A Valve tem uma janela de quatro semanas para recorrer da decisão.