Olga sobre novo time: "Está sendo minha segunda casa"
Jogando pela equipe asiática HSG desde março, Olga Rodrigues falou em entrevista à Dust2 Brasil sobre a eliminação na ESL Impact Dallas, como está sendo sua adaptação no novo time e os seus próximos objetivos na equipe.
“Não entramos no jogo mais uma vez. No nosso map pick as coisas não foram como gostaríamos. É muito difícil voltar no segundo half quando se tem uma diferença muito grande no placar, mesmo ganhando o pistol. Perdemos alguns rounds chaves que não poderia, o time ainda é novo então é uma sensação de que dava para ter feito mais”.
Olga contou que teve pouco tempo para treinar com sua nova equipe antes do mundial. A jogadora foi anunciada pela equipe no dia 9 de março de 2023.
“Eu fiquei menos tempo na Malásia do que no Brasil depois que me mudei, fiquei dez dias lá, jogamos o qualify e tive que voltar para o Brasil para renovar o visto. Depois voltei para lá e treinamos apenas uma semana antes de viajar. O tempo que tivemos foi para tentar me encaixar no time, eles me deram toda a liberdade para manter o meu papel. Tentamos encontrar um meio termo para ficar bom para as duas partes, é algo que demanda tempo. Vimos esse campeonato como um bônus, desde que entrei no time nosso foco era para a última Impact do ano”
Olga também falou sobre sua adaptação no novo time, tanto dentro quanto fora do servidor. A brasileira atua agora ao lado de duas jogadoras da Malásia, além de ter uma companheira de time da China e de Hong Kong.
“O estilo de jogo é diferente, o time no geral tem o perfil um pouco mais agressivo do que a FURIA, mas eu gosto disso. O nível do cenário é diferente mas não muito gritante. O que mais demorei para me acostumar foi o ping, quando jogamos em servidor Chinês temos que usar VPN e jogamos com 100 de ping. No Brasil tem muitos times que treinam e jogam campeonatos, lá não têm muitos times nesse nível”.
“No Brasil eu saía muito com meus amigos, minha família também, lá eu só saio com time no meu tempo livre. A comida eu estou me adaptando bem, o clima estou adorando porque está sempre calor. Estou sendo muito bem recebida, está sendo minha segunda casa”, continuou.
Olga destacou que esse campeonato era um "bônus" para a equipe, pois estavam focadas na próxima ESL Impact que vai acontecer em Valência, na Espanha, em dezembro.
“Sabíamos que seria muito difícil ser campeão, diferente de quando eu estava na FURIA que já tinha um objetivo de ser campeã. Aqui nosso foco era ir bem na fase de grupos, e aí sim pensar no próximo jogo, não tinha o objetivo de ir para a final. Desde que entrei no time nosso objetivo era ir bem na última Impact que vai acontecer em Valência”.
“O coração fica meio dividido porque sabíamos que poderíamos ter feito melhor, mas também sabemos o momento que nosso time está vivendo. Individualmente falando eu sei que não joguei meu jogo, foi muito difícil para mim. Ninguém está feliz com o resultado, vamos conversar e tentar ter uma potência melhor”, finalizou.