goddess sobre desempenho na ESL Impact: “Estamos felizes, mas queremos muito mais”
Após a derrota da B4 para a Nigma Galaxy por 2 a 0, Lara “goddess” Baceiredo falou com a Dust2 Brasil sobre o desempenho da sua equipe no campeonato, a falta de apoio aos times femininos e sobre um possível bootcamp na Europa.
“Cometemos alguns erros bobos, tínhamos a leitura do que iria acontecer mas não confiamos na nossa própria decisão, em alguns momentos sabíamos o que iria acontecer, colocava a mira e nos dois segundos que alguém tirava a mira elas vinham com tudo. São um time que sabe punir muito bem, então infelizmente algumas escolhas nossas que não foram muito boas fizeram com que elas conseguissem nos punir. É o time que melhor faz isso entre todos que estão aqui, foram as micro decisões que nos fizeram perder.”
O primeiro mapa da md3 foi Nuke, pick da equipe brasileira. goddess afirmou que a derrota no seu mapa de escolha não abalou a B4.
“Em outras md3 que jogamos já aconteceu de perder o nosso pick, então isso não nos abalou, Inferno também é pick nosso, então de certa formas estávamos confiantes. Em um dos últimos campeonatos que fomos campeãs perdemos o nosso pick, ganhou o pick das adversários e levamos para um decider que era Ancient, o mesmo de hoje. Estávamos bem tranquilas, sabíamos que a pressão estava toda nelas por serem as atuais campeãs.
A nossa expectativa era de chegar na semifinal e fazer um bom jogo para ir para a final”, disse.
Mesmo com a eliminação na semifinal, goddess diz estar feliz com o campeonato. “Foi como esperado, queríamos chegar na final e ter vencido elas. Acho que a derrota para a NAVI no 16-14, se tivéssemos ganhado delas a história seria totalmente diferente, iríamos pegar um seed melhor e jogaríamos contra outro time. Mas aprendemos com o nosso psicólogo que não podemos contar com o 'e se' . Acho que foi uma boa campanha, estamos felizes mas queremos muito mais”, afirmou a jogadora.
goddess também falou sobre o que ela acha que falta para as equipes brasileiras conseguirem vencer um mundial.
“Falta o mesmo apoio e incentivo que os times masculinos têm. Quando um é top 1 no Brasil ele já vai morar no NA ou na Europa, ou fazer temporadas lá. Acho que isso falta no feminino porque são jogos bem diferentes, não dá para comparar. No Brasil temos times bem agressivos como a Black Dragons que estavam jogando bem agressivas contra a gente, já contra a Nigma elas são bem mais passivas. Um bootcamp na Europa mais longo poderia fazer toda a diferença para conseguir chegar na final e vencer.”
Sobre os planos da B4 de ir fazer um bootcamp na Europa, goddess disse que ainda é incerto porque Nadjila “poppins” Sanchez ainda está na escola.
“Queremos fazer (um bootcamp na Europa), mas ainda não sabemos porque temos que nos adequar a agenda da poppins por causa da escola. Se conseguirmos fazer o bootcamp que sempre fazemos na GH da B4 já está bom. Quando tivermos uma oportunidade a ideia é ir fazer um bootcamp na Europa”, finalizou.