lux aprova status de azarão na BLAST: "Não vão assistir uma demo do Fluxo"
O Fluxo vai encarar seu primeiro grande campeonato na próxima quarta-feira, quando entra no servidor para as finais da BLAST Premier Fall. Numa chave com G2, Liquid e NAVI, adversária dos brasileiros na primeira rodada, Lucas "lux" Meneghini sabe, e aprova, o status de azarão.
"Quem não gosta de ser underdog?", disse o jogador em entrevista à Dust2 Brasil direto de Copenhague, na Dinamarca, onde disputa o Red Bull Flick*.
"Acredito que os resultados do Major prejudiquem esses times, porque eles acabaram de chegar de viagem, devem ter tirado uns dias off. Mas a G2, que não se classificou para o Major, acredito que estejam treinando muito e possam surpreender Heroic, NAVI, times de playoffs de Major", completou o jogador.
lux, que nunca jogou um presencial dessa magnitude, disse que ainda não consegue sentir um nervosismo, mas, se ele vier, trará com normalidade.
"Não posso te dizer agora, porque ainda faltam alguns dias, mas acho que é normal. É meu primeiro campeonato tier S, e vai ser uma final de BLAST, então tem só os times que mandaram bem o ano todo, e conseguimos essa vaga na América do Norte. Acho que vai ser um campeonato bem legal, podermos surpreender sim, mesmo não sendo os favoritos, assim como foi na seletiva", afirmou.
Mesmo estando numa chave com jogadores como Oleksandr "s1mple" Kostilyev, Jonathan "EliGE" Jablonowski e Nikola "NiKo" Kovac, lux afirma que não tem nenhum jogador que está ansioso para enfrentar.
"Ansioso, como fã, não. Estudo todos ali como profissionais, então eu vejo mais o que eles estão fazendo e não os idolatrando. Acho que vai ser um jogo legal. Quando você estuda, você aprende, então você vai ver eles fazendo coisas que você já sabe, isso facilita um pouco", explicou.
lux, inclusive, acha que isso será um trunfo importante do time, já que duvida que os adversários vão ter o mesmo trabalho.
"É diferente deles, que não vão assistir uma demo do Fluxo", cravou.
Red Bull Flick
Enquanto aguarda pelo início da BLAST, lux e Adriano "WOOD7" Cerato participaram do Red Bull Flick, mundial de 2 contra 2 promovido pela empresa. O resultado foi aquém do esperado, com o time brasileiro perdendo 3 dos 5 jogos disputados e ficando de fora da segunda fase de grupos. De acordo com lux, o nível dos jogadores amadores surpreendeu.
"Esse campeonato da Red Bull, diferente dos outros, nós nos preparamos menos, por conta dos treinos coletivos e tudo mais, mas não deixamos de treinar. Nós estávamos treinando todos os dias a noite, eu e o WOOD7, jogamos bastante com os finalistas da edição do Brasil, e achamos que estávamos mais preparados. Chegando aqui não foi muito bem como o esperado, tivemos um desempenho abaixo, estávamos jogando melhor nos treinos no Brasil. Mas foi um campeonato muito bom, me surpreendi muito, porque o nível aqui está bem alto, a maioria dos amadores são realmente amadores, não jogam competitivo, e mesmo assim estão com um nível muito alto.
Na LAN
Ainda jovem, lux não tem muita experiência em campeonatos presenciais, mesmo que menores. No mês passado, ele disputou sua primeira lan relevante, a ESL Challenger Rotterdam, e não teve o mesmo desempenho que vinha tendo nos jogos online. Seu rating, que é de 1.11 desde o início do Fluxo, caiu para 0.83, o pior do time ao lado de Adriano "WOOD7" Cerato, no evento. Para o jogador, o problema foram os adversários enfrentados.
"Acredito que não foi muito nervosismo, foi mais coisa do jogo mesmo. Pegamos duas vezes a Outsiders, a atual campeã do Major, e foram jogos duríssimos. As posições que eu faço, das pontas, se o jogo não encaixar de começo, é difícil voltar. Mas eu estou trabalhando muito para conseguir entrar mais no jogo, da mesma forma que venho fazendo nos jogos online", explicou.
Adaptação e evolução
O ano de 2022 marcou, para lux, um salto na carreira. Acostumado aos times menores, o jogador foi uma aposta de WOOD7 para o estrelado Fluxo. De acordo com o jogador, a temporada ao lado dos companheiros tem sido proveitosa.
"Eu estou gostando muito, porque a não classificação para o RMR foi um momento muito difícil, nós estávamos todos juntos no bootcamp em São Paulo, vimos a reação, como todos se sentiram, e trabalhamos muito bem como time e conseguimos voltar muito bem, diferente de muitos times que já passei, que um abalo acaba se estendendo para os próximos campeonatos. Nós conseguimos nos recuperar muito bem", explicou.
Além disso, ele define o ano como de adaptação e evolução de seu jogo.
"Estou muito feliz pela minha adaptação, porque eu comecei o ano mudando um pouco de função em comparação a forma que eu jogava na DETONA, consegui encaixar bem, e indo pro Fluxo eu mudei novamente de função, então o que resume esse ano para mim é adaptação e evolução", finalizou.
*A Dust2 Brasil viajou a convite da Red Bull