nak sobre competir e streamar: "Terei que tomar um lado e me dedicar 100% à isso"
Renato "nak" Nakano já fez de tudo no Counter-Strike. Depois de surgir como um dos principais talentos do 1.6, ter se tornado um dos grandes capitães e trabalhado até como treinador, o veterano agora se divide entre o sucesso na Twitch, onde soma mais de 137 mil seguidores, e o trabalho nos bastidores, como assistente técnico do MIBR.
nak, que não se aposentou oficialmente da carreira como profissional, sente que o momento de escolher entre uma das duas funções está cada vez mais próximo.
"Eu não tenho essa decisão ainda. Adoro clima de campeonato, de competição, desde a montagem do time, estar junto com ele, não quero ficar o ano inteiro fora, porém eu gosto ainda", disse o veterano em entrevista à Dust2 Brasil durante o IEM Rio Major.
"Isso está me prejudicando de certa maneira porque eu fico um mês fora das lives e o público muda totalmente. Para ser criador de conteúdo você precisa manter uma constância durante muito tempo e eu tenho essas quebras, por enquanto ainda não tomei essa decisão e está me atrapalhando um pouco. Daqui a pouquinho terei que tomar e escolher um lado e me dedicar 100% a isso", completou.
nak garantiu que a decisão não será fácil, mas pesa a rotina pesada antes dos campeonatos, as viagens e a distância da família - o assistente é casado e tem uma filha de menos de um ano. Ao que tudo indica, a escolha será por se dedicar a carreira de streamer.
"(A decisão está pendendo) pro conteúdo. Mas se o MIBR estivesse aqui no palco eu tenho certeza que estaria pendendo pro competitivo. É foda, é difícil", disse nak, que descartou uma retomada na carreira de jogador, mas se interessa pelo posto de treinador.
"Às vezes eu penso 'puts mano, acho que eu ajudaria mais se eu fosse coach e estivesse ali junto'. No MIBR a gente está muito bem servido com o bit, por isso estou mais tranquilo e estou pendendo mais pro conteúdo nesse momento", afirmou.
Ainda dói
Enquanto não toma sua decisão, nak ainda segue trabalhando na comissão técnica do MIBR. O treinador disse que a não classificação para o mundial do Rio de Janeiro foi um golpe, sentido até hoje, na equipe.
"Foi muito difícil (digerir a ausência), ainda está sendo. É um momento único no CS brasileiro e eu não poderia deixar de estar aqui, vivenciando tudo isso. Logo que perdemos falamos 'porra velho eu não vou, não quero estar lá'. Passaram alguns dias eu refleti sobre e falei que é um momento que eu preciso estar, independente do MIBR estar ou não", explicou nak.
"Os jogadores falaram que não queriam ir, que estavam muitos chateados, eu disse 'vamos lá, vai ser legal, tenho certeza que vocês vão receber um puta carinho da torcida, da galera que conhece vocês, é um momento único para vocês se aproximarem dos fãs também'. Apesar do HEN1 já ter uma fanbase gigante, os outros jogadores não têm tanto assim, então acho que é um momento muito bom e muito legal para receberem esse carinho e verem que tem muita gente que gosta deles. Na net é muito duro, você toma hate, pressão absurda, porém quando se está aqui você recebe mais carinho, não recebe hate. Todo mundo quer te ver, tirar uma foto, trocar uma ideia, então é bem diferente", afirmou.
O plano, de acordo com nak, é começar bem a temporada porque, em pouco tempo, já começa a corrida pela vaga no BLAST.tv Paris Major. O assistente também afirmou que não fará trocas na escalação.
"Ainda não estou por dentro do planejamento de 2023, mas sei que não vamos ter mudança", disse nak, que também revelou que o time pode fazer mais uma viagem ao México antes do final de temporada.
"Tivemos esse papo com os jogadores e o legal e ruim do CS é que você pode ir do céu ao inferno a qualquer momento. Perdemos hoje, logo no começo do ano que vem tem o Major de Paris que eu acho que vai ser sensacional e podemos estar lá, e vai mudar tudo porque estaremos felizes. CS é isso, em um momento pode estar mal, mas deve levantar a cabeça porque você pode ter outra oportunidade logo ali", finalizou.