FalleN disseca vitória contra a IHC: "Missão cumprida"

Vencer a IHC trouxe a Gabriel "FalleN" Toledo a sensação de missão cumprida. Depois de virar o placar e eliminar o time da Mongólia, o capitão da Imperial disse que partidas como essa trazem uma pressão extra, pois todos estão esperando pela vitória.

"A sensação de vencer o IHC é de missão cumprida", disse em entrevista à Dust2 Brasil.

"Jogos como esse, onde você enfrenta equipes que teoricamente são do seu nível ou inferior, sempre há um pouco de pressão por conta do favoritismo. Inevitavelmente, por mais que tenhamos que treinar nossa mente para não sentir que esse trabalho precisa ser feito e você precisar ganhar o jogo, você vai sentir um pouco disso. A pressão vem um pouquinho daí, além de ser uma partida de eliminação também, o que já é uma pressão extra, afinal você não pode falhar", completou.

FalleN disse que a IHC, inclusive, tinha vencido o time brasileiro durante um treinamento.

"Tínhamos treinado com eles online, eles foram bem, ganharam da gente nos treinos em uma mapa que jogamos com eles. Sabíamos que era um time com bala para trocar. Eles jogam estruturados, eles vieram com uma ideia bem parecida dos times asiáticos que eu já enfrentei. A Inferno deles é praticamente um mirror match com a gente, os TRs são muito parecidos. Foi bem bacana e fiquei feliz de termos ganho", afirmou.

Entendendo a vitória

O Professor dissecou a série. De acordo com ele, sua atuação ruim na Mirage prejudicou muito a equipe.

"Acho que o grande problema foram algumas falhas minhas de CT. Teve alguns tiros que não consegui acertar que eram bem decisivos. Teve uma segurada na B que eu consegui entender o que eles tavam fazendo, aí nos momentos finais de round, fui smokar em cima do B mas ela ficou um pouco mais longa do que eu desejava, e aí ele conseguiu dar o pick na frente da smoke e isso fez com que eu errasse meu tiro. Teve outro tiro que eu errei no tapete e complicou um pouquinho as coisas, um house pop que eles estavam fazendo no bomb A. Faltou um pouco de performance no lado CT, alguns tiros que eu errei complicando um pouco o jogo", afirmou.

"E de TR a gente não ganhou o pistol, mas conseguimos ganhar o primeiro armado e a segunda tática era um pouco arriscada, por isso não deu certo, começamos com 3 contra 5 e um jogo difícil a partir daí. O desenvolver da Mirage ficou um pouco complicado, porque senti que a gente não teve velocidade quando precisava ter nos finais de round. Não estávamos muito confortáveis com o que estávamos fazendo e, na hora de finalizar, estava tendo muita hesitação", explicou.

A Overpass, porém, foi diferente: o time manteve o 100% de aproveitamento no mapa explorando as boas defesas. Para FalleN, isso aconteceu por conta do alto conhecimento que o time tem no cenário.

"Temos jogado bem na Overpass porque temos uma boa ideia de jogo do que fazer lá, temos respostas boas para os setups que os CTs costumam fazer. Tivemos uma preparação legal também para saber como eles iriam jogar esse CT, então usamos as aberturas corretas de TR para punir os domínios de ligação que eles faziam, sempre tinha o blitz e outro jogador por ali, e isso ajudou bastante", explicou.

"Acho que, no geral, (isso acontece) porque os jogadores sabem jogar esse mapa, performam bem, temos boas ideias do que fazer e não hesitamos tanto em alguns momentos. Nesse mapa, encontramos respostas para os problemas que vão surgindo muito bem", completou.

Para FalleN, a Inferno dos dois times é bastante parecida e os rounds mostraram isso

"O que nos ajudou bastante na Inferno foi a vitória naquele round de Scout no 1 a 0 deles, fomos nós que vencemos o forçado, eu e o fnx estávamos de Scout no A e conseguimos pegar 3 ou 4 eliminações, ajudou bastante. Na sequência tivemos uma situação de 5 contra 3 na B, com duas kills, onde não aproveitamos o timing para realmente agressivar a smoke da base CT com as flashes, tinha um gap na smoke e acabou atrapalhando, eles venceram o 3 contra 5 e voltaram pro jogo. O CT acabou sendo bom, tivemos bons momentos, foi bem jogado, com reagressões na banana e muita coisa boa", disse.
"Quando fomos para o TR, ganhamos o pistol e acabamos perdendo o forçado novamente, o que complicou um pouco o jogo. Ganhamos o nosso, eles ganharam os deles, e o jogo foi se complicando um pouquinho a partir dali. Os dois primeiros armados foram trocas de kills iniciais que deixaram o jogo um pouquinho mais pegado no 4x4, acabamos não vencendo esses rounds, e acho que consegui fazer a diferença lendo o que eles iam fazer a partir desse momento, porque o adversário começou a tentar sentir o jogo e a gente já havia perdido alguns rounds para a A, e eles tentaram fazer um pouco mais forte a defesa do B, o que faria sentido do ponto de vista deles na partida. Conseguimos adiantar isso e terminar o round na A, fizemos um house pop que trouxe a gente de volta para o jogo pegando só dois jogadores defendendo o bomb site A e, a partir daí, foram situações de jogo mesmo. Teve uma que o fer conseguiu cruzar uma molotov no meio, ele pegou um HS importantíssimo, acho que se ele não faz isso nós não tínhamos ganho esse round, e começamos a partir daí a segurar bem o jogo, conseguimos pontuar esses dois, tivemos tudo sob controle no final da partida" continuou.

FalleN ressaltou que a Inferno do nível está num nível semelhante ao da Overpass, e que os problemas têm sido os mapas mais recentes.

"Os mapas mais novos precisam de trabalho, como temos jogadores que não estavam jogando no passado, algumas coisas, timings e esse tipo de coisa, levam mais tempo para acostumar, mas acho que com o passar dos meses vamos melhorar nisso também", afirmou.

Relaxando, estudando e não escolhendo adversário

Após a vitória, FalleN disse que o ideal é usar o restante do dia para relaxar e estudar o adversário - que ele prefere não escolher.

"Sendo bem sincero, não dá para escolher adversário, vai ter que ser quem vier. Treinamos bastante com a Outsiders, então jogar contra eles seria interessante porque os dois times conhecem o jogo um do outro, são dois times que jogam muito lentos também, seria um jogo interessante. Já treinamos contra a forZe, são jogadores muito bons e que estão super bem. Um dos adversários pode ser o Eternal Fire, um adversário que temos um pouco menos de conhecimento, treinamos pouco contra eles, então acho que eles seriam mais desconhecidos que o forZe e a Outsiders. Mas a preferência tem que ser o que a chave mandar, temos que fazer o nosso melhor e tentar classificar", explicou.