Fornecedores alegam falta de pagamento e se recusam a trabalhar no GET Rio
Hoje 12:04 Atualização: os telões foram ligados e a partida vai começar em breve. A reportagem está apurando se os valores alegadamente devidos foram pagos.
O último dia de GET Rio, reservado para os jogos da competição feminina e um showmatch entre Corinthians e Flamengo, está com seu funcionamento prejudicado. Alegando falta de pagamento por parte da CBGE, alguns fornecedores e prestadores de serviço que cuidam da parte estrutural do evento estão se recusando a trabalhar.
A informação foi apurada pela Dust2 Brasil. O início da Copa CBGE, a competição feminina, está atrasado por conta desses problemas. O primeiro jogo deveria ser realizado às 10h, as jogadoras estão no palco, e o jogo ainda não começou. Os telões seguem apagados e o público ainda não foi autorizado a entrar.
De acordo com fontes ligadas ao evento, os responsáveis por aspectos estruturais, como luz, áudio, internet, rede e gerador de energia exigem o pagamento dos valores devidos para que a operação comece. Os profissionais estão presentes no evento, mas não vão trabalhar enquanto não receberem. Os fornecedores têm tentado contato com Paulo Ribas, presidente da CBGE, que organiza o evento, mas sem sucesso.
Segundo os profissionais, parte desse pagamento foi feita de maneira antecipada, como "sinal", mas o restante ainda não foi depositado. Um primeiro atraso no repasse dos valores já tinha adiado a montagem do palco, que começaria no último domingo, mas ficou só para quarta-feira, um dia antes do evento.
A expectativa é que a Copa Rio comece apenas com transmissão online e fora do canal da CBGE, ou até mesmo seja cancelada.
Evento marcado por problemas
Reunindo os principais times de Counter-Strike do Brasil, o GET Rio ficou marcado por uma série de problemas, que vão da dificuldades dos times a imprimir táticas, passou pela falta de salas de treino e foi até jornadas de quase 20 horas que quase levaram a um dos finalistas quase desistir da competição.
O evento está sendo realizado pela Confederação Brasileira de Games e Esports (CBGE) em parceria com a Global Esports Federation (GEF), e recebeu aporte de 4,5 milhões do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Mudanças no cronograma fizeram com que a organizadora tivesse que prestar esclarecimentos sobre o ocorrido, que geraram um novo pedido de mais R$ 2,5 milhões. No passado, o Governo do Estado chegou a falar em um investimento de R$ 10 milhões para realização do evento.
Colaborou Gabriel Melo