drop na IEM Rio deste ano

drop não se vê culpado por má fase vivida pela FURIA

Em entrevista à Dust2 Brasil, novo reforço do MIBR ainda classificou transferência como "win-win situation" e revelou querer se tornar um dos líderes no time

"Os últimos seis meses foram os mais difíceis". Foi assim que André "drop" Abreu resumiu o fim da passagem pela FURIA. Mas no geral, em entrevista à Dust2 Brasil, o rifler classificou o tempo junto ao time como maravilhoso: "É claro que em alguns momentos deixamos a desejar, perdemos chances de sermos campeões, mas acredito que conseguimos alcançar bastante coisa. No mínimo, não deixávamos os playoffs escaparem das nossas mãos".

Lúcido, drop reconheceu que não vinha bem nos últimos meses de FURIA, mas não se vê culpado pela má fase vivida pela equipe e que não fez um "mal trabalho" vestindo a camisa alvinegra. "É claro que nos últimos seis meses não vinha bem. As estatísticas não mentem. Mas o time como um todo também não vinha bem. Eu não acredito que alguma derrota ou fracasso tenha sido culpa minha", destacou.

Mostrando maturidade apesar de ainda ter 19 anos, drop transpareceu que a má fase da época de FURIA já é passado e vê o momento turbulento que viveu como experiência para o futuro. "Se em algum momento da minha carreira eu voltar a passar por um momento difícil de novo eu vou saber controlar melhor as coisas e não me deixar afetar tanto como aconteceu pela FURIA", afirmou.

E planeja calar a boca dos haters ao desempenhar e até mesmo ser campeão com o MIBR? drop respondeu que não. "Muita gente falou mal, mas depois acabou pedindo desculpa. Muita gente falou o que falou de cabeça quente e sei que não é nada pessoal", disse, completando afirmando que entende as cobranças que foram feitas.

"Quando um time não entrega resultados, obviamente os torcedores ficam insatisfeitos e tentam achar um culpado, seja ele o jogador ou o técnico e conosco não seria diferente. Eu sei que não tem nada a ver com a minha pessoa. Não me odeia. Eles só queriam resultados e não conseguimos entregar. O arT e o saffee eram outros jogadores que recebiam muito hate, então eu não me sinto injustiçado. É claro que você não gosta quando uma coisa dessa acontece, mas aconteceu e passou".

Ataques na internet

A má fase individual somada a coletiva da FURIA fizeram drop ser alvo de diversos ataques nas redes sociais, que aconteceram até mesmo após o jogador ser colocado na reserva a fim de ser negociado. Novamente mostrando maturidade, o atleta falou sobre o "hate" grátis que recebeu.

"A internet é um ambiente muito tóxico. Então, se você não entregar o resultado que as pessoas esperam, elas vão te cobrar, fazer isso da maneira que acham melhor e nem sempre essa realmente é a melhor maneira de se fazer. Mas quando você vai jogar em uma arena, como a Jeunesse, você encontra pessoas que realmente são apaixonadas e falam que mudamos a vida delas só por estar jogando um jogo. Então, é uma coisa muito boa, uma motivação a mais. Vejo a torcida e é uma motivação não só para mim, mas para todos os jogadores brasileiros".

Fluxo: boato ou verdade?

drop teve o nome ligado não só ao MIBR, como também a outro time brasileiro: Fluxo. O jogador não se esquivou ao ser perguntado se realmente houve interesse por parte da organização fundada pelos influenciadores Bruno "Nobru" Goes e Lucio "Cerol" dos Santos.

"Cheguei a falar com o lokomotioN, que me mandou uma mensagem na steam, mas não marcamos nenhuma conversa e nem nada do tipo. Então, é mais um boato do que real interesse. Não tive conversas com ele", afirmou.

Ir para o MIBR foi "win-win"

O jogador se mostrou entusiasmado com o novo time. Atualmente o MIBR está em bootcamp na Europa e, segundo drop, a experiência vem sendo muito bacana. O atual momento é de se adaptar em como os demais integrantes do time enxergam o jogo e pensam. "Em termos de resultados estamos conseguindo nos encaixar bem e termos uma dinâmica muito legal quando estamos no servidor", revelou.

A ida para o Made in Brazil foi classificada pelo próprio jogador como "win-win situation para ambas as partes". O contato inicial foi com o coach Bruno "bit" Lima, que "me contou sobre o projeto, como enxergava toda a situação, o potencial que enxergava em mim e como eu poderia agregar ao time. Falei um pouco sobre como esperava que as coisas funcionassem no MIBR e ele me disse como era também. Chegamos em um acordo bem rápido".

Chance de se provar? Não na visão de drop. "Estou encarando isso como uma chance de evoluir e crescer como jogador, como pessoa e como companheiro de equipe. Estou enxergando tudo com bons olhos, sempre aberto ao que todos têm para falar e o que têm para me ensinar", afirmou.

MIBR à la FURIA?

drop acredita que sim, mas destacou que "no geral vamos continuar mantendo o estilo de jogo que o MIBR já tem". "É claro que em uma ocasião ou outra eu e o saffee vamos puxar alguma coisa que vai acabar remetendo ao estilo da FURIA. Mas no geral nós não viemos com a ideia de mudar a maneira deles jogarem porque já estão confortáveis e só pretendemos acrescentar, além de ajudar eles a melhorarem trabalhando da mesma maneira", garantiu

Batendo novamente na tecla de adaptação, o atleta disse que o foco dele e o de saffe é "conseguirmos colocar as coisas que sabemos que funciona ao jogo do restante do time para não tirá-los da zona de conforto. Esse é o principal foco e conforme o tempo for passando vamos conseguir criar teamplay, uma melhor sintonia dentro do servidor e, consequentemente, jogarmos melhor".

Ajudará na liderança do time

Unindo a experiência da passagem pela FURIA com a própria personalidade, drop pretende ajudar na liderança do MIBR no servidor. O jogador revelou que todos no time "têm bastante voz para expor as ideias e mostrar o que pensa e como achamos que devemos agir nas situações". Por conta disso, "sempre temos discussões saudáveis sobre o que deveríamos fazer".

"É parte da minha personalidade falar bastante, querer puxar jogadas e até mesmo agir como líder às vezes quando estou em uma partida. E aqui eu sinto que eles têm bastante respeito por mim. Quando eu expresso alguma ideia eles não ficam titubeando nas tomadas de decisão. Sempre fazem e depois conversamos se era o melhorou não", opinou.

Inclusive, drop se vê como IGL no futuro: "É uma coisa que sempre esteve no fundo dos meus pensamentos até mesmo quando estava na FURIA. Era algo que tinha vontade de fazer, que eu me sentia confortável fazendo de ser um líder e puxar todo o time, todo mundo para ser melhor. Com certeza é algo que tenho como objetivo de melhorar diariamente porque sei que quando eu tiver 100% aprimorado vou conseguir da um boost muito grande para meus companheiros".

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