MIRA JOVEM: Após auge na carreira, history cita "triste decisão" e projeta recomeço
Allan "history" Lawrenz é mais um daqueles jovens que, desde pequeno, almejava conseguir um bom trabalho para ter uma melhor condição financeira e ajudar seus familiares - principalmente sua mãe. Hoje com 18 anos, o jogador lembra as dificuldades que superou e celebra os sonhos realizados antes mesmo de começar a vida adulta.
"São coisas normais para as pessoas e minha mãe não conseguia ter isso há muito tempo. Ter um tênis legal para sair, uma roupa da hora, e hoje consigo falar: "mãe, vamos sair, vamos comer, comprar roupa para você". Ela cuidou de mim quando eu não conseguia e agora sinto que consigo cuidar dela. Para mim é incrível poder fazer isso, saber que consigo ajudar minha família", comentou history em entrevista à Dust2 Brasil.
Por mais que já tenha alcançado um patamar que almejava há alguns anos, history sabe que é importante continuar se dedicando à carreira profissional para alçar voos ainda maiores - depois, então, curtir a vida.
"Sempre penso que, o que eu fizer agora, vai estar liberando meu futuro. Quero dar o máximo de mim, aproveitar o gás que tenho, o tanto que gosto de jogar CS, agora. Penso que vou poder aproveitar bastante quando me aposentar", disse.
history é o sétimo de doze entrevistas do MIRA JOVEM, série da Dust2 Brasil com a GG.BET que vai contar a história de doze jogadoras e jogadores promissores no cenário nacional de CS:GO.
Na conversa, history lembrou das dificuldades que teve no começo da carreira, as ajudas que recebeu, lamentou decisões recentes e projetou o futuro.
Na encolha
Mais novo entre três irmãos, history jogava Combat Arms com seu irmão do meio, que foi quem lhe apresentou os videogames. Mesmo sem um computador de ponta, a dupla passava dias jogando, até que a conta foi banida pelo suposto uso de hack. Foi assim que history conheceu o CS, quando ainda tinha 10 anos.
"Uma vez o jogo me testou de hack, e eu já acompanhava alguns canais de CS como Jabuti, Lugin, e gostava muito. Vi que estava na promoção por 12 reais e compramos, porém não rodava, ficava com uns 15 FPS, então ficamos mais um tempo no Combat Arms".
history continuou jogando Combat Arms escondido no notebook do seu irmão do meio quando ele ia trabalhar e lembra que, quando ele estava chegando, deixava o ventilador apontado para o notebook esfriar. Assim history ficou por cerca de cinco anos, até quando seu irmão montou um computador de mesa.
"Eu jogava CS e Fortnite. Gostava mais de Fortnite, só que eles colocaram uma atualização que só poderia jogar em Full HD, porque antes podia jogar esticadão, e aí veio essa atualização e meu PC não aguentava mais. Daí passei pro CS com uns amigos. Esse PC que meu irmão tinha montado já rodava em uns 150-160 FPS, era bem tranquilo", contou.
Contra a maré
Embora tivesse um computador melhor para jogar, history ainda enfrentava dificuldades dentro de casa. Por ser o mais novo, ele não tinha regalias e precisava fazer os desejos do irmão para poder jogar.
"Ou eu fazia o lanche dele, fazia as coisas para ele comer, se não eu não jogava. E às vezes, mesmo eu fazendo, ele não deixava. Era mais um "se eu deixar, você joga".
O destino foi feliz com history. À trabalho, seu irmão que montou o computador se mudou para Londres, na Inglaterra, e não conseguiu vender o computador. Foi assim que Allan teve o dispositivo à sua disposição completamente e pode ficar "jogando o tempo todo" ao chegar da escola.
Como vivia mais no mundo digital, history aprendeu sobre o competitivo de CS e descobriu que era possível se tornar um jogador profissional e viver disso. Decidido do que queria, precisou superar as adversidades impostas pela mãe, que não fazia ideia que era possível "fazer dinheiro com jogos online".
"Eu sabia que tinha gente que vivia do CS, mas ficava meio "como assim, o cara joga e consegue ganhar dinheiro?". Minha mãe não fazia ideia disso, peguei e vi alguns vídeos no Youtube, FalleN com EliGE, e virou uma chavinha na cabeça que esse pessoal vive de jogo e não é de agora. Vi que queria tentar isso também. Quando falei para minha mãe que não ia fazer o jovem aprendiz e ia tentar jogar CS, ela ficou louca".
"Ela falou "como assim? Vai viver de jogo, como funciona isso?". Nem sabia direito e tentei explicar para ela. Ela ficou meio puta então me tirava do PC, desligava a internet, ela fazia umas ratarias para me tirar do PC para que fizesse outras coisas. Ela começou a ver que eu gostava muito do que estava fazendo e que amava aquilo, então passou a ceder mais até que começou a dar certo", continuou history.
A paixão pelo CS e a dedicação para fazer acontecer mostrou à mãe de history que o seu desejo era competir no FPS. Além disso, seu irmão do meio foi importante nesse convencimento, mesmo com a distância e o fuso horário diferente. "Devo muito a ele".
Desculpa, mãe
history superou as exigências do irmão, a mãe tirando o PC da tomada, mas ainda tinha uma barreira: a escola. Enquanto se dedicava muito ao CS:GO, o jovem deixou os estudos de lado, porém deu um jeitinho do qual não se orgulha tanto.
"Conheci um amigo jogando MM contra ele, lá no AK Cruzada. Ele virou um parceiro meu para vida. Ele me incentivou muito. Sempre fui muito vagabundo na escola, faltava, não fazia lição, e nessa época de pandemia, que era 100% online, eu estava para reprovar na escola e minha mãe falou que se reprovasse eu não ia poder jogar. Ele fez todas as lições do ano em um mês, e no outro ano fez também. O Jão, como o chamo, também foi fundamental na minha vida. Ele me ajudou muito nisso, consegui focar só no CS", contou history.
"Aí vejo que o mundão é muito louco. Não tinha costume de adicionar alguém, mas por algum motivo falei: "ah vou adicionar esse cara". Ele mora perto da minha cidade e ele me apoiou e consegui passar de ano. No outro perguntei se ele conseguia fazer a boa de novo, ele fez novamente e fiquei só jogando CS full time. Eu dormia quatro, cinco da manhã jogando FPL, pug com amigos, treinando, e acordava meio dia para jogar mais e ele estava fazendo as lições", continuou.
Depois de alguns anos, history contou para sua mãe a verdade sobre as lições? Nada disso. Ele diz que ela vai descobrir o esquema só agora.
"Minha mãe vai descobrir por meio da entrevista porque nunca falei isso pra ela, sempre dizia que fazia tudo direitinho e que não iria reprovar. Mas é isso né mãe, deu certo, é o que importa", brincou.
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Decidido
O caminho natural de history, que já vinha abdicando os ensinos, era de que ele não quisesse fazer faculdade. No entanto, o jovem conta que ele até pensava em alguns cursos que o interessava no Ensino Superior, porém o CS sempre vinha na frente.
"Sempre pensava nisso de ter uma vida tradicional, de ir estudando e tal, mas sempre que pensava em faculdade, em ser médico, vinha na mente que "porra, ser jogador de CS é mais da hora". Achava muito da hora veterinária, porém sempre que pensava sobre isso, vinha "Veterinária? Não, vou jogar CS" na minha cabeça".
"Hoje só penso no CS. Antigamente ficava meio perdido porque tive um time que durou pouco tempo, na Megazord acabou rápido e fiquei muito tempo parado, então pensei em fazer um curso, uma faculdade, trabalhar. Hoje só penso no que vou fazer amanhã para melhorar no CS. Hoje acordei e fui ver uma demo, só quero melhorar no CS", adicionou history.
Enquanto ainda tinha incertezas acerca da sua carreira, history foi até Londres atrás do seu irmão, onde ficou por seis meses. Lá, mostrou mais um indicativo de que queria realmente jogar CS profissionalmente.
"Morei com meu irmão do meio por uns seis meses em Londres, para tentar mudar um pouco a minha vida. Ele juntou uma grana e fui ajudar ele. Trocamos muita ideia se eu queria aprender inglês, estudar, mas falei que queria ser jogador de CS. Ele apoiou muito a minha causa, montou o PC. Quis voltar para o Brasil, ele deu o ok e disse que confiava em mim. Na outra semana tinha classificatório para a FPL, eu era da Diamond ainda, e consegui a vaga. Meu irmão foi essencial, sempre me apoiou, é uma inspiração para mim".
Primeiros passos
Na sua fase pugzera, history almejava ser o top 1 da ranked pro da Gamers Club e, para isso, jogou 350 partidas no mês e conseguiu atingir o feito. Nesta época, se dedicava também para ganhar periféricos ou skins para poder vencer e comprar mouse, fone e teclado melhores.
"Eu não tinha mouse muito bom, e a premiação da ranked pro valia um mouse. Peguei e comecei a jogar no final do ano. Não sei se por erro meu ou da Gamers Club, eles não enviaram o mouse em seis meses, ele ficou retido, e eu precisava do mouse. A minha ideia era de, se não conseguir com dinheiro, conseguir na raça. Um mês peguei fone, no outro teclado, e quando não ganhava e pegava skin de 150 reais, vendia para comprar as coisas. Eu jogava para ter os periféricos".
O bom desempenho na Ranked Pro deixou history embaixo dos holofotes entre os times pequenos. Chamando atenção de alguns jogadores, ele se juntou a Lucas "CutzMeretz" Freitas na Patins da Ferrari, que depois se tornou a Elevate.
Embora já tivesse jogado pela Severe Academy, history ainda sofria com a falta de confiança quando defendeu a Patins da Ferrari. O awper lembra que, até nos treinos, não acreditava que conseguiria ir bem contra seus adversários.
"O cutz me ajudou bastante nisso porque ele via que eu conseguia jogar contra os profissionais em um pug, amassava eles, só que nos treinos ficava chockado. Ele conversou comigo, falou para fazer o que sabia fazer e mostrou que eu era bom e conseguia matar eles. Então pensei "se consigo matar eles num pug, também consigo em um campeonato". E eu só corria, parecia um louco, e o cutz me pilhava muito falando "vai, vai, vai". Sem o cutz, não teria essa mentalidade de só jogar e que era bom e conseguia", lembrou.
Virada de chave
A virada de chave na carreira de history se deu quando ele foi para a ARCTIC. Mesmo com medo, aceitou entrar para a organização e foi viver numa gaming house.
"O ninjaZ já tinha me chamado pra ARCTIC mas pensava que era lavagem de dinheiro, os caras colocando casa, investimento, para ter um time todo esquisito. Ele me chamou de novo e aceitei. O short é meu parceiro hoje, só que na época ele falou que tinha medo (de jogar comigo) porque via minhas lives e só ficava gritando, que joguei em um time que falavam que tinha hack. Eu estava todo queimado com eles".
"Quando cheguei na ARCTIC, saindo da minha casa para ir a uma GH, minha meta era de dar o máximo de mim e iríamos conquistar nossos objetivos. Joguei o primeiro campeonato de casa, que era o qualificatório para a ESL Valencia, perdemos na final para o time do SHOOWTiME, e nem sabia andar na Ancient, fazer nada na Nuke, tava todo perdido. Só atirava e rezava. O short me ajudou muito, passou a moldar minha jogabilidade e tudo mais", seguiu history.
Com a jogabilidade cada vez mais refinada, history encaixou com o time da ARCTIC. A equipe fez história no cenário nacional ao vencer quatro edições seguidas do CBCS em 2022.
"No CBCS chegamos à final presencial e vencemos. Ali foi uma virada de chave para mim, minha mãe, todo mundo. Eu me mudei, estava em uma GH com outras pessoas que têm o mesmo sonho que eu. Vencemos um campeonato brasileiro e logo liguei para minha mãe, falei que ganhamos, e ela ficou muito feliz por ver que eu estava conseguindo".
"Ali ela viu que eu conseguia viver disso. Na ARCTIC tiveram pessoas que foram e ainda são fundamentais na minha vida. É o caso do Dom, que é um dos donos, me ajudou como pessoa e como jogador, para acreditar em mim mesmo, tinha muita dificuldade com isso. Ele me mostrou esse caminho, que dava, que a ARCTIC não era lavagem de dinheiro, que não queria roubar nem matar ninguém. Eu tinha certeza que ia chegar na GH e ia morrer, mas depois que cheguei vi que não era, era muita gente sonhadora junto e que queria fazer acontecer", brincou.
Troca de ambientes
Além do CBCS, a ARCTIC conquistou um grande feito para a organização ao se classificar para o RMR Americas do IEM Rio Major. No entanto, o time não foi bem na seletiva presencial e saiu 0-3 do qualificatório. Seis meses depois, com o Fluxo, conseguiu a vaga no Major e realizou seu maior sonho até então.
"A gente começou a emendar os (títulos do) CBCS e também pegamos vaga no RMR, daí falei para minha mãe que meu sonho era jogar o Major e conseguiria isso um dia, então estaria muito realizado. Consegui a vaga (no RMR) e tive que explicar à ela como era. Fomos para Estocolmo, fiquei 0-3, e ela não entendia, e eu dizia: "mãe, não consegui, a gente perdeu". Ela viu muito a minha frustração e falei para ela que quando eu jogasse o próximo faria acontecer e não pecaria", contou.
"Tive a proposta do Fluxo e sabia que com eles eu chegaria (no Major) um pouco mais rápido. Quando fomos para o RMR no México e classificamos, liguei para minha mãe chorando e falei: "consegui, estamos no mundial". Ela estava na rua, começou a sair pulando, gritando, porque via que eu estava muito feliz. Foi uma parada que ela ficou contente comigo por ter conseguido o que sonhava, almejava".
history lembra que conversava bastante com Adriano "WOOD7" Cerato, seu parceiro de quarto, depois da classificação ao Major. Juntos celebraram que iriam jogar o último Major de CS:GO, logo na capital francesa.
"Sabia que queria ter meu sticker no jogo e falei que ia abdicar o máximo de mim para que isso acontecesse. Nunca deixei a peteca cair, sempre quis dar meu máximo sempre para conquistar essas coisas".
Triste decisão
Jogar um Major após passar cerca de três meses em um time, ainda com 18 anos, deixou history muito feliz. Mas, ainda assim, o jogador diz que se arrepende da decisão que tomou de sair da ARCTIC e lembrou da sinergia que tinha com seus ex-companheiros de equipe.
"A gente criou um time família, onde todo mundo gostava de todo mundo, trocávamos ideia junto da staff, era incrível. Eu sentia que nosso time era muito bom, porém ainda não tinha nível para chegar no Major. Eu senti que com o Fluxo eu conseguiria entrar e jogar, porém lá é um ambiente mais profissional, não tem tanta amizade. É bem mais tipo "vamos jogar e é isso, é nosso trabalho". Hoje vejo que foi muito triste a minha decisão, se eu soubesse como seria, trocaria o que tive (com o Fluxo) por ter ficado no time (ARCTIC), manteria essa ideia da ARCTIC. Eu confiaria muito neles", revelou.
"Nosso time (ARCTIC) tinha uma coisa que é muito difícil conquistar, que é a confiança mútua, todo mundo gostar de todo mundo, gostar do trabalho que temos ali. Estávamos começando a evoluir saindo do zero, sinto que com o tempo ficaríamos muito bom e eventualmente conseguiríamos ir pro Major. Talvez não nesse, talvez no próximo, mas estaríamos juntos e focados", seguiu history.
history explica que na ARCTIC, claro, também havia o lado profissional da equipe, porém se respeitavam muito, não tinham ego um com o outro e gostavam de se ouvir a respeito do jogo. "Acho mais gostoso jogar CS quando tem o profissionalismo e também essa parte família".
Essa sensação de família faltou no Fluxo, como conta o jogador. Por não ter tanta proximidade entre os companheiros, havia receio até para conversarem em algumas situações, lembra history.
"Por ser um ambiente profissional não tem tanta proximidade, é mais difícil de você criar uma intimidade, sabe? Às vezes dava uma extrapolada e ficava um pouco ruim, e como não éramos muito amigos, não tínhamos muita intimidade para trocar uma ideia, ficávamos receosos de "ah, será que falo, será que não falo?". O Fluxo é da hora demais, mas jogar em um ambiente família é muito mais da hora", comentou.
Ainda que history avalie que o Fluxo não tivesse um ambiente família, ele aponta dois nomes com os quais mais conversou e ficou próximo durante os quatro meses que defendeu a organização.
"O WOOD7 era meu colega de quarto, então trocávamos muita ideia, ele passava muita vivência, experiências que ele já passou e tal. E o vsm é um cara extremamente coração bom, uma flor. É muito skillado, muito da hora, ele é tudo de bom. Acompanhei o vina na época do VAC e via que ele queria muito ter a oportunidade de jogar. Criei uma proximidade bem grande com eles dois e só, basicamente. Gostava muito deles, trocamos muitas ideias e muita experiência, gostei bastante disso".
Dois passos para trás
Agora no banco do Fluxo, history quer dar dois passos para trás na sua carreira e começar "do zero" em um time que consiga dominar o cenário nacional e depois passar a jogar as competições fora do Brasil.
"Acho que vou dar uma regredida agora, tendo saído do Major. Quero dominar o cenário nacional de novo e começar a ir para fora. Meio que começar do zero com uns moleques e tentar. Não quero já chegar, ir para a Europa, abraços e fazer dar certo. Quero começar passo a passo, bem devagarzinho, e a longo prazo ser um time bom. Não precisa ser agora, cada passo de uma vez, e bem devagarzinho vamos conseguindo", revelou history.
"Eu quero ser consistente. A gente perdia algumas vagas no Brasil, classificava para outras. Quero pegar todas as vagas, jogar todos os torneios, pegar uma casca mais grossa de experiência e depois disso começar a brigar por títulos. É muito mais difícil você jogar contra caras melhores, tem mais pressão, torcida. Tenho muita coisa para amadurecer ainda e sinto que jogando esses campeonatos vou conseguir enfrentar esses times. Quero ganhar campeonatos, chegar lá, bater de frente, saber que posso (ganhar)".
Além do history
history deixa claro que um dos seus principais objetivos a longo prazo também é vencer campeonatos, porém o jovem pensa em deixar seu nome marcado no CS:GO - e não só seu nick.
"Quero que as pessoas não olhem só pro history, mas entendam que o Allan também é uma pessoa legal que tem bastante ensinamento para passar também. Que você vê a live e vê que é uma pessoa de origem humilde que está conquistando bastante coisa agora, sabe?".
Gabriel "FalleN" Toledo é quem lhe inspira a não limitar suas influências somente como jogador, porém ele entende que é difícil chegar ao patamar de feitos do capitão da Imperial, tanto dentro quanto fora do servidor.
"Eu acho que é muito difícil fazer o que o FalleN fez, impossível basicamente, vencer tanta coisa e ser um cara tão gentil. O que quero e almejo para daqui 5 a 6 anos é estar jogando em alto nível ainda, ser um jogador muito bom, e ser espelho para muita gente. Mostrar para as pessoas que não têm tantas condições que dá para elas conseguirem isso, olhar e me usar como exemplo para isso. Quero ganhar coisas no Brasil, lá fora e servir de exemplo para muitas pessoas assim", acrescentou.
Mesmo que ainda tenha somente 18 anos, history já tem anos dedicados ao CS e promete passar mais tempo focado no FPS, agora com o CS2. Este tempo investido no jogo não é um problema para o jovem, que fala em abdicar da juventude.
"Carreira de jogador de CS não estende muito após uns 30 anos, vai no máximo até uns 35, então a partir dali curto a minha vida. Vou ter uma estabilidade financeira boa, ter meu filho, e aproveito depois disso. Quero abdicar um pouco da juventude agora para conseguir grana e depois aproveitar", finalizou history.