biguzera jogando pela paiN durante o RMR Americas

biguzera sobre holofotes na paiN: "Deixa eles estudarem, o livro de táticas está grande"

Jogador falou sobre transição para papel de capitão e exaltou confiança em alta no time

A nova paiN segue sua lua de mel em Monterrey. Com Rodrigo "biguzera" Bittencourt assumindo a faixa de capitão, o time tem conseguido ótimos resultados e começa a incomodar a FURIA no posto de melhor time do Brasil. O novo líder do time falou que a confiança é chave para o momento de sucesso.

"A confiança vai muito além de confiar só em você mesmo. Confiar no capitão e nos companheiros influencia muito dentro do jogo. Essa confiança não vem só da mira, mas também da tática que eu passo, e a galera se empolga em fazer, de tanto que fizemos e deu bom, imaginamos que vai dar bom também", explicou o jogador em entrevista à Dust2 Brasil.

"Mesmo se fizermos besteira na tática, temos na cabeça que ela vai entrar. A confiança vem disso também, todo mundo confia no que vamos fazer. Não é só mira, é tudo que está acontecendo", completou.

Essa confiança nas chamadas de biguzera não vieram do nada. O jogador era a segunda voz do time há quatro anos e sempre se preparou para ocupar o lugar que ficou vago após a saída de Vinicios "PKL" Coelho - que foi seu professor.

"Esse processo de ser capitão já tem sido moldado há um tempo. Desde que entrei no time em 2019, eu sempre fui muito ativo dentro do jogo, sempre fui o second caller, então sempre chamei muito essa função. Sou muito observador, sempre peguei o melhor do PKL e juntei com meu melhor, e com certeza acho que o capitão que eu sou vem muito do que eu aprendi com ele", explicou.

E a mudança não é só na postura com os companheiros, mas também no estilo de jogo. biguzera tem pensado mais, "cachorrado" menos e está aprendendo a se equilibrar.

"Eu mudei muito meu estilo de jogo quando virei capitão. Eu era muito mais impactante, ia na frente e chamava o jogo, mas hoje eu não penso só em mim, penso em mais quatro. Eu preferi dar um passo para trás para poder melhorar meus pensamentos e atitudes como IGL", disse.

"Às vezes sou menos agressivo mas acho que o time ganha mais em call de mid round. Foi uma decisão minha, no início eu estava sendo muito agressivo. Ainda estou adaptando o meu estilo antigo ao novo. Hoje meu estilo é esse. Às vezes vou ser o primeiro, cachorrão, e às vezes vou ser o cara mais passivo, que vai pensar. Tento mesclar isso e tem dado certo", continuou.

Além da liderança de bigu, outro nome importante para o comando do time está de volta nos RMRs: Henrique "rikz" Wakku, que cumpriu suspensão por conta do bug do coach e não esteve com o time nas duas últimas seletivas de mundiais - sendo substituído por Sérgio "rato feliz" Lima, amigo pessoal de biguzera que virou manager do time.

"Ter um cara com uma visão mais experiente como o rikz, que pode acalmar em momentos tensos, sabe pedir pausa quando o Rato não iria pedir por não trabalhar nesta função. Com o rikz eu acordo cedo e assisto demos junto com ele, criamos táticas. Essa sintonia de confiança não vem só do time mas, também de toda a comissão. Foram rikz e ellllll (diretor da paiN) que me escolheram para ser o capitão, não foram atrás de ninguém. Eu abracei a ideia e vamos tentar buscar a vaga", explicou.

Agora, porém, o time ganha ainda mais os holofotes - mas isso não assusta biguzera.

"Muda bastante. A vaga vem com o trabalho, a gente vem jogando bem, estamos confiantes, agora é jogar nosso jogo. Pode deixar eles estudarem a gente que meu livro de tática está grande", avisou.

Um abraço

Depois de um jogo tranquilo contra a Paquetá na estreia, a paiN enfrentou um dos adversários mais temidos do RMR na segunda rodada, a Complexity. Mesmo assim, o time conseguiu ter uma performance dominante e sair com a vitória - biguzera credita o nervosismo do adversário e a escolha de Nuke.

"Fizemos uma boa estreia, até para ganhar a confiança necessária para bater os outros times. Começamos com o pé direito jogando muito bem contra a Paquetá. Contra a Complexity senti que jogamos bem, erramos em alguns momentos, mas eles erraram mais, então além do nosso mérito eu diria que eles estavam mais nervosos do que a gente", disse.

"Eu cheguei hoje para o time e falei que esse era o jogo que não poderíamos errar, que teríamos que minimizar todos os problemas que temos, que hoje temos que ser melhor que eles. Entramos confiante no jogo, a gente vem escondendo o pick da Nuke para poder jogar aqui, pois é um mapa que vemos treinando muito, e os times das md1 que não quiseram vetar... um abraço", finalizou.

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