Fãs celebram virada da FURIA no Legends Stage

Brasileiros viajam até 3,7 mil quilômetros para acompanhar o Major

Torcedores falaram do amor pelo CS e os motivos que lhes levaram ao Rio de Janeiro

Enquanto os esports permitem que pessoas de todo o mundo joguem juntas, sendo o ping alto a principal imposição, os esforços para comparecer a um evento presencial são muitos para quem mora longe da cidade-sede do campeonato. Ainda assim, dezenas de pessoas pouco se importaram com as adversidades para viverem o IEM Rio Major. Tudo pelo amor ao CS:GO.

Entre estas pessoas que saíram de suas casas rumo ao Rio de Janeiro estão Lucas de Oliveira, Marcelo Cassiano e Gabriel Cunha. Lucas é quem mora mais distante. Brasileiro que mora em Lima, no Peru, o estudante atravessou o continente para acompanhar o mundial.

"Fiquei maluco porque não consegui comprar o ingresso para o Major que aconteceria antes da pandemia. Depois anunciaram de novo e não consegui, mas o Gaules conseguiu fazer essa abertura de mais áreas e fiquei feliz. Comprei passagem, hotel e vim num piscar de olhos. Estou fazendo meu TCC, mas queria fazer essa pausa para vir para um evento", declarou Lucas em entrevista à Dust2 Brasil.

Nesta que é sua primeira viagem para o Rio de Janeiro, o jovem de 21 anos nascido em João Pessoa, na Paraíba, não conseguirá ver os parentes que estão em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. No entanto, Lucas encontrou no CS um apoio quase que familiar que lhe ajudou a superar alguns momentos depressivos que enfrentou.

"O CS mudou minha vida, me ajudou em momentos depressivos da minha vida que consegui superar. Hoje me sinto uma pessoa muito melhor e o jogo me ajuda a sentir emoções, coisas muito boas. Eu adoro esse jogo. É o que me fez viajar um continente inteiro para ver caras que assisto só na minha TV. Gaules, mch, esses caras são importantes para mim".

De todas as regiões

Marcelo Cassiano viajou de Porto Alegre para o Rio de Janeiro (Foto: Victor Porto/Dust2 Brasil)

Dividido em cinco grandes regiões, o Brasil tem 8,5 milhões de km² de território. E, claro, fãs de CS:GO viajaram de suas cidades para o Rio de Janeiro. Morador de Monte Negro, no Rio Grande do Sul, Marcelo Cassiano faz parte dos brasileiros que não pensaram duas vezes em agarrar a oportunidade de acompanhar o IEM Rio Major.

"Cheguei para o Legends e estou gostando bastante. Eu pensei "quando que vou ter outra oportunidade de ver um Major ao vivo?". Sendo o primeiro Major no Brasil, sem saber quando pode ter outro, então foi fácil tomar a decisão".

Com um dinheiro guardado, Marcelo conseguiu comprar as passagens e reservar a hospedagem no Rio de Janeiro sem problemas. O porto-alegrense ficará na cidade até o dia da grande final, 13 de novembro, e pretende conhecer o Rio, mas sua prioridade é viver todos os momentos do Major.

"Eu consegui sair um pouco à noite, porém ainda não fui em nenhum lugar famoso. Nos próximos dias quero ver se arrumo tempo para ir. Porém, quero aproveitar o Major. Não sei quando teremos outro", finalizou.

Gabriel Cunha conta que pediu licença do estágio para acompanhar o Major (Foto: Victor Porto/Dust2 Brasil)

Já para Gabriel Cunha a vinda para o Rio não foi tão simples. O baiano lembrou dificuldades para comprar os ingressos e revelou que precisou pedir uma "mini-férias" do estágio para acompanhar o Major e não poderá ficar na cidade para os playoffs.

"O dinheiro estava curto mas conseguimos passagens baratas. Estamos hospedados em um hostel, foi tudo de última hora. Tentamos comprar de primeira mas não conseguimos, vendeu muito rápido. Consegui o ingresso para o alambrado e está sendo mais legal do que ficar lá embaixo. A gente mora longe, tive que pedir licença do estágio, tudo sendo uma loucura, mas é isso. Vou ficar só pro Legends, mas o trabalho não me liberou, porém estamos aqui porque amamos o CS", comentou Gabriel.

Gabriel começou a jogar CS durante a pandemia em 2020. Morador de Feira de Santana, o jovem de 22 anos se mudou para Salvador onde estuda na faculdade federal e compete em torneios universitários. Lá foi onde encontrou seus amigos, e dois deles lhe acompanharam na viagem ao Rio.

"Esse time que eu tenho hoje são meus irmãos. Quando eu me mudei para fazer a faculdade em Salvador eu não tinha ninguém conhecido, teve uma época que eu queria largar a faculdade porque eu não estava enturmado. Mas quando eu conheci essa galera virou família e estamos aqui graças ao CS. Se estou na faculdade, se estou trabalhando, é por causa do CS".

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#1(Com 0 respostas)
6 de novembro de 2022 às 20:54
Benjastrike
3K quilômetros do Chile :)
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